sexta-feira, 28 de abril de 2017

Um bom fim!

Na tradicional e difícil deslocação ao Estádio do Bonfim, os conquistadores não protagonizaram uma exibição perfeita, no entanto, alcançaram o mais importante: os três pontos. E de forma inteiramente justa ainda que a diferença de dois golos possa ser considerada 'exagerada'. Seja como for, um triunfo incontestável. O sexto consecutivo a cimentar o 4º lugar.



O Vitória não entrou bem e só conseguiu levar perigo à baliza de Bruno Varela ao minuto 25'. Antes disso, os sadinos foram rematando várias vezes na tentativa de inaugurar o marcador. Certo é que nenhum dos remates de Zé Manuel, João Amaral e Edinho levaram a direção da baliza de Douglas. O primeiro remate enquadrado pertenceu mesmo a Texeira. Hernâni descobriu Hurtado na ala esquerda que cruzou para a área onde estava o uruguaio, porém, este atirou à figura do guarda-redes português de 22 anos. No minuto a seguir, o V.Setúbal respondeu na mesma moeda, tendo feito o seu primeiro remate à baliza. Decorrida meia hora de jogo, Edinho ficou na cara de Douglas mas acabou por atrapalhar-se e rematar sem criar qualquer perigo. Pouco depois, Hurtado esteve perto de inaugurar o marcador com um fantástico pontapé de bicicleta. E não foi só por uma vez... Já que ao minuto 42', Bruno Gaspar foi à linha de fundo cruzar e o peruano acabou por cabecear a bola por cima da baliza. A rasar a barra. Os conquistadores iam então para o intervalo com um nulo no marcador.
Na segunda parte, a formação orientada por Pedro Martins entrou com outra atitude perante um adversário que foi diminuindo a qualidade do seu jogo. Logo a abrir o segundo tempo, Zungu fez um passe extraordinário a isolar Texeira e o uruguaio voltou a rematar à figura. Na sequência de uma bola parada, Hernâni cruzou para a área e Marega cabeceou sem perigo. Foi então à passagem do minuto 65' que o Vitória chegou ao golo. Hernâni, a passe de Marega, inaugurou o marcador. A atacar para a baliza onde estavam centenas de adeptos que fizeram 400 km a uma sexta-feira à noite tudo se tornava mais fácil. Instantes depois, Hurtado e Hernâni foram protagonistas de uma excelente combinação que só não deu em golo porque o peruano voltou a cabecear a bola sem levar a direção da baliza. A equipa da casa ia tentando levar perigo à baliza de Douglas através de lances de bolas paradas e a oportunidade mais flagrante pertenceu a Edinho, a dez minutos do fim. No Bonfim, o jogo teve mesmo um bom fim! O V.Setúbal estava à procura do golo da igualdade e num contra-ataque venenoso, já em cima do minuto 90', Marega ofereceu a bola a Raphinha - que tinha acabado de entrar - e este rematou para o 0-2 final.
Ao contrário do que foi dito na SportTv, Pedro Martins não manifestou a clara intenção de fechar o jogo logo a seguir ao golo de Hernâni, até porque a substituição que pode ter indiciado isso mesmo foi feita onze minutos depois do primeiro golo do jogo. Destaque ainda para o facto de só ter sido mostrado um cartão amarelo durante toda a partida: curiosamente ao central Pedro Henrique que ainda não tinha visto qualquer cartão nesta época. Com este triunfo - o sexto consecutivo neste campeonato - o Vitória soma agora 59 pontos, mais oito do que o rival Braga que ainda vai jogar nesta jornada. A três jornadas do fim, com nove pontos em disputa, o Vitória precisa de conquistar quatro para garantir...o quarto lugar. Ainda assim, escusado será dizer que não podemos e nem devemos ter essa mentalidade de que basta apenas um x de pontos. Nada disso! Há que jogar sempre para ganhar! Há razões para acreditar que podemos fazer História, quer no campeonato, quer na Taça de Portugal.

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES !

domingo, 23 de abril de 2017

Espada afiada!

Numa partida disputada entre rivais - e com cerca de 25 mil espectadores nas bancadas - o Vitória impôs-se ao Boavista tendo vencido por 2-0, com golos de Hurtado e Hernâni. O jogo foi de sentido único, fruto de uma exibição sólida e personalizada. O resultado até poderia ter sido outro caso os conquistadores não tirassem o pé do acelerador e não se limitassem apenas a gerir a vantagem de dois golos. Com este triunfo (o quinto consecutivo) o Vitória cimentou o 4º lugar, tendo agora 5 pontos de avanço em relação ao 5º classificado, o Braga.


