sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Sem exuberância

Desta vez, a sorte esteve do nosso lado! Num jogo com poucas oportunidades, o Vitória recebeu e venceu o vizinho Moreirense pela margem mínima. Os conquistadores sofreram muito para conseguirem estes três pontos importantíssimos, nomeadamente nos instantes finais da partida. Hoje tivemos a eficácia que não tivemos noutras ocasiões. Trinta e três dias depois regressámos aos triunfos... Resta continuar! Avizinha-se um de dois jogos cruciais na nossa caminhada rumo ao Jamor.

Foto de Vitória Sport Clube.

O Vitória nem entrou mal no jogo, contudo a primeira oportunidade flagrante pertenceu ao Moreirense. Na sequência de um livre, Schons atirou à barra. À passagem do minuto 34', eis que surge o primeiro e único golo da partida. Hernâni bateu o livre ao segundo poste, Hurtado apareceu solto, cabeceou e inaugurou o marcador. Pouco depois, um erro defensivo quase que originava o golo do empate. Nesse lance, Zungu perdeu a bola em zona proibida, a formação de Moreira de Cónegos aproveitou e só não empatou devido à pontaria desafinada de Nildo que se encontrava na cara do golo.
Esperava-se que o Vitória na segunda parte entrasse determinado e em busca do segundo golo na tentativa de tranquilizar a equipa. E na verdade, até estivemos mais perto de aumentar a vantagem do que sofrer o 1-1. Mas durante pouco tempo... Hernâni dispôs de duas boas oportunidades, aos 47' e aos 61' minutos. Destacando-se esta última, após um grande passe de Rafael Martins, Hernâni tentou o bonito para fazer o 'chapéu' ao guarda-redes mas a bola saiu ao lado. É caso para dizer que o nosso número 9 tem tendência para falhar o mais fácil e fazer o mais difícil. Faz parte... Os últimos 25 minutos de jogo foram praticamente sempre dominados pela formação de Moreira de Cónegos. Konan e João Aurélio (que entrou para substituir Celis) chegaram mesmo a fazer de guarda-redes, evitando que a bola fosse para a baliza defendida por Douglas. O Vitória não jogou bem, sofreu, mas venceu.
Com este triunfo, os conquistadores passam agora a ocupar a 4ª posição com 39 pontos, ainda que à condição. Após o jogo frente ao Marítimo (0-0), fiz referência que o último jogo em casa a contar para o campeonato em que não tínhamos sofrido golos tinha sido frente ao Sporting, no nulo a 29 de fevereiro de 2016. Pois bem, nem nesse, nem no do Marítimo ganhámos. Desta vez voltámos a não sofrer...e vencemos. E é isto que esperamos que aconteça já na próxima quarta-feira frente ao Chaves. Ganhar sem sofrer. Tendo em conta que a meia final é disputada a duas mãos, sofrer um golo em casa pode ser "a morte do artista". Perante uma das melhores equipas a praticar futebol em Portugal, é importante apresentar uma organização defensiva rigorosa e, em simultâneo, a tal eficácia na hora do remate.
Marcar um jogo para as 19h de uma sexta-feira é mesmo pedir para ter estádio vazio... No entanto, os vitorianos esforçam-se para acompanhar a sua equipa e não estarei a exagerar se disser que hoje tivemos meia casa no Estádio D.Afonso Henriques! Porque somos diferentes. Porque somos Vitória.

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!!!

domingo, 19 de fevereiro de 2017

O pastel não saiu do forno...

Após um inicio de jogo avassalador no Restelo, o Vitória não foi capaz de finalizar as inúmeras oportunidades de que dispôs e acabou por sofrer o golo do empate num jogo que viria a terminar empatado a uma bola. O pastel não saiu do forno por diversas razões. Pela falta de eficácia na primeira parte! Pela pouca entrega e ambição na segunda parte! E pela escassez de soluções no plantel e consequente falta de equilíbrio! O mercado de inverno também tem destas coisas... Coisas essas que - repito - têm sido uma constante ao longo das últimas épocas.


