segunda-feira, 29 de maio de 2017

Vitória até morrer!

A cara de quem perde é muito diferente da cara de quem ganha. E a verdade é que a sorte não esteve do nosso lado. O Vitória dispôs das melhores oportunidades na primeira parte, mas o Benfica acabou por ser eficaz no segundo tempo, marcando dois golos num espaço de cinco minutos. Não conseguimos o mais importante: vencer dentro das quatro linhas e trazer o caneco. Falhámos ao tentar colocar a cereja no topo do bolo, mas não falhámos no apoio. Aliás, nesse aspeto...goleámos! Os cerca de 14 mil vitorianos que marcaram presença no Estádio Nacional foram incansáveis no apoio à equipa, mesmo debaixo de uma chuva intensa. Apoio esse que se acentuou ainda mais quando os conquistadores se encontravam a perder por dois golos de diferença. Um abafo do outro mundo!


As cidades de Guimarães e Lisboa estão separadas por cerca de 400 km de distância. Foram 220 os autocarros que transportaram milhares de vitorianos até ao Jamor, fora os adeptos que utilizaram, por opção, os seus próprios veículos. Uma multidão do Berço da Nação com vontade de reviver o ambiente festivo da Prova Rainha, com vontade de repetir o feito histórico de 2013. Só não foram mais porque não deixaram. Esses lá tiveram que ficar pelo Toural...

Rescaldo do jogo:

Faltava ainda uma hora e meia para o início do jogo e a bancada destinada aos vitorianos, a do topo sul, já estava completamente cheia. Pedro Martins decidiu fazer duas mudanças relativamente ao "onze" que apresentou no Estádio da Luz: Miguel Silva entrou para o lugar de Douglas e Raphinha 'roubou' o lugar a Texeira, deslocando Marega para o meio, como ponta de lança.
A primeira jogada ofensiva até pertenceu ao Vitória com um remate desenquadrado de Hurtado aos 2 minutos. Luisão, na sequência de um livre batido por Pizzi, tentou responder, naquela que foi a única ocasião de golo dos encarnados no primeiro tempo. O número de faltas cometidas ia aumentando e o jogo ia aquecendo aos poucos... Bruno Gaspar e Marega foram amarelados a meio da primeira parte. O primeiro mal exibido. O segundo bem mostrado, até porque Marega acabou mesmo por lesionar Fejsa, dando lugar a Samaris (um jogador que nem convocado deveria estar).
Hernâni esteve perto de inaugurar o marcador com um pontapé de bicicleta. Na sequência desse lance, Raphinha cruzou para a área e o cabeceamento de Rafael Miranda passou a centímetros da baliza de Ederson. À beira do intervalo, Hurtado lesionou-se e acabou por ser substituído por Celis. Uma primeira parte intensa, mas nem sempre bem jogada, com muitas cautelas defensivas, de parte a parte. Ainda assim, o Vitória merecia ter ido para o intervalo com outro resultado porque fez 45 minutos irrepreensíveis, com critério nas saídas, faltando apenas o tal sucesso no último passeAlgo que, a acontecer, levaria Pedro Martins a adotar uma outra estratégia no que restaria do jogo.
Na segunda parte, uma má entrada da formação vitoriana acabou por ter influência direta no resultado final. O sonho descambou em cinco minutos. Aos 48', Jonas rematou de longe para uma defesa incompleta de Miguel Silva e Jimenez, na recarga, picou a bola sobre o guardião português. Cinco minutos depois, Nelson Semedo teve todo o tempo do mundo para cruzar para a área onde apareceu Salvio que cabeceou para o 2-0. Um enorme murro no estômago. À semelhança dos jogos mais recentes com o Benfica, após um golo sofrido, vinha outro logo a seguir. Foi assim em Guimarães e na Luz.
Pedro Martins arriscou tudo o que tinha. Konan foi substituído por Texeira, já Sturgeon substituiu Hernâni devido a (outra!) lesão. Substituições que davam a entender que o Vitória iria passar a jogar em 3-5-2 ou 3-4-3, com Rafael Miranda a fazer de central. O Vitória tentava tirar proveito das bolas paradas... Um livre direto cobrado por Marega passou a rasar o poste da baliza dos encarnados. Minutos depois, Jonas, a passe de Grimaldo, esteve perto de fazer o terceiro, tendo atirado a bola à barra.  Decorria o minuto 76', quando Raphinha trocou as voltas a Nelson Semedo e ofereceu a bola a Texeira, sendo que Samaris chegou a tempo de cortar a bola para canto. Na sequência desse lance, Raphinha cruzou para a área, Zungu apareceu solto e reduziu para o 2-1. Um golo que fazia renascer a esperança, marcado precisamente no mesmo minuto que o primeiro da final de 2013.
Quatro anos depois, finalmente lá conseguimos marcar ao Benfica. No entanto, não foi suficiente para levar o jogo para prolongamento. Pizzi e Jimenez tiveram uma oportunidade para sentenciar a partida e não conseguiram. Na reta final do encontro, o Vitória tentava chegar à área dos encarnados, mas quase sempre sem sucesso. De realçar a exibição de Bruno Gaspar, excelente em todos os aspetos. Os conquistadores não tiveram a sorte de chegar ao empate, com o intuito de levar o jogo para prolongamento. Mas voltaremos lá... Em breve! O árbitro Hugo Miguel fez uma boa arbitragem e o video-árbitro apenas confirmou as suas boas decisões, no que diz respeito aos dois lances mais contestados.



