sábado, 26 de agosto de 2017

Mais um passo atrás...

Por vezes, dar um passo atrás significa poder dar dois para a frente logo de seguida. Não é o caso. Na Mata Real, o Vitória não conquistou um ponto, perdeu dois. Jogando em superioridade numérica durante toda a segunda parte, os conquistadores não foram além de um nulo, num jogo em que o video-árbitro acabou por ser decisivo.

Liga NOS: P. Ferreira x Vitória SC
Foto: ZeroZero

Em relação ao jogo anterior, Pedro Martins procedeu a cinco alterações, sendo que três delas foram no setor defensivo. A formação vitoriana alinhou de inicio com: Douglas, João Vigário, Pedro Henrique, Josué, João Aurélio, Rafael Miranda, Celis, Hurtado, Hélder Ferreira, Raphinha e Rafael Martins. O Vitória entrou muito pressionante na partida em busca do golo e esteve perto de o conseguir por intermédio de Rafael Martins, a passe de João Aurélio, por duas vezes, aos 2' e aos 6' minutos de jogo. Também Hélder Ferreira tentou a sua sorte à passagem do minuto 20', mas o remate saiu à figura de Mário Felgueiras. Foi a meio do primeiro tempo que teve lugar a primeira substituição da partida. João Vigário lesionou-se no ombro após uma disputa de bola e Jubal entrou para o seu lugar, sendo que, na verdade, Jubal ocuparia o centro da defesa juntamente com Josué, enquanto que Pedro Henrique descairia para o lado esquerdo. Foi precisamente nesse momento que a formação vitoriana se desorganizou defensivamente e permitiu que o Paços progredisse no terreno, inclusive com um golo (bem) anulado a António Xavier por fora de jogo. Até ao final do primeiro tempo, o Vitória não conseguiu criar mais oportunidades flagrantes. Além disso, Douglas ainda fez duas grandes defesas após remates de longe de Pedrinho e Welthon, aos 25' e aos 43', respetivamente. À beira do intervalo, o australiano Mabil pisou Jubal propositadamente nas barbas do árbitro assistente, o que lhe valeu um cartão vermelho direto. 
À semelhança do que tinha acontecido na Amoreira (exceção feita ao resultado), o Vitória entraria na segunda parte em superioridade numérica e com o incentivo de atacar para a baliza junto à bancada onde estavam centenas de vitorianos fiéis no apoio à sua equipa. À passagem do minuto 48', depois de uma bola recuperada junto à área de Douglas, os conquistadores protagonizaram uma bela transição ofensiva que terminou com o cruzamento de Raphinha a culminar num golo de Hurtado. Festejou-se, mas por pouco