domingo, 29 de outubro de 2017

Importante

O Vitória conquistou o seu primeiro triunfo fora de portas, em jogos a contar para o campeonato, na deslocação à Vila das Aves, tendo vencido a formação local por 1-3. Triunfo importante e moralizador para os jogos que se avizinham!

Liga NOS: Desp. Aves x V. Guimarães
Foto: ZeroZero

Em relação ao onze inicial do jogo anterior, Pedro Martins procedeu a duas alterações com as entradas de Rafael Miranda e Tallo para os lugares de Wakaso e Hurtado, respetivamente. O jogo não poderia ter começado melhor para a formação vitoriana! Logo aos 4 minutos, Heldon fez um excelente passe em profundidade isolando Raphinha que, na cara de Quim, inaugurou o marcador. Pouco depois, Rafael Martins fez um remate potente, mas desenquadrado com a baliza. À passagem do minuto 16', Víctor Garcia tocou na bola com a mão dentro da grande área e o árbitro Luis Ferreira prontamente apontou para a marca de grande penalidade. Salvador Agra não desperdiçou. O golo fez mossa. O Desportivo das Aves partiu para cima do Vitória e o setor defensivo não revelava as vicissitudes necessárias para estancar o poderio ofensivo - ainda que ineficaz - apresentado pela formação da casa. Em dois lances praticamente seguidos, Miguel Silva opôs-se de forma brilhante aos remates de Paulo Machado e Nildo Petrolina. Quando nada o fazia prever, eis que o Vitória chega ao segundo à beira do intervalo. Lançamento lateral de Víctor Garcia, Rafael Martins dominou a bola dentro da área e após um corte infeliz de Pedrinho, apareceu Heldon a encher o pé. Na sequência dos festejos, o cabo-verdiano viu a cartolina amarela sem se perceber o motivo.
Os conquistadores não entraram tão bem no segundo tempo, mas acabariam por praticar melhor futebol em comparação aos primeiros 45 minutos. Num espaço de quatro minutos, o Vitória dispôs de três oportunidades para ampliar a vantagem. Primeiro por Raphinha que apareceu na cara de Quim, pouco depois o brasileiro voltou a atirar à figura, sendo que Heldon na recarga atirou ligeiramente ao lado. Pedro Martins decidiu substituir Tallo por Hurtado. Dez minutos depois, na conversão de um livre, foi precisamente dos pés do peruano que saiu a assistência para o remate de primeira de Rafael Martins a fazer o terceiro, aumentando para quatro o número de jogos consecutivos sempre a marcar. Para quem não marcava golos...parece que só estava a custar a entrar o primeiro! Até ao final da partida, Francisco Ramos e João Aurélio substituíram Heldon e Rafael Martins, respetivamente. Nota ainda para duas oportunidades criadas por Arango, uma a a rasar o poste e outra a ser defendida pelo guardião português de 22 anos. Triunfo justo mas sem grandes brilhantismos.
Com esta vitória - a primeira fora de portas - o Vitória salta para a primeira metade da tabela, juntando-se ao Rio Ave no 7º lugar com 14 pontos conquistados e a 7 (!) dos lugares europeus. Na flash-interview, Heldon frisou "Conseguimos vencer com o apoio fantástico dos nossos adeptos. É uma coisa impressionante. Onde quer que a gente vá, parece que jogamos em casa.". De facto, não é comum um clube português sem títulos mobilizar milhares de adeptos, seja nos bons ou nos maus momentos. E é nesse aspeto que o Vitória se diferencia dos outros clubes! 2000 vitorianos presentes num jogo fora de portas com a equipa, à entrada para esta jornada, posicionada na segunda metade da tabela...é a prova disso mesmo!

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Reação tardia

Novo deslize. Num jogo intenso e emocionante, a formação vitoriana empatou 3-3 frente ao Portimonense, mesmo depois de ter estado com uma desvantagem de três golos à passagem da meia hora de jogo. O melhor da partida aconteceu mesmo antes do seu inicio, com um minuto de silêncio inteiramente respeitado e uma grande homenagem aos nossos soldados da paz, os bombeiros.


