sábado, 25 de agosto de 2018

Categórico!

Fez-se história! 22 anos depois, o Vitória voltou a vencer no Estádio do Dragão. Num jogo extremamente polémico, as tropas de Luís Castro souberam reerguer a muralha aparentemente destruída ao intervalo - momento em que perdiam por 2-0 - e protagonizaram uma reviravolta épica com três golos em menos de meia hora. Triunfo soberbo de uma equipa que lutou contra todas as adversidades...mesmo aquelas que não eram da sua competência.
Liga NOS: FC Porto x Vitória SC
Foto: Zero Zero
Após a (evitável) derrota caseira diante do Feirense, o Vitória apresentou-se no Dragão com duas linhas de quatro homens, sendo Joseph a grande novidade no "onze" vimaranense.
Numa tentativa de aprender com os erros crassos do jogo da Luz, os conquistadores aparentavam ter uma estratégia defensiva mais estável. E assim foi durante 37 minutos, altura em que Brahimi apareceu no corredor central e inaugurou o marcador de fora da área.Note-se que o Vitória encontrava-se com menos uma unidade em campo devido à lesão de Joseph, num momento em que Tozé já estava pronto para o substituir.
O Vitória, como se esperava, procurou reagir junto da baliza adversária. De tal maneira que João Teixeira foi derrubado dentro da grande área. O árbitro, esse, mandou seguir.
E eis que, à beira do intervalo, surge o segundo golo da equipa da casa. Na sequência de uma bola parada, André Pereira deu sequência ao belo cruzamento de Alex Telles e ampliou a vantagem. A irregularidade do golo era claríssima e esperava-se que o VAR interviesse. Nem uma, nem duas. Siga!
Ainda antes do apito para o final da primeira parte, num lance confuso, André André esteve muito perto de reduzir.
Entretanto, a Liga saiu em defesa do video-árbitro alegando problemas técnicos entre o minuto 15' e 45', sendo que, com isso, o Vitória saiu prejudicado em dois lances que transformaram um possível 1-1 em 2-0.
Era difícil moralizar uma equipa que parecia ter meio caminho andado para somar a quarta derrota em quatro jogos. Ainda para mais nas circunstâncias do jogo que estava a decorrer. Só um Vitória à imagem da segunda parte do jogo da Luz é que poderia ter uma palavra a dizer! E assim foi...
As substituições de Luís Castro resultaram em pleno. Ola John conquistou a grande penalidade que viria a ser convertida por André André. Pouco tempo depois, numa grande jogada coletiva, Florent cruzou para a área onde apareceu Tozé para empatar a partida aos 76 minutos.
O técnico do Vitória podia ter aproveitado a ocasião para fechar o meio campo e defender aquele ponto importantíssimo, mas não... Arriscou tudo e lançou Davidson, numa perspetiva de ir em busca de algo mais. Podia ter corrido mal, é certo, mas correu bem. Em cima do minuto 90', na sequência de um lançamento, Welthon conseguiu assistir o extremo brasileiro para carimbar a tão ansiada reviravolta.
A formação vitoriana estava prestes a conseguir um resultado histórico, sendo que, para tal, tinha de fechar a sua baliza a sete chaves. Em sete minutos, o Porto dispôs de três grandes ocasiões para empatar a partida mas houve um nome a imperar naquele curto espaço de tempo: Douglas. Três defesas espantosas do guardião vimaranense que garantiram a conquista dos primeiros três pontos da época.
Certamente que ainda há quem se lembre de uma reviravolta semelhante em Alvalade há oito anos atrás! O Vitória perdia por 2-0 ao intervalo - com a curiosidade de o segundo golo, também ele, ser irregular - e deu a reviravolta com três golos nos últimos 15 minutos. Pois bem, este jogo assumiu contornos semelhantes e entrou, igualmente, para a história.
Parece estar dado o mote para uma época à altura do Vitória. Não há nada mais moralizador do que vencer (desta forma) no Dragão, a casa onde mora o atual detentor do título nacional. Segue-se um outro jogo frente ao Tondela, do qual se espera outro desfecho, contrário ao do primeiro jogo oficial da temporada.

A equipa de sub-23 somou os primeiros pontos na Liga Revelação. Na deslocação ao reduto do Desportivo das Aves, um golo de Bence Biró bastou para carimbar os primeiros três pontos da época.
Também os juniores obtiveram os primeiros três pontos da temporada ao vencer o Rio Ave por 2-1 com bis de Theo Fonseca.
Foi, definitivamente, um sábado 'à Vitória'.