tempo. O árbitro Nuno Almeida recorreu ao video-árbitro para analisar o lance e concluiu que houve uma falta cometida por Pedro Henrique no momento da recuperação de bola. Uma decisão acertada. A equipa demorou a recompor-se, a nível emocional e até mesmo exibicional. E Douglas ainda impediu um golo aos 55' depois de um cruzamento traiçoeiro. Entretanto, Rafael Miranda e Hurtado - este último por lesão - acabariam por ser substituídos por Óscar Estupiñán e Kiko, respetivamente. Logo quando entrou, o médio de 20 anos obrigou Mário Felgueiras a uma defesa apertada, após um belo remate de longe. A cinco minutos do fim, e num excelente momento individual dentro da grande área, Hélder esteve muito perto de marcar. Em tempo de descontos, perante as sucessivas faltas ganhas pela formação pacense e consequente demora na retoma do jogo, só se cumpriram cerca de dois minutos de futebol jogado dos cinco concedidos pelo árbitro. Se é verdade que os conquistadores fizeram o dobro dos remates dos castores, também é verdade que, dos quinze remates, apenas dois tomaram a direção da baliza, ambos por Hélder Ferreira.
O Vitória voltou a vacilar. Era obrigatório vencer este jogo. Por vezes. jogar contra dez torna-se mais complicado do que jogar contra onze - e até já tivemos amostras disso mesmo - mas, desta vez, não havia desculpas. Não havia, nem há. Nem mesmo o facto de, nesta época, o video-árbitro só ter sido utilizado em situações que prejudicaram o Vitória. Como exemplo máximo disso, basta recordar o jogo na Amoreira. Parece evidente que não temos um plantel com soluções e voltámos a ter a prova disso neste jogo quando foi preciso ser um central a ocupar a posição de lateral durante praticamente quase todo o jogo. Que o nosso maior problema passa pelas laterais, já todos nós sabemos. No entanto, os reforços não chegam, e o mais provável é que, caso cheguem nos próximos seis dias, sejam jogadores emprestados. Os vitorianos merecem mais, muito mais! Ontem, ficámos a conhecer os nossos adversários na Liga Europa (Salzburg, Marselha e Konyaspor). Estando nós no pote 3, já era de prever que tivéssemos muitas dificuldades pela frente, no entanto, podíamos calhar num grupo bem pior. Não se pode dizer que seja um grupo, de todo, acessível. Se nos reforçarmos de forma convincente e voltarmos aos triunfos após a paragem do campeonato, (penso que) podemos sonhar. Contudo, para já, isto vai doendo e não é nada lindo. Nada...