Foto de Vitória Sport Clube.
Foto: Vitória Sport Clube

O Vitória alinhou de inicio com: Miguel Silva, Konan, Jubal, Marcos Valente, Victor Garcia, Celis, Wakaso, Hurtado, Raphinha, Heldon e Rafael Martins. A primeira ocasião de golo pertenceu mesmo ao ponta de lança brasileiro que até chegou a introduzir a bola dentro da baliza, porém, o lance foi anulado pelo árbitro por interpretar que Hurtado - em posição de fora de jogo - interferiu na jogada. Lance discutível até porque o próprio Ricardo Ferreira não se queixou da suposta obstrução. Instantes depois, o camisola 33 negou o golo a Raphinha. Não aproveitava o Vitória, aproveitava o Portimonense. Num espaço de quinze minutos a equipa orientada por Vitor Oliveira foi exímia a aproveitar os erros da defensiva vitoriana através de jogadas muito rápidas e acabou por encaixar três golos que gelaram o estádio D.Afonso Henriques. Primeiro foi Nakajima a aproveitar o corredor esquerdo. De seguida, foi a vez de Fabrício finalizar uma jogada muito bem aproveitada nas costas da defesa. Fizeram-se sentir alguns assobios naturalmente. E já com Tallo em campo (substituiu Wakaso), o Vitória viria a sofrer o terceiro por intermédio de Pedro Sá. Três remates à baliza, três golos. Na (tentativa de) resposta, Rafael Martins voltou a colocar a bola no fundo das redes mas viu o lance ser (mal) anulado por alegado fora de jogo de Raphinha aquando da assistência. E foi então que ao minuto 41', de fora da área, Raphinha marcou o golo 3000 do Vitória na Liga, reduzindo a diferença para 1-3.
Esperava-se um grande espírito de sacrifício no segundo tempo, de modo a minimizar os estragos, algo que até foi notório em certa parte, ainda que, para efeitos práticos, só tenha surgido na reta final da partida. Os conquistadores foram com tudo para cima do adversário mas não revelaram a assertividade necessária no inicio do segundo tempo. Nesse sentido, Pedro Martins procedeu a duas alterações. Vigário entrou para o lugar de Konan, com o objetivo de dar mais profundidade às laterias Pouco depois, Hurtado saiu para dar lugar a Francisco Ramos. Foi então à passagem do minuto 82' que Víctor Garcia decidiu fazer um excelente cruzamento que levava as coordenadas certas para a cabeça de Rafael Martins, o brasileiro não correspondeu numa primeira instância mas na recarga conseguiu mesmo reduzir para 2-3. Renascia a esperança em Guimarães. Seis minutos depois, Heldon descobriu Raphinha no coração da área sem qualquer marcação e o extremo de 20 anos atirou para o golo do empate. Ambas as equipas pretendiam chegar ao quarto golo. A formação vitoriana voltou a insistir mas até foi o Portimonense a estar mais perto do tento, não fosse a grande defesa de Miguel Silva a remate de Fabrício. Mais uma vez, e à semelhança do que se passou há cerca de um ano atrás, o Vitória voltou a recuperar de uma desvantagem de três golos. E novamente com o seu mérito. Porém, perante o contexto, a questão que se coloca é: será admissível chegar ao ponto de estar a perder 3-0 em casa frente a um recém-promovido?
Fica a clara sensação de que, apesar da recuperação, foram dois pontos perdidos. A realidade é só uma...e cada vez mais evidente. A época foi mal preparada e está a ter repercussões nas exibições e nos resultados da equipa, quer a nível interno, quer a nível externo. Desta vez, o esforço dos conquistadores em mudar o rumo dos acontecimentos até foi bem notório, porém, isso não se traduziu naquilo que ambicionávamos, os três pontos. E os próximos jogos são ainda menos favoráveis para alterar a tendência que se tem vindo a confirmar: ida a Vila das Aves, receção ao Benfica e visita aos estádios dos Arcos e do Bonfim, pelo meio jogos a contar para a Liga Europa e para as taças nacionais. Esta não é e nem vai ser a melhor equipa dos últimos anos como foi referido pelo nosso presidente por diversas vezes. Longe disso.