Foto de Vitória Sport Clube.

O jogo até começou bem para os homens do Berço! Zungu isolou Marega que não deu o melhor seguimento à bola. Minutos depois, Hernâni fez um remate colocado, porém, a bola embateu em Texeira que ainda podia ter marcado nesse mesmo lance. Após uma oferta do setor defensivo boavisteiro, Texeira voltou a ter nos pés a oportunidade de inaugurar o marcador, não fosse Vagner a evitar que tal acontecesse. Na sequência de uma bola parada, Hernâni cruzou, Texeira penteou e Josué atirou por cima. A formação vitoriana ia dando amostras de que o golo estava perto. Pronúncio de que seria apenas uma questão de tempo visto que foi à passagem do minuto 28' que, num lance semelhante ao do falhanço do Josué, Hurtado - quem mais? - estava na hora e no sítio certo para fazer o primeiro golo da partida. O suspeito do costume em jogos contra os axadrezados. De realçar que a formação do castelo já não marcava golos na baliza junto à bancada norte, em jogos a contar para o campeonato, desde o último jogo caseiro de 2016, frente ao homónimo de Setúbal, curiosamente o nosso próximo adversário. Até ao final da primeira parte o Vitória não dispôs de nenhuma oportunidade sendo que até foi o Boavista a estar perto do empate num lance mal abordado defensivamente.
Os conquistadores entraram para a segunda parte a todo o gás! Hernâni fez uma trivela com a aparente intenção de cruzar para a área, no entanto, a bola sofreu um ligeiro desvio e só parou no fundo das redes! Estava feito o 2-0 com apenas 3 minutos jogados após o intervalo. A formação orientada por Pedro Martins tirou o pé do acelerador e limitou-se a gerir o resultado. Ainda assim, o terceiro golo só não surgiu devido a uma ineficácia tremenda de Marega. Primeiro num cabeceamento após um cruzamento teleguiado de Hernâni, depois, a passe de Bruno Gaspar, o remate de primeira do maliano passou a rasar o poste. Desta vez, com o fim de evitar mexidas "madrugadoras" que pudessem desorganizar a equipa, o nosso treinador deixou as três substituições para os últimos dez minutos de jogo. O Boavista, à imagem do que aconteceu na primeira parte, foi a última equipa a levar perigo à baliza através das suas referências ofensivas e foi precisamente enquanto se fazia a cachecolada nas bancadas que Bulos esteve perto de reduzir. O Vitória voltou - finalmente - a terminar um jogo com um triunfo sem golos sofridos e desta vez não houve espaço para o sofrimento que se infiltrou nos vitorianos nos último jogos.
Um dos momentos do jogo foi a salva de palmas protagonizadas pelos 25 mil espectadores em memória de Diogo Gomes enquanto decorria o minuto 31', precisamente o número da camisola que usava sempre que entrava em campo para dar o seu melhor. O ambiente nas bancadas foi fenomenal, do primeiro ao último minuto. Desde as tifos exibidas no topo sul, bem como da entrada das equipas ao som de "Sou Vitória", até à cachecolada e ao viking-lap no final da partida. Três jogos frente ao Boavista nesta época, três vitórias, com Hurtado a marcar sempre. Era importante que o Vitória não relaxasse na entrada para o jogo com o Boavista por saber que, acontecesse o que acontecesse, ia acabar a jornada em 4º lugar, devido à escorregadela do nosso rival na Mata Real. E assim foi...o foco foi sempre só um e os três pontos foram conquistados com alguma tranquilidade, sendo que a presença na Liga Europa na próxima época já está garantida.
Segue-se uma deslocação a Setúbal, na próxima sexta-feira. Com 5 pontos de avanço em relação ao 5º classificado e a apenas 4 jornadas do fim, o Vitória reúne todas as possibilidades de terminar numa posição digna de registo que dá o acesso direto à fase de grupos da Liga Europa.

A equipa B deslocou-se a Alcochete e foi derrotada por 3-0. Um resultado construído nos primeiros 25 minutos da partida. A formação de Vitor Campelos podia ter empatado logo a seguir ao primeiro golo marcado pelos leões, mas como quem não marca sofre...a verdade é que os conquistadores acabaram mesmo por sofrer dois golos de rajada. O Vitória B encontra-se no 9º lugar com 54 pontos conquistados.