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domingo, 20 de agosto de 2017

Desastroso!

Quando se pensava que o Vitória ia (tentar) reagir à derrota sofrida na Amoreira, eis que aparece um Sporting pragmático e consistente ao ponto de construir uma goleada no Estádio D.Afonso Henriques. 0-5 foi o resultado final. Algo desastroso, frustrante, impensável e imperdoável.

Liga NOS: Vitória SC x Sporting
Foto: ZeroZero

O conjunto orientado por Pedro Martins alinhou de início com: Miguel Silva, Sacko, Pedro Henrique, Marcos Valente, João Aurélio, Celis, Zungu, Hurtado, Hélder Ferreira, Raphinha e Texeira. A goleada começou a ser construída desde muito cedo. O golo madrugador de Bruno Fernandes, a mais de trinta metros da baliza, foi acusado em demasia pela formação vitoriana. Os conquistadores não conseguiam criar perigo junto da baliza leonina e foi através de um lance de bola parada (21') que Bas Dost apareceu livre de marcação no coração da área e cabeceou para o 2-0. Dois minutos depois, Fábio Coentrão - que provocou os vitorianos nos festejos do segundo golo, exaltando os ânimos - apareceu sozinho na esquerda do ataque dos leões, assistindo o ponta de lança holandês para o terceiro golo da partida. A equipa orientada por Jorge Jesus deixou de pressionar muito, permitindo que a formação vitoriana pudesse respirar um pouco. Porém, os remates de fora da área de Hurtado e de Raphinha não foram suficiente para assustar o guardião Rui Patrício. Antes do intervalo, Miguel Silva ainda evitou o quarto golo do Sporting. Se era verdade que na época passada o Vitória tinha precisado de apenas quinze minutos para transformar um 0-3 em 3-3, desta vez até teríamos bem mais tempo para repetir o feito, porém, tal não viria a acontecer.
Na segunda parte, o Vitória até entrou razoavelmente bem. Celis e Raphinha, com remates à entrada da área, estiveram muito perto de reduzir a desvantagem de três golos de modo a fazer renascer a esperança vitoriana. Após um erro do lateral Piccini, Hurtado recuperou a bola e ficou na cara de Rui Patrício, mas infelizmente o peruano não teve a astúcia necessária para converter aquela oportunidade em golo. Pedro Martins não esteve bem nas substituições ao lançar Rafael Miranda e Sturgeon para os lugares de Zungu e Hurtado quando decorria o minuto 57', contudo, perante os elementos de que dispunha no banco de suplentes não se podia pedir muito mais... À passagem do minuto 60', depois de correr alguns metros com a bola sem qualquer pressão, Bruno Fernandes teve espaço para fazer outro grande remate de fora da área que só parou dentro da baliza de Miguel Silva. Um golo que, por si só, sentenciava a partida. Mas nem por isso os milhares de adeptos do Vitória presentes no estádio deixaram de apoiar a sua equipa, como se o jogo ainda estivesse 0-0. Pedro Martins ainda lançou Rafael Texeira a jogo, retirando Hélder Ferreira, na tentativa de marcar o tento de honra, mas desde o quarto golo que o Vitória não mais ameaçou a baliza leonina. Bruno Fernandes ainda esteve perto do hat-trick mas a trave impediu que tal acontecesse. Não foi o médio de 22 anos, foi o de 28. Adrien Silva tabelou com Iuri Medeiros dentro da área e, com enorme facilidade, fez o quinto golo dos leões, num lance em que o setor defensivo vimaranense ficou a ver navios. O guardião Miguel Silva ainda impediu que Gelson ampliasse a vantagem já em cima do minuto 90'. Também ao cair do pano, Texeira ficou a pedir outro penalty. O primeiro por alegada falta de Bas Dost no inicio da segunda parte, o segundo por um suposto toque do central Coates já em tempos de desconto. A verdade é que ambos os lances suscitam dúvidas e, embora o primeiro lance até tenha acontecido quando o jogo estava em 0-3, a arbitragem de Hugo Miguel em nada está relacionada com a derrota sofrida pelos conquistadores.
Em quatro jogos oficiais, o Vitória sofreu três derrotas com treze golos sofridos e apenas quatro golos marcados. E de facto é algo atípico termos sofrido dez golos em três jogos a contar para o campeonato. Quanto mais "abre olhos" serão necessários para evidenciar a certeza de que não temos um plantel à altura daquilo que (inicialmente) se exigia para esta época? Um plantel curtíssimo de opções para uma equipa que vai disputar, pelo menos, seis jogos de competições europeias. Ainda vamos a tempo de recuperar deste mau arranque de época e, para isso, temos uma dezena de dias para nos reforçarmos até ao fecho do mercado. Para já, o onze não está à altura do nosso doze! Isto dói, e acreditem que não é lindo.