Foto de Vitória Sport Clube.

O Vitória entrou bem! A primeira oportunidade até pertenceu ao Belenenses, na sequência de uma bola parada, Miguel Rosa atirou ligeiramente por cima da baliza de Douglas. Depois seguiram-se 15 minutos de intenso domínio por parte do Vitória. Um verdadeiro vendaval de oportunidades. O golo surgiu à passagem do minuto 10' após uma bela jogada pelo corredor direito tendo como principal protagonista, o extremo Hernâni. Um golaço! Pressionámos e fomos atrás do segundo num momento em que o nosso caudal ofensivo era por demais evidente. Três minutos depois, foi a vez de Marega tentar a sua sorte. Remate à entrada da área com a bola a embater no poste. Seguiram-se outras oportunidades mas o Vitória não as aproveitou. E foi então que o Belenenses chegou ao golo do empate por intermédio de Miguel Rosa. A defensiva vitoriana subiu as linhas para colocar as referências ofensivas da formação do Restelo em fora de jogo, mas o extremo português estava solto no corredor direito e escapou à armadilha. Até ao intervalo, o Vitória ainda dispôs de duas oportunidades sendo que a mais flagrante foi a de Hernâni, desta vez pelo lado esquerdo. O avançado de 25 anos já tinha feito o mais difícil e depois decidiu falhar o mais fácil. Na cara do golo e solto de marcação, Hernâni não conseguiu finalizar a oportunidade de que dispôs aos 31 minutos.
Se é verdade que a primeira parte despertou interesse para quem estava a assistir à partida, também é verdade que os segundos 45 minutos foram claramente monótonos. Depois das equipas terem ido para o descanso, a primeira oportunidade só apareceu à passagem do minuto 76' e foi para o Belenenses com Miguel Rosa em destaque novamente. Antes disso, Marega tinha sido substituído por Raphinha e - mais uma vez - manifestou total desagrado com a opção do técnico Pedro Martins. Opção essa que, a meu ver, até foi a mais correta. Já perto dos 90', Raphinha atirou a bola à malha lateral na cobrança de um livre direto. Sturgeon e Texeira também foram a jogo, mas nada trouxeram ao jogo. Ainda que Sturgeon tenha desperdiçado a oportunidade de marcar à sua ex-equipa já nos descontos... Uma segunda parte com pouca ambição e pouco esforço. Pouco respeito pelas dezenas de vitorianos que fizeram cententas de km para apoiar a sua equipa, numa tentativa de dar ênfase à expressão "dêem apenas o vosso esforço, daríamos tudo para vestir essa camisola"...
Em suma, uma excelente primeira parte e uma péssima segunda metade. Não marcámos o segundo e acabámos por sofrer o golo do empate. O resultado pode não parecer o mais justo porque ficou a ideia de que o Vitória foi a equipa que, apesar de tudo, mais fez para sair de Belém com os três pontos. Voltámos a perder dois pontos de forma desnecessária... Se o 5º lugar parecia estar minimamente "seguro" há dois meses atrás, eis que neste momento temos 4 pontos de avanço em relação ao 6º classificado. Diferença essa que pode ser encurtada para apenas 1 ponto, caso o Marítimo vença o derby madeirense amanhã. Tudo isto por culpa própria! No inicio da época dizia-se que tínhamos plantel para garantir a Liga Europa o quanto antes e sonhar com algo mais do que um 5º lugar. E de facto tínhamos. Entretanto chegou o mercado de inverno e duas peças fundamentais no processo tático de Pedro Martins acabaram por deixar o clube. E é assim que vamos... É assim que temos ido nos últimos anos. Já estamos preparados para mais uma segunda volta de muito sofrimento. Já não vencemos desde o jogo em Braga - há 4 jogos - e aproxima-se um ciclo de jogos extremamente decisivo. A começar pelo derby vimaranense na próxima sexta-feira e logo de seguida a receção ao Chaves naquela que será a 1ª mão da meia-final da Taça. É urgente reencontrar o caminho dos triunfos! Há um 5º lugar para segurar e uma Taça para ganhar.