ACORDA VITÓRIA!

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Contas complicadas...

O Vitória não foi feliz na visita ao Vélodrome. A formação orientada por Pedro Martins até entrou bem e chegou a estar em vantagem no marcador, contudo, duas desatenções defensivas culminaram na reviravolta dos franceses e, claro está, num final infeliz para os conquistadores. Contas muito complicadas.

Foto de Vitória Sport Clube.
Foto: Vitória Sport Clube
Os conquistadores alinharam de inicio com: Miguel Silva, Konan, Jubal, Marcos Valente, João Aurélio, Rafael Miranda, Wakaso, Francisco Ramos, Raphinha, Heldon e Rafael Martins. A primeira ocasião de perigo pertenceu ao ponta de lança brasileiro: a passe de Francisco Ramos, cabeceou a bola que ainda tirou tinta ao poste. Pouco depois, foi a vez de Miguel Silva intervir com uma grande defesa a remate de Ocampos. Foi então que ao minuto 17', fruto de um contra-ataque extremamente organizado, os conquistadores chegaram ao golo. João Aurélio correu com a bola, ofereceu-a a Heldon e este tirou um cruzamento com as coordenadas certas para a cabeça de Rafael Martins. Após uma meia hora de jogo bem conseguida, eis que surge o descalabro de forma progressiva... Uma hesitação entre Rafael Miranda e Raphinha permitiu a recuperação de bola por parte dos franceses e um consequente contra-ataque que viria a resultar no golo do empate. Sanson cruzou para a área e Ocampos, livre de marcação, restabeleceu a igualdade com um pontapé de moinho. A formação vitoriana tremeu e foi por pouco que não sofreu a reviravolta logo a seguir, muito por culpa também da ineficácia de Lopez e Abdennour na hora de finalizar em frente ao guardião português. O resultado ao intervalo era justo!
Esperava-se que o Vitória entrasse na segunda parte da mesma maneira como entrou no primeiro tempo. Pura ilusão. Na sequência de um lance de bola parada, e após várias falhas de marcação, Ocampos esteve perto de bisar, mas viu o seu remate esbarrar na trave. Pedro Martins lançou Hélder Ferreira e Texeira para os lugares de Francisco Ramos e Rafael Martins, respetivamente. Substituições que não surtiram qualquer efeito. À passagem do minuto 76', Ocampos descobriu Lopez sozinho na área e o francês consumou a reviravolta. Pedro Martins - que também tem direito a errar - fez uma má leitura de jogo e lançou Celis para o lugar de Rafael Miranda. Uma substituição incompreensível visto que o objetivo era unir forças para ir em busca do empate e não substituir trinco por trinco. Mas ainda houve tempo para o Vitória fazer o seu único remate enquadrado com a baliza em todo o segundo tempo. Wakaso, à entrada da área, esteve muito perto de restabelecer a igualdade, não fosse uma grande defesa com os pés de Mandanda a desviar a bola para pontapé de canto. O resultado não sofreu mais alterações e o conquistadores voltaram a perder pela margem mínima... Uma palavra de apreço para os quase 2000 vitorianos que se deslocaram até Marselha e que se fizeram sentir no apoio à equipa de forma extraordinária.
Um ponto conquistado em três jogos disputados é mau demais para ser verdade. Este poderá ter sido o adeus à Liga Europa. No entanto, matematicamente, continua a ser tudo possível. Para continuarmos a sonhar estamos obrigados a fazer o que ainda não conseguimos nesta fase de grupos, ou seja, vencer (três vezes). Das três partidas que restam disputar, duas serão realizadas no nosso castelo. As hipóteses de seguir em frente começam a ficar cada vez mais reduzidas mas enquanto for matematicamente possível...é legítimo dizer que ainda podemos sonhar. No outro jogo do grupo, o Salzburg venceu por 2-0 na deslocação a casa do Konyaspor, continuando, assim, na liderança do grupo. O jogo do tudo ou nada será disputado no dia 2 do próximo mês quando o Vitória receber a equipa do Marselha. Até lá teremos dois encontros a contar para o campeonato, curiosamente frente aos dois recém-promovidos à primeira liga.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, VITÓRIA ATÉ MORRER!

domingo, 1 de outubro de 2017

Começa a faltar paciência...