Nota final:

Mal suou o apito de Hugo Miguel, vários jogadores do Vitória caíram sobre o relvado, enquanto choravam compulsivamente. Porque sofreram muito para lá chegar! Porque sabiam que tinham um plantel à altura de conquistar o troféu! Porque era um sonho de todos os jogadores, equipa técnica, direção e, especialmente, adeptos! O momento mais alto da tarde foi o brutal apoio que os vitorianos deram ao seu clube do coração, quer enquanto perdiam, quer quando o jogo terminou. Debaixo de chuva, o ambiente protagonizado no topo sul foi sensacional. A frase épica de Carlos Daniel "Eles (adeptos) tornaram-se ídolos dos seus ídolos" não podia fazer mais sentido... O próprio Pedro Martins disse que o dia ficaria na memória dos jogadores, não pela derrota na final, mas sim pela reação dos adeptos que entoaram vários cânticos no final do jogo e, também, pelo Viking-Clap protagonizado por adeptos e jogadores. Não se festejou uma derrota, como é lógico. Foi um agradecimento devido à época realizada. Uma demonstração de fidelidade a um só emblema, na glória ou no inferno.
Durante o jogo, uns só cantavam quando marcavam, outros cantavam como se não houvesse amanhã, independentemente do resultado. Nós, adeptos do Vitória, merecíamos a Taça! O percurso feito até ao Jamor assim o exigia. Mas uma coisa é certa, tanto os jogadores, como a massa associativa, deram tudo o que tinham a dar. Infelizmente, não foi possível repetir o feito histórico de há quatro anos atrás. Júlio Mendes, em declarações aos órgãos de comunicação social, não teve receio em afirmar que no próximo ano o Vitória iria marcar nova presença no Jamor (que assim seja!), acrescentando ainda que podemos não ser o maior, mas sim o melhor clube de Portugal. Nota ainda para o fair-play da equipa do Vitória, ao assistirem à entrega do troféu ao adversário. Algo que, há quatro anos atrás, não aconteceu com o plantel do Benfica enquanto, lá em cima, os conquistadores erguiam a primeira Taça de Portugal da história.
Os milhares de vitorianos que se deslocaram a Lisboa saíram do estádio encharcados, e também desiludidos com o resultado final, certamente... Mas com a convicção de quem faria 400 km (800 no total) novamente. Mesmo que lhes dissessem que ia chover e que iam perder o jogo. Não somos adeptos de vitórias, mas sim do Vitória. Grandes são aqueles que não precisam de títulos para arrastar multidões. E o Vitória é um dos melhores exemplos disso mesmo. O único em Portugal. O "el mito" não para de surpreender... Preparem-se, isto não fica por aqui!