Na visita a Ovar, a formação de basquetebol só conseguiu derrotar a Ovarense no prolongamento com o resultado final de 95-102 após a igualdade de 84-84 no fim do tempo regulamentar. Algo inédito esta época porque ainda não tínhamos disputado nenhum prolongamento. E se é verdade que na sexta-feira isso aconteceu, hoje voltou a acontecer. Após uma igualdade de 62-62 no pavilhão da formação do Elétrico, os conquistadores voltaram a conseguir triunfar no prolongamento, desta vez com o resultado final de 71-77.
Em voleibol, o Vitória recebeu e venceu o AAS Mamede por 3-0 com parciais de 25-18, 25-23, 25-23). Vinte horas depois, os conquistadores receberam o Castelo da Maia e, apesar de terem feito dois primeiros sets muito consistentes, acabaram por perder 2-3 com os parciais de 29-27, 25-15, 16-25, 20-25, 11-15. O quinto lugar continua seguro.
No polo aquático, derrota com o Paredes por 19-6 que mantém o Vitória na 5ª posição.

No futebol de formação, os iniciados derrotaram o FC Porto por 1-0. Os juvenis também defrontaram os azuis e brancos mas perderam 3-0. Os juniores receberam a Académica e não foram além de um empate a uma bola.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Ironia do destino?

Havia quem dissesse que o jogo já estava perdido muito antes de o mesmo ser disputado. Não pelo mau momento que estamos a atravessar. Não pela dificuldade do jogo propriamente dito. Não pela boa fase do adversário! Mas sim por aquilo que tem ligado Vitória e FC Porto nos últimos anos: uma autêntica "ponte" negocial que tem evidenciado mais prejuízo do que beneficio. Mas de longe... Relativamente ao jogo, o Vitória não jogou mal mas foi derrotado de uma forma justa. Tiquinho Soares - sim, ele mesmo - acabou por ser um dos protagonistas no triunfo dos azuis brancos por duas bolas a zero. Algo que não deixa de ser irónico e que, em boa verdade, era claramente evitável.