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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Desencontrados...

Na visita à Amoreira, os conquistadores foram derrotados pelo Estoril por três bolas a zero num jogo com várias expulsões e com polémica à mistura. A falta de atitude e a falta de reforços preenchem o lote de explicações para este resultado. Os erros pagam-se caro e os adeptos que fizeram centenas de quilómetros a um dia de semana mereciam mais...muito mais!


Estoril-V. Guimarães, 3-0 (crónica)
Foto: MaisFutebol

Em relação ao onze inicial da primeira jornada, Pedro Martins decidiu alterar apenas uma peça do puzzle com David Texeira a ocupar a posição de Óscar Estupiñán. À semelhança do jogo de quinta-feira, o Vitória apresentou-se muito intranquilo nos minutos iniciais. A diferença é que frente ao Chaves essa intranquilidade só se apoderou da equipa durante um curto espaço do tempo. Desta vez, foi durante todo o jogo. Allano e Kleber estiveram perto de marcar para a equipa da casa. Mas foi Pedro Monteiro que, à passagem do minuto 19', inaugurou o marcador. Na sequência de um pontapé de canto, Miguel Silva falhou a abordagem à bola - com alguma influência do vento que favoreceu o Estoril no primeiro tempo - e o central português cabeceou para o fundo das redes. A formação vitoriana tentou responder através de Raphinha, após um bom passe de Hurtado, mas o remate saiu ao lado da baliza de Moreira. Antes desse lance, um jogador do Estoril parece ter cortado a bola com o braço dentro da grande área numa disputa com Celis, mas o VAR não interviu. Depois de ter visto um cartão amarelo aos 25', Wesley fez uma entrada imprudente sobre Hurtado aos 38' que lhe valeu o segundo amarelo e consequente expulsão.
O Vitória foi para o intervalo a perder por 1-0, mas com a expetativa de que poderia beneficiar de vários fatores no segundo tempo, desde a superioridade numérica ao facto de jogar em favor do vento e de atacar para o lado onde estavam os cerca de 300 vitorianos. Porém, num curto espaço de tempo, tudo mudou. Aos 49', João Vigário viu o segundo cartão amarelo e recebeu ordem de expulsão. Isto já com Óscar Estupiñán em campo após ter substituído Zungu, perspetivando-se um 4-4-2 que deixou de o ser. Nesse sentido, Pedro Martins viu-se obrigado a colocar Sacko em campo, com Hélder Ferreira a ser o sacrificado. Quando nada o fazia prever, eis que Josué comete uma grande penalidade. Sacko errou clamorosamente ao efetuar um lançamento, entregando a bola a Kléber. Os centrais do Vitória foram apanhados de surpresa e Josué acabou por recorrer à falta dentro da grande área. Carlos Xistra, numa primeira instância, admoestou o central português com um cartão amarelo, no entanto, acabou por recorrer ao video-árbitro e concluir que o ideal seria transformar o cartão amarelo em vermelho direto. O Vitória ficava então reduzido a 9 elementos e a ver Kléber a ampliar a vantagem na transformação da grande penalidade. Cenário cada vez mais complicado para a formação de Pedro Martins. Raphinha - o mais inconformado - ainda tentou assustar Moreira com duas excelentes oportunidades, inclusive apontando o primeiro (e único!) remate do Vitória à baliza durante todo o jogo. Texeira foi substituído por Rafael Miranda de modo a minimizar os estragos defensivamente, porém, os conquistadores viriam a sofrer o terceiro golo. Na seguimento de um lance que poderia (e deveria) ter dado uma grande penalidade a favor do Vitória, a equipa de Pedro Emanuel voltou a aproveitar-se de uma falha de Sacko para aumentar a vantagem com um bis de Kléber. E o VAR voltou a não intervir num lance que favorecia a formação vitoriana... Mas a verdade é que o 3-0 podia ter sido transformado num possível 2-1 e isso mudaria, certamente, o rumo do jogo, mesmo com a formação vitoriana em inferioridade numérica.
Apesar de tudo, a arbitragem não pode e nem deve servir de desculpa. O Vitória só se pode queixar de si próprio visto que os erros individuais persistem sempre que jogamos fora de portas. Ainda para mais numa equipa que, na época passada, pontuou mais a jogar fora do que em casa. A falta de atitude foi patente neste jogo, mas não é só isso que nos falta. Faltam, também, reforços. Nomeadamente para as laterais que são o nosso maior problema. Para o próximo jogo, frente ao Sporting, não vamos poder contar com Josué e João Vigário, duas baixas de peso no setor defensivo, bem como Konan que continua lesionado e, consequentemente, fora das opções de Pedro Martins.

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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O Castelo ainda abanou...

Na jornada inaugural da I Liga, o Vitória recebeu e venceu o GD Chaves por 3-2. Apesar de um mau inicio de jogo, os conquistadores protagonizaram uma exibição convincente, tendo dominado praticamente toda a partida. A formação vitoriana recompôs-se após a derrota na Supertaça e até chegou a ameaçar uma goleada das antigas, no entanto, os dois golos apontados pelos transmontanos nos últimos minutos da partida fizeram abanar o castelo...


