Contra tudo e contra todos!

Uma hora de jogo em inferioridade numérica não foi suficiente para travar o Vitória na sua caminhada rumo ao Jamor. No estádio do Bessa, a uma quarta-feira às 18 horas, 2500 vitorianos souberam uma vez mais como empurrar a sua equipa para a glória. A expulsão de Mattheus Oliveira podia ter assumido outros contornos mas o golo solitário de Dodô no inicio do segundo tempo chegou para carimbar o acesso aos "quartos" da Taça de Portugal.

Foto: Zero Zero

Em relação àquele que tem sido o "onze" base do Vitória, Luís Castro decidiu mexer apenas nas laterais do setor defensivo, trocando Rafa Soares e Sacko por Florent e Dodô respetivamente. O jogo começou a alto ritmo e foi à formação vitoriana que pertenceram as primeiras ocasiões de perigo. Primeiro por Wakaso, com um cabeceamento à figura. E a seguir por André, no coração da área, com um remate desenquadrado depois de uma jogada pelo flanco direito que prometia mais.
Do outro lado, Rochinha e David Simão tentaram assustar Miguel Silva com remates perigosos. Decorria o minuto 34' quando Fábio Veríssimo admoestou Mattheus Oliveira com um vermelho direto. Após fechar os olhos a uma falta clamorosa sobre Guedes no meio campo, descortinou uma alegada falta num corte limpo por parte do camisola 16. Na sequência dos protestos, também a cor do cartão se alterou e o Vitória ficaria a jogar cerca de uma hora de jogo com menos um elemento em campo.
Com a ideia de fechar o meio campo e sair a jogar de forma mais organizada, Pepê rendeu André após o intervalo e a substituição, em termos táticos, surtiu os efeitos desejados. No inicio do segundo tempo, Florent, Davidson e Guedes combinaram na perfeição em progressão pelo flanco esquerdo e este último serviu Dodô dentro da área para inaugurar o marcador.
Quando se perspetivava um "sufoco" à baliza vitoriana, os conquistadores souberam resistir à pressão boavisteira e os axadrezados só por duas vezes causaram mossa ao guardião do Vitória, por intermédio de Fábio Espinho (só com o opositor pela frente) e de Rochinha num tímido cabeceamento ao cair do pano.
Os pupilos de Luís Castro levam agora onze jogos sem perder, numa altura em que se avizinha a receção ao Sporting que atravessa uma das melhores fases de sempre. Sendo certo que um dos dois bons ciclos terminará, fica também a certeza de que se avizinha um grande jogo de futebol em clima natalício.

RUMO AO JAMOR!