Foi novamente ao som de "Sou Vitória" que as equipas entraram em campo. Um ambiente espetacular nas bancadas com mais de 20 mil vitorianos a tentar empurrar a equipa para a glória. Mesmo sem Marega e sem Hernâni que estavam impedidos de jogar frente ao clube que os emprestou, esperava-se que um Vitória desfalcado desse luta a um adversário que ia a Guimarães sem qualquer baixa. Desde logo, e nesse sentido, era caso para dizer que estávamos condicionados.
A primeira oportunidade pertenceu aos portistas, por intermédio de Maxi. Rafael Martins respondeu logo de seguida com um remate de fora da área que passou um pouco ao lado da baliza de Casillas. O jogo estava a ser cada vez mais disputado no meio campo e com poucas oportunidades, de parte a parte. À passagem do minuto 36', depois de um cruzamento do lado esquerdo, a bola sobrou para Herrera, ainda passou por André Silva e Tiquinho Soares ficou na cara de Douglas, tendo atirado para o primeiro golo da partida. Não festejou. Bruno Gaspar acabou por colocar o avançado brasileiro em jogo... O Vitória reagiu! Com intensidade. Mas sem qualquer efeito. Ainda que seja de salientar a oportunidade de Raphinha à beira do intervalo com a bola a passar a centímetros do poste esquerdo.
Na segunda parte, o Vitória atacou para a baliza do topo sul e esperava-se que isso fosse uma espécie de motivação para que os conquistadores chegassem ao tão desejado golo. No entanto, a ineficácia voltou a assombrar o castelo. Aos 52 minutos, depois de uma excelente jogada em transição, Raphinha cruzou rasteiro para a área e nenhuma das três referências ofensivas do Vitória na grande área conseguiu finalizar o lance em golo. O Vitória não desistiu e persistiu, mas raramente com perigo. Celis ainda dispôs de uma oportunidade para empatar e na sequência desse lance Bernard fez de defesa e não permitiu que um remate de Bruno Gaspar à entrada da área levasse a direção da baliza. A verdade é que ia lá para dentro caso Casillas não se opusesse de forma eficaz. Pura infelicidade. O Porto ia tentando jogar no contra-ataque e antes de fazer o 0-2 final ainda dispuseram de duas oportunidades perigosas. Aos 85 minutos, numa tentativa de lançar a equipa para o ataque de forma veloz, Douglas entregou a bola à defesa adversária que, com muita serenidade, construiu a jogada do segundo e último golo pelo corredor central, furando a defesa vitoriana de uma forma nunca vista.
Os conquistadores, apesar de nem terem jogado mal, acabaram por merecer a derrota. Ainda que o mais justo talvez tivesse sido uma derrota pela margem mínima e não por dois golos de diferença. Desde a época 2012/2013 que o Porto não vencia em Guimarães em jogos oficiais, ainda que na pré-época também tenham vencido pelo mesmo resultado do jogo de hoje. O Vitória já não marca golos há 3 jogos. Há 21 dias que não festejamos qualquer golo. E imagine-se só quem foi o marcador do último golo... Exatamente, Tiquinho Soares. Naquele que foi o seu último jogo de Rei ao peito. No ano de 2017 já disputámos 9 jogos e só marcámos...em 3. Excessiva ineficácia que terá que ser contrariada o mais rapidamente possível. O Marítimo pode ficar a um ponto ainda nesta jornada. O que esperar da segunda volta?
Ora, relativamente à expressão "ironia do destino". Não é segredo para ninguém que, ao longo dos últimos anos, os dirigentes de Vitória e FC Porto têm evidenciado a sua simpatia mútua através de inúmeros negócios. Negócios esses que, na sua generalidade, em nada beneficiam o nosso Vitória. Bem pelo contrário. A lei é clara e os jogadores emprestados não podem defrontar o clube que os emprestou. E eu até sou defensor dessa medida que entrou em vigor na época passada. No entanto, como vitoriano, não sou nada defensor desta massificação no que toca à política de empréstimos. É inegável que muitos dos emprestados que chegam a Guimarães até têm qualidade. Mas o que é demais...cheira mal. E o Vitória é um clube com identidade própria, portanto há que tirar partido disso. Ainda para mais quando é um facto cada vez mais notório que temos uma das melhores formações do país, capaz de potencializar as qualidades dos seus atletas. Não fossem algumas vendas com valores extremamente ridículos e até podíamos reunir verbas mais do que suficientes para comprar jogadores de alto calibre, cumprindo em simultâneo, o desejável fair-play financeiro.
Com isto, apenas pretendo realçar que nem sempre estou de acordo com a política financeira - ou falta dela - do nosso clube. Ora, se é verdade que o Porto tem sido protagonista relativamente aos emprestados que o Vitória recebe, também é verdade que o nosso clube já de há uns anos para cá tem formado e potencializado jogadores de forma a que estes acabem por ir parar aos azuis e brancos. Ricardo Pereira, Tiago Rodrigues, Hernâni, André André e Tiquinho Soares são a prova disso mesmo. Além de maior parte ter quebrado o rendimento que vinha a ter até à respetiva venda, não deixa de ser um facto interessante - pouco interessante, aliás - que nenhum destes cinco jogadores rendeu mais de 4M ao nosso clube. Três deles até saíram por menos de 2M. E isto é o que dá passar a vida em saldos... Uma autêntica "ponte negocial" entre Vitória e Porto que em pouco (ou nada) tem beneficiado a formação do berço. Ainda que alguns jogadores emprestados pelos portistas - Abdoulaye, Otávio, Licá e Marega - tenham dado o seu contributo linear em prol do clube, nada "compensa" as péssimas decisões na altura de vender. À primeira moedinha oferecida...vendemos logo. Algo que, a meu ver, de correto não tem rigorosamente nada.