Nas modalidades, a formação de basquetebol foi jogar ao pavilhão da Luz, tendo perdido por apenas 4 pontos de diferença (novamente) com o resultado final 80-76. Num jogo de muitos equilíbrios, os triplos acabaram por fazer a diferença bem como o 3º período da partida.
A equipa de voleibol deslocou-se ao pavilhão do Esmoriz e foi derrotada por 3-2 com os parciais de 25-21, 20-25, 25-18, 19-25, 15-12. À semelhança dos duelos frente ao Caldas, o Vitória entrou a perder mas terá agora dois jogos consecutivos em casa para poder responder...
No polo aquático, o Vitória emptatou 7-7 com o FOCA.

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sábado, 15 de abril de 2017

Triunfo da eficácia

Dez dias depois da derrota por 3-1, o Vitória voltou ao reduto do GD Chaves e desta vez venceu por 2-3. A eficácia foi a palavra-chave! A formação orientada por Pedro Martins criou poucas oportunidades de golo mas soube aproveitá-las perante um Chaves ineficaz, tanto que ao intervalo já vencia por uma margem de três golos. Porém, à semelhança das últimas partidas, acabámos o jogo a sofrer de forma completamente desnecessária. O coração de um vitoriano não aguenta?

Foto de Alma Vitoriana.

Tal como tinha acontecido no jogo da Taça, os transmontanos foram os primeiros a ameaçar o golo. Ainda nem íamos com 40 segundos de jogo e Rafael Lopes já tinha ameaçado a baliza de Douglas. À passagem do minuto 12', Hurtado assistiu Texeira para o primeiro golo da partida, num lance de extrema infelicidade para Nelson Lenho e Nuno Coelho. Dois minutos depois, Marega cruzou para a esquerda do ataque vimaranense e Hernâni - livre de marcação - teve a perícia suficiente para ampliar a vantagem, sendo que antes da bola entrar ainda embateu na barra... Os flavienses nem queriam acreditar! Bressan e Ponck tiveram a oportunidade de marcar mas foi o Vitória a chegar ao terceiro. Decorria o minuto 36' quando Hernâni ganhou na direita, cruzou para Marega e o maliano assistiu Hurtado para o 0-3. Um lance muito bem trabalhado e, acima de tudo, sem egoísmos. Ao 4º remate, o 3º golo, o que basicamente dava ênfase à célebre expressão "cada tiro, cada melro". Os conquistadores iam então para o intervalo a vencer por três golos de diferença, frutos de uma tremenda eficácia vimaranense nunca antes vista.
Os primeiros minutos da segunda parte foram marcados por alguma monotonia. Só ao minuto 64' é que Davidson ameaçou o golo e, pouco depois, foi a vez do guardião brasileiro evitar o golo de Rafael Lopes com uma palmada. Tudo isto numa altura em que Hurtado tinha acabado de dar o lugar a João Aurélio e Texeira tinha sido substituído por Raphinha. Ao minuto 75', a passe de Tiba, Rafael Lopes conseguiu finalmente chegar ao golo. No entanto, o golo surgiu de um fora de jogo evidente, à semelhança do que tinha acontecido no 2º golo do jogo da Taça. A bola foi ao meio campo, os conquistadores vacilaram perante a pressão transmontana e no minuto a seguir Davidson cruzou para a área e Willian reduziu para 2-3. Jogo relançado. O Vitória desorganizou-se e foi encostado às cordas. O conjunto orientado por Ricardo Soares tentava chegar ao golo de todas as maneiras e feitios. De todo o lado. Douglas revelou-se novamente decisivo ao opor-se de forma eficaz a remates de Davidson e Rafael Lopes já nos descontos. Nem os 6 (!)  minutos de compensação dados por Soares Dias - bem como aquele amarelo mostrado a Douglas aos 20 minutos sem qualquer aviso prévio - foram suficientes para evitar que a formação vitoriana somasse mais três pontos importantíssimos. Mas de realçar que voltámos a terminar um jogo de forma muito sofrida e, diga-se de passagem, de forma notoriamente desnecessária.
O Vitória não protagonizou uma boa exibição, ainda que tenha revelado uma eficácia exorbitante num jogo em que cerca de 1500 vitorianos decidiram marcar presença em Trás-os-Montes para apoiar a sua equipa. Quatro remates no primeiro tempo e apenas um no segundo, numa partida sem pontapés de canto para os conquistadores. A última equipa a marcar em Chaves. em jogos a contar para o campeonato, tinha sido o Moreirense, há 4 meses atrás. Hoje, o Vitória não só marcou (três), como ganhou, onde só ainda uma equipa o tinha feito. Quarto triunfo consecutivo no campeonato e 53 pontos ao fim de 29 jornadas. Há razões para acreditar que podemos mesmo ficar em 4º lugar e, quem sabe, voltarmos a ser felizes no Jamor. Seja como for, há que melhorar os níveis exibicionais!