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segunda-feira, 22 de maio de 2017

"Que o vosso 11 esteja à altura do nosso 12"

Terminámos o campeonato da mesma forma que o iniciámos: com uma derrota caseira (0-1). O Vitória apresentou um "onze" sem qualquer jogador habitualmente titular e viu o conjunto de Santa Maria da Feira conseguir o que só três equipas tinham feito esta época, isto é, vencer no Estádio D.Afonso Henriques. O campeonato terminou (com um merecido 4º lugar), mas a época ainda não. E é no Jamor, já no próximo domingo, que os conquistadores podem voltar a fazer História.



O técnico Pedro Martins decidiu, por motivos estratégicos de gestão, revolucionar o seu "onze" habitual pela segunda vez nesta época. Na primeira vez que isso aconteceu, na Choupana, a formação vitoriana venceu o encontro pela margem mínima, antes de uma deslocação a Chaves (a contar para a meia-final da Taça de Portugal), que acabaria por ficar 3-1 a favor dos transmontanos. Desta vez, a tal revolução não teve resultados práticos. Talvez agora o filme seja precisamente o inverso, mas para isso seria preciso vencer no Jamor.
Num jogo de equilíbrios e com poucas oportunidades, Raphinha foi um dos jogadores mais ativos, a par de Tozé. Aos 23 minutos parece ter ficado um penalty por assinalar sobre Sturgeon, porém, o árbitro Tiago Antunes nada assinalou. Duas oportunidades para cada lado no primeiro tempo. Na segunda parte, o Feirense entrou forte e esteve perto do golo com um remate de primeira de Platiny a ser desviado por Miguel Silva com a ponta dos dedos, sendo que a bola ainda embateu na barra. Também Raphinha esteve perto de inaugurar o marcador num grande lance individual. O único golo da partida acabou por ser marcado pelo conjunto forasteiro. Luis Machado desequilibrou e assistiu Tchuameni. Só teve de encostar. O Vitória ainda tentou reagir, por intermédio de Rafael Martins. Mas foi o Feirense a fechar o encontro com duas oportunidades. Miguel Silva e Rúben Ferreira impediram males maiores. O critério disciplinar do árbitro nem sempre foi o mais correto, tendo amarelado dois jogadores do Vitória na primeira parte, quando também o podia ter feito a vários jogadores da equipa adversária. Já para não falar do anti-jogo constante que os homens de Santa Maria da Feira colocaram em prática logo após o golo.
Mesmo depois da derrota (a segunda consecutiva), os vitorianos não arredaram pé e aplaudiram a equipa devido à época realizada. Época essa que ainda não terminou. Um ambiente arrepiante com o famoso "Viking-Clap", dando uma injeção de confiança para o jogo que se segue no próximo fim de semana. Com adeptos destes...tudo se torna mais fácil. E no Jamor serão cerca de 15 mil as gargantas afinadas, fiéis a uma só cor, a puxar pelos conquistadores. Dezenas de adeptos do Feirense também marcaram presença no Estádio do Rei e no fim entoavam "E boa sorte para o Jamor", originando também trocas de cachecóis. Uma demonstração de fair-play, tal como se tinha sucedido com o Tondela. O futebol agradece.
O Vitória despediu-se da Liga NOS 2016/17 com 62 pontos conquistados (igualando o recorde de pontos), fruto de 18 vitórias, 8 empates e 8 derrotas, sendo que dos 62 pontos, 33 foram conseguidos a jogar fora de portas. O segundo melhor registo forasteiro! O futebol praticado nem sempre foi o melhor, mas era o suficiente para ir vencendo. De salientar que o conjunto orientado por Pedro Martins conseguiu resistir a duas saídas de jogadores habitualmente titulares (Soares e João Pedro) durante o mercado de inverno. Algo dificil de conseguir tendo em conta o filme de épocas anteriores... Agora, as atenções estão todas focadas na Taça de Portugal. O presidente Júlio Mendes já disse que vamos conquistá-la. Porém, do dizer ao fazer ainda vai uma diferença. E estou certo que todo o plantel quer isto mais do que nunca! Tal como aquela tarja dizia..."Que o vosso 11 esteja à altura do nosso 12".