Foto de Vitória Sport Clube.
Foto: Vitória Sport Clube

A equipa orientada por Pedro Martins alinhou com: Miguel Silva, João Vigário, Pedro Henrique, Josué, João Aurélio, Celis, Zungu, Hurtado, Hélder Ferreira, Raphinha e Óscar Estupiñán. O Vitória apresentou-se muito intranquilo nos minutos iniciais perante um Chaves confortável e seguro na gestão da posse de bola, bem como na criação de desequilíbrios. As oportunidades de Bressan e Matheus Pereira foram o espelho disso mesmo. E foi então que a formação vitoriana acordou e começou a sacudir a pressão flaviense. Os cabeceamentos de Pedro Henrique (17') e de Hurtado (23') saíram a rasar o poste direito da baliza transmontana. Trinta segundos depois do falhanço do peruano, eis que aparece Zungu a apontar o primeiro golo do Vitória no campeonato. Os conquistadores souberam pressionar os seus oponentes quando estes tentavam sair a jogar, após a cobrança de um pontapé de baliza. Zungu foi oportuno, tabelou com Hurtado e apareceu na cara de Ricardo, inaugurando o marcador. Poucos minutos depois, Hurtado descobriu Estupiñán que, na cara do guarda-redes, acabou por atirar ao lado. Tal foi a forma como o Chaves acusou o golo que a formação liderada por Luís Castro voltou a errar com uma perda de bola no meio campo. No seguimento da recuperação de bola, e fruto de uma excelente jogada coletiva, surge o segundo golo ao minuto 31'. Raphinha oferece a bola a João Aurélio e este assiste Hurtado para o 2-0. Antes do intervalo, Estupiñán dispôs de outra excelente oportunidade para marcar após uma escorregadela de Nuno André Coelho mas voltou a vacilar em posição privilegiada.
Na segunda parte, um pouco mais do mesmo. O Vitória continuava a carregar e não tirava o pé do acelerador. Logo a abrir, Hélder Ferreira, à entrada da área, tentou a sua sorte. Dois minutos depois, João Aurélio foi tocado dentro da área e pediu-se penalty no Estádio D.Afonso Henriques. Luís Godinho mandou seguir, mesmo depois das indicações fornecidas pelo vídeo-árbitro. O terceiro golo parecia uma questão de tempo. E assim foi... Após uma nova recuperação de bola, Hurtado entregou a bola a Raphinha e o brasileiro não tremeu na hora do remate. Estava feito o 3-0 aos 59'! Os conquistadores não desistiam e persistiam. À passagem do minuto 68', o peruano Hurtado, após cruzamento de João Vigário, enviou a bola ao poste mesmo com a baliza escancarada. Quando tudo parecia estar a roçar a perfeição, eis que o Chaves reentra no jogo com dois golos de William na reta final da partida (80' e 88'). No primeiro lance, Matheus Pereira cruzou para a área e o ponta de lança correspondeu com um cabeceamento certeiro. Oito minutos depois, foi a vez de Josué falhar uma abordagem à bola devido a uma escorregadela, permitindo que William bisasse na partida e chegasse a abanar o castelo. Durante o período em que o Vitória atravessou mais dificuldades, Hélder Ferreira, Hurtado e Óscar Estupiñán saíram para dar lugar a Xande Silva, Rafael Miranda e Rafael Martins, respetivamente. Felizmente, o resultado não mais se alterou, mas fica o aviso, apesar de terem sido dois golos sofridos de forma completamente desnecessária. Bem como o sofrimento dos 20 mil adeptos presentes nas bancadas do Estádio do Rei que, mesmo depois de mais um troféu perdido, corresponderam em número (e em apoio!) no arranque do campeonato. Pedro Martins e Luís Castro reconheceram a justiça do resultado.
Curiosamente, e à semelhança do que tinha acontecido em Trás-os-Montes, num jogo a contar para o campeonato realizado em meados de abril, os flavienses também se encontravam a perder por 3-0, mas acabaram por marcar dois golos nos minutos finais, assustando os conquistadores. É caso para dizer que esta foi uma autêntica fotocópia desse jogo. Segue-se mais uma batalha. Na próxima segunda-feira, o Vitória desloca-se à Amoreira para uma partida que será disputada a partir das 19h. Mesmo a um dia de semana, é certo que não vai faltar apoio à formação vitoriana!

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!

domingo, 6 de agosto de 2017

Erros (in)evitáveis?

O Vitória perdeu a Supertaça para o SL Benfica ao ter sido derrotado por 3-1 num jogo de cariz solidário a favor dos bombeiros, sendo que os golos, remates, cantos, ataques e cruzamentos rendiam quantias entre os 100 e os 5000 euros. Contas feitas, foram doados cerca de 120 mil euros. Para a história, fica mais uma final perdida, frente a um adversário que estava fragilizado devido à pré-época realizada, mas que mesmo assim conseguiu vencer. Um jogo que ficou marcado por erros de arbitragens - que nem sequer foram corrigidos pelo vídeo-árbitro - mas também por erros individuais dos conquistadores...e não só.