De modo a aquecer o duelo escaldante entre vitorianos e portistas no desporto-rei, as formações de basquetebol de ambos os clubes defrontaram-se no Dragão Caixa exatamente vinte e quatro horas antes da partida de futebol disputada no Estádio D.Afonso Henriques. O Vitória até começou bem tendo feito um excelente primeiro período. Pouco depois, a formação da casa passou para a frente do marcador e não mais de lá saiu. 92-71 foi o resultado final. Os conquistadores ocupam a 3ª posição a 3 pontos do líder...FC Porto.
No voleibol , o Vitória recebeu e venceu o Esmoriz por 3-1 com os parciais de 25-22, 23-25, 25-17 e 25-17. Os conquistadores seguem agora no 5ºlugar, em igualdade pontual com o 6º classificado - o adversário de hoje - e muito distantes do Castelo da Maia que ocupa a 4ª posição.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, SOU DO VITÓRIA ATÉ MORRER!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Adversidades fatais...

Na tradicional deslocação à Mata Real, o ingrediente titular foi o mesmo de sempre: a chuva. E hoje com a agravante das fortes rajadas de vento que se fizeram sentir durante praticamente toda a partida. Todos estes fatores com a sua dita "influência" no resultado final, mas nunca sem esquecer a tremenda ineficácia dos conquistadores que - mais uma vez - travou a formação vitoriana quando tentava voar mais alto. Em condições totalmente adversas, o Vitória foi derrotado por duas bolas a zero pela equipa do Paços de Ferreira. A famosa expressão "pai dos pobres" volta a ser colocada em prática. Mas agora a sério...o que esperar da segunda volta?



Uma deslocação dos adeptos do Vitória a Paços de Ferreira não é uma verdadeira deslocação se não houver chuva! Já virou tradição. Algumas vezes até com o relvado com parecenças a um campo de batatas. Mas hoje não. Desta vez, o relvado estava em ótimas condições. Pena que a chuva intensa e o vento forte tenham dificultado o que Paços e Vitória queriam realmente protagonizar dentro das quatro linhas.
Centenas de vitorianos marcaram presença num jogo extremamente atípico! A jogar a favor do vento na primeira parte, o Vitória não foi feliz no último passe apesar de algumas jogadas bem desenhadas. Os extremos Raphinha e Hernâni foram os que mais se destacaram a nível das quatro oportunidades criadas (duas delas claramente flagrantes!)... Decorria o minuto 30' quando Hernâni fez um excelente cruzamento da direita e Raphinha desperdiçou à boca da baliza. Três minutos depois, foi também pelo lado direito que o extremo emprestado pelo FC Porto ficou livre de marcação e - de uma forma inacreditável - não conseguiu finalizar a jogada em golo. A fechar o primeiro tempo, Konan ficou a pedir penalty mas o lance, a meu ver, é tão discutível como as duas grandes penalidades que a equipa do Paços também protestou. Mais a segunda porque na primeira parece haver um toque apenas com o ombro de Pedro Henrique. Tiago Martins nada assinalou! O Vitória ia então para o intervalo a empatar 0-0 após uma enorme falta de eficácia durante os primeiros 45 minutos, nos quais foi a formação pacense a jogar contra o vento.
Já era de esperar uma segunda parte de sofrimento. E assim foi... Ainda que houvesse a motivação extra de atacar para a baliza do lado dos adeptos vitorianos. O Paços entrou melhor e após dois bons remates (os primeiros durante toda a partida) chegou ao golo por intermédio de Pedrinho ao minuto 59'. O segundo golo não demorou a aparecer... Onze minutos depois, através da cobrança de um livre direto, Welthon (ironicamente) atirou para o 2-0. Um golaço. O guardião Douglas nem com asas chegaria lá... Restavam apenas 20 minutos para se jogar e, depois de uma primeira parte de sentido único marcada pela ineficácia, o Vitória arriscou tudo com substituições claramente mais ofensivas. Bernard, Zungu e Texeira - este último acabado de entrar - tiveram oportunidade de marcar mas Defendi opôs-se sempre de forma suficiente a evitar o golo. Mesmo a perder, os adeptos vitorianos não se cansavam de incentivar a equipa que até teve direito a cachecolada nos instantes finais da partida.
Perdemos. Acontece. Os dados estatísticos revelaram um equilíbrio notável, mas foi o Paços a vencer o jogo. E por dois golos de diferença... "Derrota" não tem sido palavra de ordem no dicionário da equipa de Pedro Martins. Longe disso... Mas é bom que haja uma resposta já no próximo jogo. Em casa, frente ao FC Porto. Até porque ainda não perdemos dois jogos seguidos a contar para o campeonato... Mais uma vez, falhámos a aproximação aos da frente e os que vêm atrás podem encurtar para 4 pontos de diferença. Se é verdade que, com Pedro Martins, o Vitória em 19 jogos no ano de 2016 apenas não marcou em 2 (em duas das três derrotas), também é verdade que em apenas 8 jogos neste ano não marcámos em 5. São números. Mas não deixa de ser uma discrepância considerável. Há muito para melhorar no capítulo da finalização! As razões para isto podem ir desde a falta de sorte até à instabilidade causada por saídas e entradas no plantel a meio da época. E eu questiono: será que isto foi apenas um mero acidente de percurso (que é completamente normal...) ou será que foi uma amostra daquilo que poderá ser a nossa segunda volta? Os próximos jogos poderão trazer a resposta de forma mais concreta. Mas até lá...a pergunta fica no ar.