Enquanto a equipa principal jogava em Chaves, a equipa B encontrava-se em Barcelos a defrontar o Gil Vicente e os juniores em Coimbra a jogar frente à Académica. Quer a equipa B, quer os sub-19...perderam por 2-0. A equipa B caiu para o 11º lugar, já os juniores continuam a ocupar o 2º posto mas agora a 5 (!) pontos da liderança, isto tudo quando há duas jornadas eram líderes isolados...

A formação de basquetebol foi surpreendida em casa pelo Galitos, tendo sido derrotada por 69-81. Com este resultado, o Vitória não aproveitou o deslize do líder e continua no 3º posto a 2 pontos do 1º classificado.

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES !!!

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Desfechos de evitar

Perante 20 064 espectadores, o Vitória venceu o Tondela por 2-1 e regressou ao 4º lugar. No entanto, à semelhança daquilo que tem acontecido nos últimos jogos, a formação vitoriana voltou a acabar o jogo em sofrimento, de forma completamente desnecessária. E ser do Vitória também é isto: saber sofrer!

Foto de Vitória Sport Clube.

A equipa liderada por Pedro Martins entrou a todo gás e aos 2 minutos dispôs de uma excelente oportunidade para inaugurar o marcador! Bruno Gaspar apareceu solto na direita do ataque vimaranense e acabou por enviar a bola ao poste, naquele que poderia ter sido o seu primeiro golo de Rei ao Peito. Já há muito tempo que o merece, em boa verdade... Os conquistadores não tiraram o pé do acelerador e foram tentando chegar ao golo de todas as formas e feitios. Num espaço de três minutos, três oportunidades. À passagem do minuto 12', Marega cruzou para a área e Hernâni atirou por cima. Um minuto depois foi a vez de o próprio Marega, a cruzamento de Hurtado, cabecear à figura de Janota. Segundos depois, Prince pontapeou a bola, Hernâni ofereceu-a a Texeira e o uruguaio acabou por ser feliz na finalização, inaugurando o marcador com a ajuda de um ressalto. Já leva três jogos consecutivos a marcar, os três a contar para o campeonato. Depois de três belas oportunidades de golo, marcámos na menos flagrante. É o futebol... O Tondela tentava chegar à área de Douglas, mas não levava qualquer perigo e não apresentava critério no último passe, sendo que a principal arma passou mesmo pela conquista de oito (!) pontapés de canto no primeiro tempo. Em sentido inverso, a formação vitoriana ia dominando o jogo e não se cansava de criar oportunidades de golo. Hurtado fez um passe magistral para Marega que, só com o guarda-redes pela frente, não conseguiu ampliar a vantagem para dois golos de diferença, num lance em que Hernâni estava completamente sozinho do lado esquerdo e com a baliza escancarada. Pouco depois, Marega foi carregado na área e Texeira tentou bisar de longe visto que o guarda-redes estava fora dos postes, no entanto o central do Tondela afastou o perigo quase em cima da linha de golo. E foi precisamente no último lance da primeira parte que o Vitória chegou ao 2-0. Konan trocou as voltas ao seu adversário direto, cruzou para a área onde estava Hernâni e o extremo emprestado pelo FC Porto - com muita calma - assistiu Hurtado que cabeceou para o segundo golo da partida. O Vitória ia então para o intervalo a vencer por 2-0, após uma primeira parte brilhante em que até podia ter marcado 5 ou 6...