A equipa B terminou a época com uma vitória caseira por 3-2 sobre o Benfica B. Ao contrário do que é habitual nos jogos em casa, a equipa visitante adiantou-se primeiro no marcador, embora os bês tenham empatado logo a seguir por intermédio de Tiago Castro. No inicio do segundo tempo, na conversão de uma grande penalidade, o Benfica B fez o 1-2 e, minutos depois, ficou em superioridade numérica devido a expulsão de Kiko. A formação liderada por Vitor Campelos não baixou os braços e conseguiu empatar com golo de Haman. Já perto do minuto 90', penalty para o Vitória B. Tiago Castro encarregou-se de bater, mas o guarda-redes encarnado acabou por defender. Defendeu ainda mais duas recargas e acabou por não conseguir evitar a recarga de Bruno Mendes. Estava feita a reviravolta em superioridade numérica. Os bês garantiram o 11º posto com 60 pontos, a 4 do 3º classificado. 18 vitórias, 6 empates e 18 derrotas. De salientar que quase 80% dos pontos foram conquistados no castelo, a nossa fortaleza.

O conjunto liderado por Fernando Sá foi derrotado nas duas vezes que jogou no Dragão Caixa durante o passado fim de semana. No primeiro jogo, o Vitória foi derrotado por 80-69. A recuperação no 4º período não chegou para compensar o desastre dos 1º e 3º períodos. Já no segundo jogo, a diferença foi de apenas 5 pontos com o resultado final de 83-78. Os conquistadores voltaram a recuperar muitos pontos no último período de jogo, mas acabaram por ser felizes. A diferença chegou a andar pelos 22 pontos... Pura infelicidade. Seguem-se (talvez) dois jogos em Guimarães. Em caso de derrota no terceiro jogo, o Vitória diz automaticamente adeus à possibilidade de conquistar o título. Em caso de triunfo, ainda há condições para sonhar...
Nota ainda para o basquetebol feminino. A equipa do Vitória sagrou-se campeã da 1º divisão feminina de basquetebol, após ter derrotado o Guifões por 60-54.

Os juniores empataram 0-0 em Alcochete e aniquilaram praticamente todas as hipóteses de lutar pelo título de campeões nacionais. Em caso de vitória sobre o líder, os sub19 ficariam a três pontos do Sporting, com duas jornadas para disputar. Com o empate, mantém-se os 6 pontos de diferença...

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domingo, 14 de maio de 2017

Desastroso!

Ponto final na série vitoriosa. Ou ponto e vírgula, talvez. Na deslocação à Luz, a formação vitoriana foi humilhada após ter sofrido cinco golos sem conseguir dar resposta. Resposta essa que terá que ser dada no Jamor. De um lado, esteve o melhor Benfica da temporada. Do outro, o pior Vitória da época. O jogo de ontem terá que servir de lição para o duro teste que vamos ter daqui a duas semanas.