Foi precisamente nos últimos dias de janeiro que houve uma intensificação de movimentações no mercado de inverno. Até ao último minuto do prazo estabelecido. Soares e João Pedro - duas peças fundamentais no processo tático - foram vendidos por valores muito aquém do que aquilo que realmente ambos valiam. Também Alex, Marcílio e Francis abandonaram o clube...mas por empréstimo. Em sentido inverso, o Vitória contratou Rafael Martins para o lugar de Tiquinho Soares. Para o meio-campo, foram contratados Sérgio Ribeiro e Al Musrati - ambos vão jogar na equipa B - e também Celis por empréstimo do Benfica. Há quem faça um balanço positivo daquilo que foi o nosso mercado. Eu, à semelhança de muitos vitorianos, não consigo estar de acordo. É verdade que janeiro já assustou mais, mas daí até considerar um "balanço positivo" ainda vai uma diferença considerável. Salientando-se, desde logo, a política de empréstimos. No mês de junho do ano passado, o nosso presidente Júlio Mendes garantiu que não queria mais jogadores emprestados em janeiro, reconhecendo simultaneamente os erros do passado. Porém, voltou a cair no mesmo erro. Não que Celis não seja um médio de qualidade, isso já é outra história. Certo é que o Vitória não assumiu uma postura objetiva! Com fortes hipóteses de discutir o último lugar do pódio até ao final da época - tendo em conta aquilo que Sporting e Braga têm feito - parece que a preferência continua a ser a de vender imediatamente após propostas insuficientes do que assegurar a estabilidade e o equilíbrio do plantel na tentativa de sonhar um pouco mais alto. Há quem diga que quanto mais alto é o sonho, maior é a queda. Mas nunca esquecer uma das expressões mais fortes do nosso hino - "Sempre e mais alto não será de mais..."

No basquetebol, as coisas também não correram bem hoje. A contar para a Taça Hugo dos Santos, o Vitória jogou em Oliveira do Hospital o acesso às "meias" da competição, contudo, acabou por ser travado pela formação da Oliveirense após uma derrota por 70-51.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, SOU DO VITÓRIA ATÉ MORRER!