Aquilo que parecia um passeio quase que virava pesadelo depois do intervalo.Na segunda parte, ritmo quebrado. Os conquistadores ainda foram em busca do terceiro golo mas o desgaste físico do jogo de Chaves foi adquirindo - aos poucos - algum destaque para a pálida exibição dos vitorianos no segundo tempo. Os jogadores emprestados pelos azuis e brancos foram os obreiros das poucas oportunidades. Oportunidades essas desperdiçadas com falhanços inacreditáveis. Nota ainda para o golo (bem) anulado a Hernâni, após passe de...Marega, numa altura em que decorria o minuto 60'. O Tondela foi ameaçando e até esteve perto de marcar por duas vezes num espaço de 8 minutos por intermédio de Murilo e...Murillo. Os auri-verdes chegaram mesmo a equilibrar alguns dados estatísticos, em proveito do desgaste físico dos vimaranenses e da velocidade imposta no jogo resultante das substituições efectuadas por Pepa. Nesse sentido, Pedro Martins procedeu a uma dupla substituição com Raphinha e Tozé a entrarem para os lugares de Hernâni e Hurtado respetivamente. De frisar o momento da substituição do extremo de 25 anos: deixou tudo em campo mas nunca foi feliz na finalização. Os vitorianos perceberam que o jogador não estava nos seus dias e o mesmo saiu debaixo de um tremendo aplauso. O reconhecimento do esforço passa por aí.. Ora, à passagem do minuto 82', Prince deixou escapar Murillo e o avançado do Tondela, entalado pelo francês e por Douglas, acabou por cair na área. Perante este lance, o árbitro Hugo Miguel demorou 3 segundos a apontar para a marca de grande penalidade. Douglas viu o cartão amarelo num lance em que, a haver falta, seria do central francês, a meu ver. Desta vez, o guardião brasileiro não adivinhou o lado e o Tondela reduziu mesmo para 2-1. Frente ao último classificado, galvanizado pelo golo alcançado a poucos minutos do fim, Pedro Martins decidiu assumir uma postura mais defensiva retirando Marega - outro jogador que não esteve nos seus dias mas que deixou tudo em campo - para dar lugar a Celis. Os vitorianos, mesmo com os filmes do sofrimento final dos últimos jogos bem presentes na memória, empurravam a equipa para a frente de forma a impedir que os jogadores voltassem a adormecer. E assim foi... Repetiu-se o resultado da 1ª volta, 2-1 para a equipa da casa. Triunfo pela margem mínima com duas partes distinas: a primeira ótima e a segunda péssima.
O Vitória leva agora 50 pontos conquistados (23 em casa e 27 fora) ocupando a 4ª posição do campeonato, em igualdade pontual com o rival minhoto. A luta por um lugar que dá acesso direto à fase de grupos da Liga Europa começa a ferver! Com o triunfo de ontem, o Vitória conseguiu algo que já não acontecia há muito tempo: duas vitórias consecutivas no nosso castelo, a contar para o campeonato. Aquela expressão do presidente do nosso rival ("...o que se passa noutros campos...") começa a fazer sentido. Realmente o que se passa em certos campos é diferente do que se passa noutros. Ora. vejamos... Uns contam com o apoio de 20 mil espectadores mesmo em jogos contra o último classificado. Já outros só chegam a números semelhantes quando um clube "grande" vai jogar a esse campo. E é isso que vai incomodando as pessoas... Já para não falar do facto de o Vitória finalmente ter um plantel à sua disposição com grande potencial para fazer...história! Os adeptos já a fizeram fora das bancadas, só falta a equipa. Faltam 7 jogos para a época terminar. 6 finais para o campeonato com o objetivo de garantir o 4º lugar e a final do Jamor com o sonho de trazer o caneco pela 2ª vez em sete finais! Segue-se mais um jogo em Chaves, desta vez a contar para o campeonato. Cada jogo com a sua história. A derrota de há uns dias atrás não pode ser esquecida. Bem, pelo contrário. Há que corrigir o que esteve mal e melhorar o que diz-se ter estado "bem" nesse jogo. Para o próximo sábado, precisamos do Vitória da 1ª parte do jogo de ontem, o do 2º tempo...dispensamos.