A primeira iniciativa ofensiva até pertenceu ao Vitória com um remate fraco de Hurtado, logo aos 12 segundos. Porém, foi praticamente a única do primeiro tempo. Como se costuma dizer na gíria futebolística, o Vitória levou um banho de bola. Custa dizê-lo, mas é a verdade. A equipa não conseguia sair a jogar e mostrava-se fragilizada no momento de defender. Sofremos golos de forma completamente ridícula. O primeiro nasceu de uma recuperação de bola no corredor central, com Jonas a rematar para defesa incompleta de Douglas e Cervi a empurrar na recarga. O segundo surgiu através de um pontapé de baliza que isolou Jimenez, tendo tirado partido do facto de não existir qualquer fora de jogo. Péssima leitura de jogo a um contra-ataque que surgiu após Pedro Henrique ter cabeceado por cima da baliza de Ederson, na sequência de uma bola parada. Jonas ficou isolado por duas vezes mas não conseguiu passar por Douglas. Infelizmente, era apenas uma questão de tempo até o Benfica chegar ao terceiro golo, depois de uma excelente combinação entre Pizzi e o ponta de lança brasileiro. A acabar a primeira parte, Pedro Henrique tentou sair a jogar, mas Fejsa impediu-o e foi então que, na sequência desse lance, a bola sobrou para Pizzi e este assistiu Jonas para fazer um chapéu a Douglas. Outro golo sofrido devido a uma perda de bola. Os erros aconteciam uns atrás dos outros...
Na segunda parte, mais do mesmo. Excepto no que toca a golos sofridos. O Benfica não tirava o pé do acelerador e continuava em busca de mais e mais, perante um Vitória que continuava a errar muito defensivamente. Um penalty cometido por Marega a meio do segundo tempo fez com que o Benfica aumentasse a vantagem para cinco golos de diferença. E só não sofremos mais porque Douglas foi protagonizando algumas boas defesas, tal era o caudal ofensivo do emblema da Luz... Tudo saía bem aos encarnados. Já nós não conseguíamos construir uma única jogada. Ambas as equipas costumam ser fortíssimas no contra-ataque, porém, o nosso adversário foi mortífero nesse aspeto enquanto que a intranquilidade se apoderou da nossa equipa, a cada golo sofrido. Destaque ainda para a atitude de Rui Vitória. Aquando do pedido do público para que o técnico saltasse, a 10 minutos do fim, Rui Vitória fez gestos para a bancada de que não o faria por respeito ao clube que liderou durante quatro temporadas.
Relativamente à goleada consentida, este jogo servirá de lição e, por mais que se queira, não pode e nem deve ser esquecido. A equipa irá certamente aprender com os erros, tal como aconteceu em Chaves. A época não ficou manchada por causa de um jogo. Longe disso. Garantimos o 4º lugar a três jornadas do fim e estamos na final da Taça de Portugal. Só há razões para nos sentirmos orgulhosos na nossa equipa que já nos deu imensas alegrias. Jogos diferentes, histórias diferentes. E no dia 28 a história vai ser certamente outra. Ainda que seja de realçar que o Vitória já não marca golos ao Benfica há quase quatro anos, visto que a última vez que isso foi conseguido foi precisamente...no Jamor. Apesar de nesta época, em três jogos contra os encarnados, termos perdido três vezes, com 9 golos sofridos, acredito que na final da Taça de Portugal tudo será diferente. Afinal de contas...é uma final. Destaque ainda para os 1200 adeptos que estiveram presentes na Luz. Mesmo a perder por 5-0, não se cansavam de apoiar a equipa. Digno de registo e só ao alcance dos melhores, daqueles que sentem verdadeiramente o clube.

O Vitória B perdeu por 1-0 na visita ao terreno do Porto B. Os bês ocupam agora a 12ª posição, com 57 pontos conquistados. A época vai encerrar com a receção ao Benfica B no próximo fim de semana.