Na tradicional e complicada deslocação ao Estádio do Restelo, o Vitória voltou a vacilar e acabou derrotado por uma bola a zero, com um golo solitário de Merlin Tandjigora. Mais uma péssima exibição dos conquistadores...

Belenenses-V. Guimarães, 1-0 (crónica)
Foto: MaisFutebol
A equipa orientada por Pedro Martins alinhou de inicio com: Miguel Silva, Konan, Moreno, Marcos Valente, Víctor Garcia, Rafael Miranda, Wakaso, Francisco Ramos, Raphinha, Héldon e Rincón. Com seis alterações em relação à partida anterior, esperava-se que uma maior frescura física se tornasse num fator que ajudasse à melhoria das exibições. Pura ilusão... Após um inicio de jogo meio adormecido, a equipa de Belém foi a primeira a criar perigo à passagem do primeiro quarto de hora. A cruzamento de André Sousa, Tiago Caeiro obrigou Miguel Silva a uma enorme defesa. No minuto seguinte, foi a vez de Raphinha isolar Héldon também a obrigar Muriel a uma defesa apertada. Cerca de dez minutos depois, eis o primeiro e único golo da partida. Na conversão de um livre direto muito perto da área, Merlin Tandjigora - que poderia ter visto o vermelho direto minutos antes - inaugurou o marcador com um remate exímio indefensável para o guardião português de 22 anos. Até ao intervalo não surgiram mais ocasiões de perigo.
Na segunda parte tivemos um Vitória diferente, apesar de ineficaz. Muito também devido à entrada do estreante Junior Tallo para o lugar de Rincón. Se é verdade que os primeiros 15 minutos do primeiro tempo tinham sido marcados por uma certa monotomia, o primeiro quarto de hora da segunda parte parecia extremamente empolgante em termos de agressividade, tal era a quantidade de faltas provocadas por jogadores da casa que, num curto espaço de tempo, viram quatro cartões amarelos. Constantes paragens numa tentativa de reduzir o ritmo que o Vitória estava a tentar impor. Pedro Martins lançou Sturgeon a substituir Francisco Ramos na esperança de que jogar contra a ex-equipa fosse um incentivo extra, ele que viria a falhar a oportunidade mais flagrante de toda a partida. Pelo meio, Tallo tentou a sua sorte por três vezes, de todas as maneiras e feitios: cabeceamentos, remates dentro da área, remates de fora da área,... Também Raphinha e Moreno foram protagonistas de outras duas ocasiões de golo, porém, nenhum dos dois conseguiu concretizá-las. Rafael Martins entrou nos últimos dez minutos mas não conseguiu criar ou estar no seio de uma jogada perigosa.
Oferecemos 45 minutos de avanço à equipa orientada por Domingos Paciência, melhorámos na segunda parte mas faltou objetividade e critério na finalização. Dos 17 remates feitos, apenas 3 foram enquadrados com a baliza. Nova derrota do Vitória que deixa os conquistadores no 10º lugar com 1/4 do campeonato já disputado, sendo que até temos mais jogos realizados (8) do que golos marcados (7), algo que é incompreensível para uma equipa cujo presidente diz ser a melhor dos últimos anos. Não nos tapem os olhos, a jogar assim parece que ainda andamos em pré-época (se calhar andamos mesmo...). É urgente dar uma resposta já nos próximos jogos! Uma palavra de apreço para as várias dezenas de vitorianos que marcaram presença em Belém a um domingo às 21:30 e que foram incansáveis no apoio à equipa apesar de esta não ter retribuído a atitude em campo. Uma enorme falta de respeito por parte da Liga aonmarcar um jogo para tão tarde, com muito pessoal de Guimarães a sair de Lisboa perto da meia-noite, chegando ao Berço apenas às 4h ou 5h da manhã a um dia de semana.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, VITÓRIA ATÉ MORRER!