O Vitória B recebeu e venceu o Vizela por 2-0. Xande Silva inaugurou o marcador aos 60 minutos e em cima dos descontos - já em inferioridade numérica - João Correia sentenciou a partida com o 2-0 final. Triunfo importantíssimo que coloca a formação orientada por Vitor Campelos nos 7º lugar com 51 pontos, à frente das restantes equipas 'B'.

Nas modalidades, o voleibol deslocou-se ao pavilhão do Caldas para vencer a equipa local por 0-3 com os parciais de 21-25, 19-25 e 20-25, vencendo 3-1 na eliminatória. Os conquistadores começaram com uma derrota, venceram os dois jogos que se seguiram em Guimarães e carimbaram a passagem à fase seguinte no pavilhão onde tinham perdido há duas semanas atrás. No polo aquático, a formação vitoriana empatou 11-11 frente ao CDUP, mantendo-se ainda no 6º lugar.

Já no futebol de formação, os juniores perderam a liderança para o Sporting após terem sido derrotados pelo FC Porto por 2-0.

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quarta-feira, 5 de abril de 2017

Estamos no Jamor!

Quatro anos depois estamos de volta ao Jamor! A contar para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, o Vitória deslocou-se a Chaves com o apoio de cerca de 3000 vitorianos num jogo que terminou com o resultado final de 3-1. Porém, pelo facto de termos marcado um golo fora de portas após o 2-0 caseiro, somos nós a seguir em frente! Caímos no inferno mas rapidamente chegámos ao céu e a verdade é que não havia necessidade para tanto sofrimento. Um jogo de loucos. Intenso e impróprio para cardíacos. Posto isto, o mais importante foi conseguido: JAMOR!