No basquetebol, repetiu-se o que aconteceu nos primeiros dois jogos da eliminatória. Triunfo caseiro, triunfo forasteiro. Ontem, o Vitória acabou por ser derrotado por 81-78. Os conquistadores recuperaram de 13 pontos de desvantagem, mas acabaram por ver a formação do Galitos a adiantar-se na eliminatória. Hoje, e após igualdade a 70 no fim do tempo regulamentar, a formação liderada por Fernando Sá venceu por 79-88, num jogo em que esteve quase sempre na frente, levando, assim "a negra" para Guimarães na próxima quarta-feira à noite.
Depois da derrota caseira, seguiram-se dois jogos no pavilhão do Fonte de Bastardo. Ontem, com os parciais de 25-19, 25-22, 23-23 18-25 e 15-9, o Vitória foi derrotado por 3-2. Hoje, a derrota por 3-0 confirmou o 5º lugar.
No polo aquático, um triunfo por 16-10 sobre o CDUP valeu a subida ao 5º posto da tabela classificativa, com 19 pontos conquistados.
Os juniores venceram o Braga por 2-0 e recuperaram o 2º lugar. Neste momento, os sub-19 encontram-se a 6 pontos do líder Sporing, que será o nosso próximo adversário. Em caso de triunfo em Alcochete, o Vitória reduz a margem para 3 pontos quando ficariam a faltar dois jogos para o final. A confirmar-se, a esperança iria certamente renascer.

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terça-feira, 9 de maio de 2017

Portas abertas

Os conquistadores tinham entrado em campo já com o 4º lugar garantido, no entanto, nem isso os impediu de voltar a vencer e aumentar para sete o número de triunfos consecutivos no campeonato. Na receção ao Arouca, o maliano Marega regressou aos golos e apontou, então, aquele que foi o único golo da partida. O acesso direto à fase de grupos da Liga Europa foi assegurado e temos as portas abertas para sonhar com (novas) conquistas!


Foto de Vitória Sport Clube.