Supertaça Benfica x Vitória SC

A formação orientada por Pedro Martins entrou mal e à passagem do minuto 6' já se encontrava a perder. Pizzi cruzou da direita, Miguel Silva impediu que a bola chegasse a Seferovic, mas acabou por entregá-la a Jonas, que inaugurou, assim, o marcador. No entanto, há que realçar dois momentos no lance do golo, ambos com Seferovic como protagonista. O primeiro quando o ponta de lança suiço cometeu uma falta sobre Marcos Valente no duelo aéreo. O segundo quando, a passe de Pizzi, o mesmo jogador se encontrava em posição de fora de jogo. É certo que a bola não caiu nos pés do jogador suiço, mas o contexto do lance implicou que Miguel Silva se fizesse à bola e consequentemente acabasse por entregar o ouro ao bandido. Decorria o minuto 11' quando Zungu escorregou na zona do meio campo, permitindo que Pizzi isolasse Seferovic e este, na cara de Miguel Silva, atirasse para o 2-0. À semelhança do que tinha acontecido em maio, quer na Luz, quer no Jamor, o Vitória voltou a sofrer dois golos num período de cinco minutos. Logo a seguir pediu-se penalty na área encarnada por mão de Salvio. Pouco depois, Jonas e Jardel foram autores de duas entradas por trás muito perigosas que mereciam, no mínimo, um cartão amarelo. Raphinha, de livre direto, tentou surpreender Bruno Varela por duas vezes. O guardião Miguel Silva ainda impediu que Salvio e André Almeida ampliassem a vantagem, em dois lances praticamente seguidos. Os cerca de 8 mil vitorianos presentes em Aveiro mostravam-se incansáveis no apoio à equipa, mesmo com uma desvantagem de dois golos no marcador. Aos 36 minutos, Hélder Ferreira também apareceu na cara de Varela, após passe de Rafael Martins, numa jogada bem desenhada, no entanto, o extremo português não conseguiu finalizar da forma como pretendia. Não foi aos 36', foi aos 42'. A jogada partiu de trás, a bola mudou de flanco três vezes num curto espaço de tempo e foi então que João Aurélio cruzou para a área, Hélder Ferreira impediu que a bola saísse pela linha de fundo e Raphinha apareceu solto, ao segundo poste, cabeceando para o fundo das redes. Um golo em cima do intervalo que fazia renascer a esperança de todos os vitorianos!
A segunda parte começou com um ritmo intenso, de parte a parte, ainda que com um ascendente do Vitória que ia em busca do empate. Tal foi o caudal ofensivo... Na cobrança de um livre, à passagem do minuto 48', Zungu esteve perto de empatar com um cabeceamento a passar ao lado da baliza encarnada. Dez minutos depois, o falhanço da noite! Raphinha foi até à linha de fundo e assistiu Hurtado que se encontrava em perfeitas condições para fazer o golo do empate, após uma péssima abordagem defensiva do Benfica. Infelizmente, na cara de Bruno Varela, o peruano rematou contra o seu próprio pé, perdendo-se uma excelente oportunidade para empatar a partida. Seferovic e Jonas ainda tentaram assustar o guarda-redes Miguel Silva. Logo de seguida, e ainda só com 16 minutos decorridos no segundo tempo, Hélder Ferreira rematou de longe, obrigando o guardião encarnado a fazer uma excelente defesa. A partir daí, o ritmo da partida baixou gradualmente. Além disso, as substituições só foram feitas nos minutos 73' e 81'. Hélder, Hurtado e Aurélio foram substituídos por Sturgeon, Estupiñàn e Xande Silva respetivamente. E foi precisamente no momento em que o Vitória arriscou tudo...que tudo foi por água abaixo. Com menos um defesa em campo, Pizzi aproveitou um péssimo passe de Raphinha na zona central, assistiu Jimenez e o mexicano atirou para o 3-1 final.
Mais uma final perdida! E frente à mesma equipa. Ainda assim, importa realçar um aspeto bem notório fora das quatro linhas: a paixão dos vitorianos pela sua cidade e pelo seu clube que, mesmo em desvantagem no marcador, não se cansaram de puxar pela equipa. No final do jogo não lhes viraram as costas, bem pelo contrário. Até porque, para nós, pouco importa se ficamos em primeiro. Porque nesta vida, mais que tudo, amamos o símbolo que defendemos todos os dias. Porque nós sabemos que dói, mas também sabemos que é lindo. Afinal de contas, grandes são aqueles que não precisam de títulos para arrastar multidões.

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