A formação vitoriana - com o seu "onze" base - entrou mal na partida e aos 46 segundos já se encontrava a perder por 1-0 após um golaço de Pedrigão. Apesar da má entrada, os conquistadores tentaram reagir. Hernâni tentou fazer o chapéu a António Felipe e, pouco depois, Hurtado cabeceou por cima da trave. À passagem do minuto 32', e na sequência de um livre, Bressan bateu a bola que só parou no fundo das redes de Douglas. No entanto, nesse lance, três jogadores do conjunto da casa estavam em posição irregular e dois desses três jogadores interferiram na visão e decisão do guarda-redes do Vitória. Eliminatória empatada com um golo ilegal. Minuto depois, Rafael Lopes introduziu a bola dentro da baliza mas o árbitro assistente desta vez revelou alguma competência ao ter assinalado um fora de jogo claríssimo ao ponta de lança de 25 anos. O Vitória voltou a responder. Primeiro, por Marega, que não deu o melhor seguimento à bola após um desvio intencional de Rafael Miranda. E perto do intervalo, num lance confuso, o guardião flaviense deixou escapar a bola, Rafael Martins ofereceu a bola a Hurtado e este não conseguiu reduzir a desvantagem no marcador, mesmo sem o guarda-redes entre os postes. Mais uma oportunidade desperdiçada! Daquelas de levar as mãos à cabeça com um desespero total. A formação orientada por Pedro Martins ia então para o intervalo a perder por 2-0, precisamente o resultado final da 1ª mão favorável ao Vitória.
Na segunda parte, um pouco mais do mesmo. A formação vitoriana ia pressionando, atacando, rematando e até mesmo com a iniciativa de jogo...revelava falta de eficácia na hora do remate. Na sequência de uma bola parada a nosso favor, eis mais um excelente contra-ataque flaviense conduzido por Fábio Martins que acabou por ganhar uma falta numa zona perigosa, a valer o primeiro cartão amarelo do jogo, mostrado a Hernâni. E foi precisamente desse lance que nasceu o 3-0 por intermédio do central Nuno André Coelho. Estava feita a cambalhota na eliminatória. Nós, mais uma vez, tentámos reagir e fomos em busca do golo. Bastaram três minutos. Livre batido para a área, Marega cabeceou ao poste e na recarga...o próprio Marega encarregou-se de cabecear para o fundo das redes! Um golo imensamente festejado pelos milhares de vitorianos que se deslocaram a Trás-os-Montes que viam a sua equipa novamente na frente da eliminatória! Seguiram-se três oportunidades para os vimaranenses que tiveram o mesmo protagonista, Hernâni. Quase que surpreendeu António Felipe na conversão de um livre direto, esteve perto de reduzir com um remate de fora da área e foi também o autor de um falhanço inacreditável após ter ficado isolado devido a uma escorregadela de Batatinha. Tudo isto num espaço de 15 minutos. Oportunidades que podiam ter sentenciado a eliminatória. Quem não marca, arrisca-se a sofrer. E nós que o digamos... Já em cima do minuto 90', Rafael Miranda cometeu grande penalidade. Ironia das ironias, Braga, o jogador de 33 anos, encarregou-se de bater a grande penalidade mas Douglas opôs-se de forma brilhante, tendo branqueado de imediato a sua infelicidade em pelo menos um dos três golos da formação orientada por Ricardo Soares. Festejou-se a defesa como de um golo se tratasse enquanto o jogo se aproximava do fim... Dos três minutos de compensação, o árbitro Fábio Veríssimo decidiu prolongar até cinco, mas nem isso fez com que os conquistadores tremessem.
Depois de um 2-0 em Guimarães, uma derrota de 3-1 em Chaves. 3-3 no agregado. Golos marcados pelos emprestados Hernâni e Marega e com uma meia-final a ter um herói com o nome de...Douglas! Precisamente o guarda-redes que foi protagonista durante todo o nosso percurso até ao Jamor em 2013, tendo defendido várias grandes penalidades... A formação liderada por Pedro Martins não apresentou o seu ritmo habitual, nem os níveis exibicionais esperados, apesar de ter tido mais oportunidades de golo do que o adversário. Um Chaves coeso e organizado chegou mesmo a surpreender a equipa vitoriana e, tal como Luís Freitas Lobo referiu, foi uma pena não terem passado as duas equipas à final! Naquele que terá sido certamente um dos melhores jogos desta época. Tem sido habitual ver Pedro Martins a levar as suas equipas longe nas taças nacionais, porém, o treinador de 46 anos, nunca teve a felicidade de chegar a uma final tendo caído quase sempre nas meias-finais das respetivas competições. Desta vez, foi diferente. Pedro Martins volta ao Jamor...mas agora como treinador!
Uma palavra de apreço à equipa do Chaves que também merecia marcar presença na final da Prova Rainha, especialmente devido ao seu percurso até às meias-finais tendo eliminado dois dos três "grandes" do futebol português. Um clube que, à semelhança do Vitória, tem também uma excelente massa associativa, dando asas à ideia de que o Chaves é uma espécie de Vitória, mas ainda em ponto pequeno. Ainda... Começam a faltar adjetivos para descrever os vitorianos. Têm sido várias as invasões protagonizadas pelos vimaranenses no decorrer da presente época. Ontem, foi mais uma. A uma terça-feira à noite, cerca de 3000 vitorianos preencheram os dois topos do estádio da equipa transmontana. Com algumas parecenças com a meia-final em Coimbra no ano de 2011, ainda que desta vez com menos adeptos devido à menor disponibilização de bilhetes.
Restam 8 jogos até ao final da época, 7 para o campeonato e a final no Jamor no dia 28 de maio que irá encerrar oficialmente a época desportiva em Portugal. Final essa que será disputada, ou frente a Benfica, ou frente a Estoril. Mas seja qual for o adversário, o objetivo é só um: chegar lá e trazer o caneco. Os vitorianos merecem. Mais do que nunca. Se lá estamos, a muito o devemos à nossa massa associativa. No entanto, não são os adeptos que ganham jogos. Se assim fosse, eram goleadas atrás de goleadas. Conquistadores, lutem pelo 4º lugar até à exaustão e façam história no Jamor! Temos qualidade para o fazer. Para isso, e muito mais...