O jogo frente ao Arouca ficou marcado por ser o 150º jogo de Douglas de Rei ao peito e também pelo regresso de Tomané, André Santos e Crivellaro (muito aplaudido aquando da sua substituição) ao Estádio D.Afonso Henriques. E apesar de uma primeira parte fraca a nível exibicional, Hernâni, Texeira e Bruno Gaspar estiveram no seio da primeira ocasião de perigo logo aos 2 minutos de jogo. O Arouca respondeu de bola parada pouco depois. Decorria o minuto 26' quando Josué isolou Marega que, com uma receção meia atrapalhada, esteve perto de inaugurar o marcador. Não fosse o instinto de Sacramento... Ainda antes do intervalo - que fecharia uma primeira parte sem oportunidades flagrantes - Bruno Gaspar foi admoestado com um cartão amarelo por suposta simulação dentro da grande área. Porém, apesar de haver uma queda parcialmente forçada por parte do defesa direito de 24 anos, a verdade é que foi mesmo tocado.
O intervalo trouxe um Vitória com outra atitude. No entanto, até foi o conjunto arouquense a levar perigo à baliza de Douglas pela primeira vez no segundo tempo, por intermédio de Artur. A formação vitoriana respondeu logo a seguir quando Bruno Gaspar tentou assistir Rafael Miranda. Pouco depois foi Konan a fazer um cruzamento largo e a dificultar a tarefa de Hernâni na hora de rematar à baliza. Numa jogada de laboratório, Adilson ainda esteve perto de marcar, mas o golo surgiu na outra baliza. A do topo sul, como tem sido habitual. Aos 76 minutos, Hernâni rematou de fora da área para defesa incompleta de Rui Sacramento, a bola desviou em Raphinha (que tinha substituído Hurtado), sobrou para Marega em zona de finalização e este não tremeu na hora do remate. Estava feito o primeiro e único golo da partida perante um Arouca que não conseguiu responder ao tento apontado pelo maliano.
A tarde de domingo ficou marcada por alguns dados que merecem claro destaque! A começar pelo recorde das sete vitórias consecutivas no campeonato, algo nunca antes conseguido. De salientar também que nos últimos três jogos, o setor defensivo vimaranense não concedeu qualquer golo aos seus adversários. Com este triunfo, o Vitória - que já leva 13 jogos seguidos sempre a marcar - não só alcançou a melhor pontuação conseguida na sua história (62 pontos) e com ainda mais duas jornadas para disputar, como aumentou a diferença pontual para o seu rival em 11 pontos. Relativamente ao cenário das bancadas...começam a faltar palavras para descrever o que é verdadeiramente ser do Vitória. Estiveram cerca de 27 mil vitorianos no Estádio do Rei, algo que - a par das assistências dos últimos jogos caseiros - só prova que não precisamos de defrontar um "grande" para encher o nosso castelo. O hino "Sou Vitória" foi cortado propositadamente após as primeiras duas estrofes e os vitorianos que estavam na bancada deram bem conta do recado ao entoarem as restantes quatro que se seguiram, em uníssono, em alto e bom som!
Apesar de fechadas pela defensiva vitoriana, as portas estão abertas. As portas...dos sonhos! Com a missão IV cumprida, está na hora de começar a pensar também um pouco no Jamor, ainda que com cautelas. Segue-se uma visita ao Estádio da Luz que pode dar o título de (tetra)campeão nacional ao Benfica. A nós, só nos cabe vencer e impedir que façam novamente a festa do título contra nós. Ainda assim, é considerado admissível se não dermos seguimento à nossa senda de triunfos consecutivos, isto caso entremos na Luz sem o nosso "onze base", não dando a tática ao adversário para o confronto que surgirá quinze dias depois. De relembrar que já não marcamos golos ao Benfica desde a conquista da Taça em 2013 e, portanto, teremos duas boas oportunidades para o fazer. Ou se calhar três... Caso o clube encarnado se sagre campeão (o cenário mais provável), seja na próxima semana ou na última jornada, é certo que teremos um Vitória-Benfica na Supertaça, independentemente do que aconteça no Jamor. E, nesse sentido, é de louvar que o Vitória poderá ter a oportunidade de conquistar dois troféus num espaço relativamente curto, ao qual acresce o facto de saber que vai disputar a fase de grupos da Liga Europa na próxima época.
No entanto, há que inverter o rumo dos acontecimentos, se tivermos em perspetiva o que aconteceu em anos anteriores. Até porque é um facto que após uma época boa, segue-se sempre uma temporada má. E há razões para acreditar que tudo pode ser diferente, a começar pelo corte na política de emprestados, associando-se um investimento mais firme na contratação de jogadores para a formação do plantel. Ora vejamos... Estamos há 13 jogos consecutivos sempre a marcar e os jogadores emprestados contribuíram com golos em...12 desses 13 jogos. Só o jogo na Choupana é que escapou a essa "regra" e até com a justificação de termos apresentado uma equipa com oito ou nove mudanças no onze inicial. Dados que dizem muito relativamente à influência dos jogadores emprestados no rendimento da equipa. Emprestados esses que podem abandonar a equipa no final da época e obrigar a constantes mexidas na construção do próximo plantel, algo que não tem resultado nas últimas temporadas, como é possível constatar pelas frequentes oscilações.


No basquetebol, o Vitória recebeu e derrotou o Galitos por uma margem extraordinária de 42 pontos com o resultado final de 99-57. A disputa entre o 4º e o 5º por um lugar nas "meias" do play-off prosseguiu-se no dia seguinte e desta vez foi a formação do Galitos a vencer por 92-98, com o quarto período a ser decisivo. A eliminatória está empatada e seguem-se dois jogos no pavilhão do adversário, sendo que estamos obrigados a vencer pelo menos um para ainda podermos sonhar com a luta pelo título nacional.
A formação de voleibol recebeu o Fonte Bastardo e acabou por ser derrotado por 0-3 com os parciais de 31-33, 32-34 e 13-25. Pelos números é possível perceber que o Vitória deu muita luta nos primeiros dois set's mas acabou por não ser feliz e desmoralizou para o 3º e último set que se seguiu.
No polo aquatico, o Vitória (atual 6º classificado) deslocou-se ao pavilhão do 4º classificado e venceu por 5-7, ficando agora a um ponto do 5º posto.
Depois de três derrotas consecutivas sem marcar qualquer golo, o que acabou com o sonho do título, os juniores viajaram até ao Seixal, venceram a formação do Benfica por 1-2 e recuperaram o 3º lugar.

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