domingo, 19 de fevereiro de 2017

O pastel não saiu do forno...

Após um inicio de jogo avassalador no Restelo, o Vitória não foi capaz de finalizar as inúmeras oportunidades de que dispôs e acabou por sofrer o golo do empate num jogo que viria a terminar empatado a uma bola. O pastel não saiu do forno por diversas razões. Pela falta de eficácia na primeira parte! Pela pouca entrega e ambição na segunda parte! E pela escassez de soluções no plantel e consequente falta de equilíbrio! O mercado de inverno também tem destas coisas... Coisas essas que - repito - têm sido uma constante ao longo das últimas épocas.


Foto de Vitória Sport Clube.

O Vitória entrou bem! A primeira oportunidade até pertenceu ao Belenenses, na sequência de uma bola parada, Miguel Rosa atirou ligeiramente por cima da baliza de Douglas. Depois seguiram-se 15 minutos de intenso domínio por parte do Vitória. Um verdadeiro vendaval de oportunidades. O golo surgiu à passagem do minuto 10' após uma bela jogada pelo corredor direito tendo como principal protagonista, o extremo Hernâni. Um golaço! Pressionámos e fomos atrás do segundo num momento em que o nosso caudal ofensivo era por demais evidente. Três minutos depois, foi a vez de Marega tentar a sua sorte. Remate à entrada da área com a bola a embater no poste. Seguiram-se outras oportunidades mas o Vitória não as aproveitou. E foi então que o Belenenses chegou ao golo do empate por intermédio de Miguel Rosa. A defensiva vitoriana subiu as linhas para colocar as referências ofensivas da formação do Restelo em fora de jogo, mas o extremo português estava solto no corredor direito e escapou à armadilha. Até ao intervalo, o Vitória ainda dispôs de duas oportunidades sendo que a mais flagrante foi a de Hernâni, desta vez pelo lado esquerdo. O avançado de 25 anos já tinha feito o mais difícil e depois decidiu falhar o mais fácil. Na cara do golo e solto de marcação, Hernâni não conseguiu finalizar a oportunidade de que dispôs aos 31 minutos.
Se é verdade que a primeira parte despertou interesse para quem estava a assistir à partida, também é verdade que os segundos 45 minutos foram claramente monótonos. Depois das equipas terem ido para o descanso, a primeira oportunidade só apareceu à passagem do minuto 76' e foi para o Belenenses com Miguel Rosa em destaque novamente. Antes disso, Marega tinha sido substituído por Raphinha e - mais uma vez - manifestou total desagrado com a opção do técnico Pedro Martins. Opção essa que, a meu ver, até foi a mais correta. Já perto dos 90', Raphinha atirou a bola à malha lateral na cobrança de um livre direto. Sturgeon e Texeira também foram a jogo, mas nada trouxeram ao jogo. Ainda que Sturgeon tenha desperdiçado a oportunidade de marcar à sua ex-equipa já nos descontos... Uma segunda parte com pouca ambição e pouco esforço. Pouco respeito pelas dezenas de vitorianos que fizeram cententas de km para apoiar a sua equipa, numa tentativa de dar ênfase à expressão "dêem apenas o vosso esforço, daríamos tudo para vestir essa camisola"...
Em suma, uma excelente primeira parte e uma péssima segunda metade. Não marcámos o segundo e acabámos por sofrer o golo do empate. O resultado pode não parecer o mais justo porque ficou a ideia de que o Vitória foi a equipa que, apesar de tudo, mais fez para sair de Belém com os três pontos. Voltámos a perder dois pontos de forma desnecessária... Se o 5º lugar parecia estar minimamente "seguro" há dois meses atrás, eis que neste momento temos 4 pontos de avanço em relação ao 6º classificado. Diferença essa que pode ser encurtada para apenas 1 ponto, caso o Marítimo vença o derby madeirense amanhã. Tudo isto por culpa própria! No inicio da época dizia-se que tínhamos plantel para garantir a Liga Europa o quanto antes e sonhar com algo mais do que um 5º lugar. E de facto tínhamos. Entretanto chegou o mercado de inverno e duas peças fundamentais no processo tático de Pedro Martins acabaram por deixar o clube. E é assim que vamos... É assim que temos ido nos últimos anos. Já estamos preparados para mais uma segunda volta de muito sofrimento. Já não vencemos desde o jogo em Braga - há 4 jogos - e aproxima-se um ciclo de jogos extremamente decisivo. A começar pelo derby vimaranense na próxima sexta-feira e logo de seguida a receção ao Chaves naquela que será a 1ª mão da meia-final da Taça. É urgente reencontrar o caminho dos triunfos! Há um 5º lugar para segurar e uma Taça para ganhar.

Na visita a Ovar, a formação de basquetebol só conseguiu derrotar a Ovarense no prolongamento com o resultado final de 95-102 após a igualdade de 84-84 no fim do tempo regulamentar. Algo inédito esta época porque ainda não tínhamos disputado nenhum prolongamento. E se é verdade que na sexta-feira isso aconteceu, hoje voltou a acontecer. Após uma igualdade de 62-62 no pavilhão da formação do Elétrico, os conquistadores voltaram a conseguir triunfar no prolongamento, desta vez com o resultado final de 71-77.
Em voleibol, o Vitória recebeu e venceu o AAS Mamede por 3-0 com parciais de 25-18, 25-23, 25-23). Vinte horas depois, os conquistadores receberam o Castelo da Maia e, apesar de terem feito dois primeiros sets muito consistentes, acabaram por perder 2-3 com os parciais de 29-27, 25-15, 16-25, 20-25, 11-15. O quinto lugar continua seguro.
No polo aquático, derrota com o Paredes por 19-6 que mantém o Vitória na 5ª posição.

No futebol de formação, os iniciados derrotaram o FC Porto por 1-0. Os juvenis também defrontaram os azuis e brancos mas perderam 3-0. Os juniores receberam a Académica e não foram além de um empate a uma bola.

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