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sábado, 1 de abril de 2017

Boas alternativas

Num jogo em que Pedro Martins arriscou ao fazer uma autêntica revolução no "onze" inicial, os conquistadores acabaram por protagonizar uma exibição segura, apesar de terem sido assustados pela equipa do Nacional na reta final da partida. Repetiu-se o filme do jogo em Santa Iria, no qual a formação vitoriana até chegou a estar a ganhar 2-0, permitiu que o adversário reduzisse em tempo de descontos e ainda viu a equipa de arbitragem a anular (bem!) um golo à formação da casa no último lance do jogo.


Nacional-V. Guimarães, 1-2 (resultado final)

O treinador do Vitória surpreendeu tudo e todos ao fazer nove (!) mexidas em relação ao último jogo. Apenas Pedro Henrique e Zungu escaparam a essa revolução. Uma das razões para tal ter acontecido, poderá ter sido o facto de disputarmos, na próxima terça-feira, um dos jogos mais importantes da época. Em Chaves. Tudo isto numa tentativa de, talvez, gerir o desgaste físico dos habituais titulares. Mesmo que o resultado tivesse sido outro, não deixa de ser um facto notório que Pedro Martins exagerou nas poupanças, que por acaso até deram resultado. Mas ainda há outra interpretação a fazer em relação a esta situação que até pode ter sido uma espécie de "dois em um"... Provavelmente, o nosso míster também quis surpreender a equipa do Nacional devido ao facto de a formação da Choupana ter mudado de treinador alguns dias antes do jogo de ontem. Quando uma equipa muda de treinador no decorrer da época tem a vantagem de, no primeiro jogo, poder apostar no erro do adversário, sem que o seu oponente também o possa fazer. Novo treinador, novas ideias. E foi assim que Pedro Martins também surpreendeu o agora técnico dos insulares, João de Deus... Embora o processo tático pudesse ser semelhante, a verdade é que as peças do puzzle eram diferentes. E quando assim é, jogar no erro do adversário torna-se uma opção a excluir. Nesse sentido, João de Deus foi claramente surpreendido. Repare-se que o Estoril de Pedro Emanuel conseguiu pontuar em Guimarães ao marcar três golos e não há dúvidas de que o conjunto da Amoreira  teve essa vantagem de assimilar as ideias do novo técnico, juntamente com a possibilidade de jogar no nosso erro. Posto isto, pretendo salientar que Pedro Martins pode ter tido mais do que uma razão para ter feito tantas poupanças, tanto que houve uma interrupção recente no campeonato e maior parte dos nossos jogadores não jogou pelas suas seleções! Logo, tiveram mais tempo para descansar...
Relativamente ao jogo, o Vitória entrou bem e até esteve perto de marcar aos 4 minutos com um cabeceamento de Zungu após cruzamento de Sacko. Sturgeon também teve a sua oportunidade de brilhar após um remate de primeira que Adriano defendeu para canto. E foi precisamente na sequência dessa bola parada aos 25 minutos que Pedro Henrique ganhou nas alturas e assistiu Rafael Miranda para, de primeira, inaugurar o marcador. O Nacional só conseguiu levar perigo à baliza de Douglas à passagem do minuto 35' e, curiosamente, também na sequência de canto. Um lance muito bem ensaiado que assustou o nosso guardião de 34 anos! Texeira, após cruzamento de Raphinha, esteve perto de ampliar a vantagem, não fosse Adriano Facchini a opor-se de forma brilhante.
Na segunda parte, a formação vitoriana entrou com vontade de fazer mais golos. No inicio do segundo tempo, dispusemos de três oportunidades sendo que a mais flagrante pertenceu a Raphinha após um remate de fora da área. O 0-2 parecia estar mais perto do que o 1-1... No entanto, os conquistadores perderam algum ritmo e foram permitindo que os insulares chegassem mais vezes à nossa área, ainda que sem perigo. Vários remates de fora da área... Marega, que tinha substituído Sturgeon no início da segunda parte, ainda colocou a bola dentro da baliza, contudo o árbitro auxiliar já tinha assinalado fora de jogo. Celis e Hernâni entraram para substituir João Aurélio e Raphinha, respetivamete. Decorria o minuto 85' quando Marega ganhou uma bola no meio campo, isolou Hernâni que não conseguiu dominar a bola, Texeira aproveitou e desta vez conseguiu mesmo ampliar a vantagem para dois golos de diferença com um remate de fora da área colocado no cantinho da baliza. O Nacional reagiu e ainda reduziu para 1-2 por intermédio de Zizo, após uma desatenção defensiva e num lance mal abordado por Douglas. O conjunto liderado por João de Deus acreditava que podia chegar à igualdade e o avançado da equipa madeirense até chegou mesmo a introduzir a bola dentro da baliza de Douglas, já para lá do tempo de descontos. Porém, o árbitro Rui Costa foi perentório na sua decisão, tendo descodificado uma falta do avançado por empurrão nas costas de Sacko, ainda antes de a bola entrar. Os ângulos das repetições do lance não são os melhores, mas o empurrão nas costas do lateral do Vitória não deixa margem para dúvidas. Se foi ou não decisivo para ganhar posição e cabecear para o empate, já é outra questão. Aparentemente, foi uma decisão acertada. No entanto, é inadmissível que uma equipa como o Vitória adormeça de tal forma ao ponto de quase estragar um jogo por causa de três minutos de completa desatenção. Uma situação a rever, visto que já não é a primeira vez que isto acontece. Santa Iria e Tondela são apenas mero exemplos.
Apesar de tudo isto, Pedro Martins deu a clara ideia de que tem confiança em todos os seus jogadores e até mesmo na equipa B, sendo que os habituais suplentes ou reservas podem ser chamados à titularidade a qualquer momento. E isso é uma boa forma de manter o plantel motivado! Há que saber ter o tal sentido oportuno... Os jogadores que ontem foram a jogo estiveram, no geral, bem. Ainda que tenham revelado alguma falta de entrosamento e de ritmo. O mais importante foi cumprido: três pontos importantíssimos num terreno repleto de dificuldades sempre que o Vitória lá se desloca. Uma palavra de apreço aos cerca de 200 vitorianos que marcaram presença na Choupana, a uma sexta-feira. Viajar até à Madeira para marcar presença num jogo a um dia da semana implica abdicar de imensas coisas... E esta é a sorte que o Vitória tem. Ter adeptos assim: apaixonados por um único emblema. Únicos! O Vitória ocupa agora o 4º lugar à condição, com 47 pontos conquistados! E é certo que nesta jornada vamos ganhar pontos a um dos nossos adversários diretos, ou ao Braga ou ao Marítimo. Ou até mesmo, quem sabe, a ambos! Na 3ªfeira teremos um dos jogos mais importantes da época, em Chaves, onde quase nenhuma equipa consegue marcar golos...muito menos ganhar! E só um Vitória na máxima força conseguirá apurar-se para o Jamor!

Os juniores venceram esta tarde o Rio Ave por 4-2 e ocupam agora o 1º lugar, com 14 pontos conquistados! Há razões para acreditar que os nossos juniores vão lutar pelo título até à última gota de suor!

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, SOU DO VITÓRIA ATÉ MORRER!