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Balde de água gelada

Numa partida sem muito para contar, a sorte acabou por cair para a equipa de Santa Maria da Feira ao derrotar o Vitória com um golo apontado aos 88 minutos por...Sturgeon.
Liga NOS: Vitória SC x Feirense
Foto: Zero Zero
Luís Castro promoveu várias alterações - cinco para ser mais exato - em relação ao "onze" que apresentou na Luz, desde a defesa ao ataque.
A primeira parte foi marcada por alguma monotonia sem oportunidades de golo flagrantes. Ainda que os 18 mil vitorianos presentes no estádio do Rei fossem tentando empurrar a sua equipa, na medida do possível, para a glória.
O segundo tempo trouxe consigo uma história diferente. O Vitória entrou a todo o gás e num curto espaço de tempo dispôs de três remates à baliza por intermédio de André André, Dodô e o recém-entrado Tallo. À semelhança do ponta de lança, também João Teixeira e Ola John foram a jogo.
O Vitória arriscou ofensivamente e expôs-se ao contra-golpe dos fogaceiros. De tal maneira que Machado foi o primeiro a pôr Douglas à prova. À segunda...foi mesmo de vez. Numa transição rápida, Sturgeon recebeu uma bola inesperada de Babanco e bateu Douglas. Um jogador que já não fazia o gosto ao pé há quase dois anos e que mesmo assim não festejou, pedindo desculpa ao público.
Estava dada a machadada final. Um autêntico balde de água fria no D.Afonso Henriques.
A equipa do Feirense passou maior parte da partida a jogar para o pontinho - com um antijogo a fazer lembrar o da época passada em que perdeu com um golo aos 90+5' - mas acabou mesmo por conquistar os três pontos quando nada o fazia prever. O árbitro e o VAR poderão ter decidido mal num outro lance crucial em prejuízo do Vitória mas isso não pode e nem deve ser a única desculpa para esta tão escusada derrota.
Se calhar seria impensável chegar a esta altura e ter três derrotas em três jogos oficiais, especialmente depois da pré-época que tanto entusiasmou os vitorianos. Ainda assim, há que acreditar nesta equipa e neste treinador. Quando as ideias forem assimiladas e o modelo de jogo finalmente assentar, tudo mudará de figura. Até lá...é preciso paciência.


Destaque da semana (Foto: Vitória Sport Clube)
Equipa B e Futebol de Formação:

A equipa B deslocou-se ao reduto do recém-promovido Mafra, onde foi derrotada por 2-0. Os sub-23 viajaram até à Madeira e foram derrotados pelo Marítimo por três bolas a duas.
Já os juniores perderam no terreno do Porto por 3-1 num jogo em que o empate foi uma ameaça até ao final do encontro.
Em sentido inverso a este clima, os juvenis receberam e venceram o Chaves por três bolas a zero.


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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Quase!

No jogo inaugural do campeonato, o Vitória deslocou-se à Luz com o claro objetivo de conquistar os primeiros três pontos da época. Depois de uma primeira parte para esquecer - com um inacreditável 3-0 - os conquistadores responderam com dois golos na segunda. Golos que se revelaram insuficientes mas que deixaram outra imagem acerca da prestação da formação vitoriana.

Benfica x V. Guimarães - Liga NOS 2018/19 - Campeonato Jornada 1
Foto: ZeroZero
Em relação ao jogo frente ao Tondela, Luís Castro optou por fazer três alterações. Douglas na baliza, Tallo na frente de ataque e João Afonso a fazer dupla de centrais com Osório. Esta última forçada devido à lesão de Frederico Venâncio.
Apesar de não ter entrado bem, foi ao Vitória que pertenceu a primeira grande oportunidade com um cabeceamento de Tallo à figura do guarda-redes benfiquista.
Contudo, a primeira equipa a marcar foi mesmo o Benfica. Jogava-se o minuto 10' quando uma perda de bola de André André no meio campo permitiu que Gedson ganhasse espaço no corredor direito e contasse, simultaneamente, com um corte infeliz de Osório para zona proibida para que Pizzi inaugurasse o marcador. São estes os tipos de erros do atraente futebol imposto por Luís Castro.
Pouco depois, foi a vez de Salvio conquistar uma grande penalidade por falta de Rafael Soares. Na cobrança do castigo máximo, Ferreyra vacilou e permitiu uma dupla defesa de Douglas.
A confiança apoderou-se dos homens do berço que, instantes depois, dispuseram de duas ocasiões para marcar. João Teixeira recuperou a bola em posição altamente favorável, tendo atirado à figura de Odysseas. Na recarga, Tyler Boyd atirou ao poste.
O segundo golo do Benfica acabaria por chegar à meia hora de jogo. Salvio livrou-se da marcação de Rafa Soares, combinou com André Almeida e Pizzi voltou a aparecer na área para bisar. O descontrolo emocional acentuou-se de tal modo que o terceiro acabou por aparecer logo a seguir, novamente por Pizzi completamente livre de marcação após passe de Grimaldo.
A segunda parte trouxe consigo uma alteração na formação vitoriana com a entrada de Davidson para o lugar do desaparecido Ola John. Além disso, trouxe também mais acutilância no processo de construção ofensiva.
Com uma hora de jogo, Tyler Boyd testou as luvas do guarda-redes adversário com um remate potente de longe. Numa altura em que Luís Castro decidiu também esgotar as substituições, colocando Celis no lugar de João Teixeira e trocando Tallo por Guedes. Foi a partir desse momento que surgiu a tão desejada resposta.
A 15 minutos do final, uma bela jogada entre Rafa Soares, Davidson e André André culminou no golo do camisola 11 do Vitória. Meia dúzia de minutos depois, o médio de 28 anos voltou a ser crucial ao assistir Celis, reduzindo para 3-2.
As centenas de vitorianos presentes na Luz não se cansaram de apoiar a equipa desde o primeiro minuto, mas o seu apoio passou a ser ainda mais audível nos instantes finais numa tentativa de empurrar a equipa para uma reviravolta histórica. Tal não aconteceu. Ainda assim, nota muito positiva para a reação da formação vitoriana no segundo tempo.
Sete anos depois, o Vitória quebrou finalmente o enguiço de não marcar golos na Luz, num jogo em que até terminou com mais oportunidades flagrantes do que o adversário. Pena isso não ter valido pontos. Luís Castro não escondeu a tristeza pelo resultado mas sublinhou também a crença e consequente resposta forte por parte da equipa.
O próximo jogo disputa-se daqui a 10 dias com a receção ao Feirense. Espera-se uma equipa capaz de contornar as dificuldades para que possa somar os primeiros pontos da temporada antes de uma dificil deslocação ao Dragão marcada para 25 de agosto.

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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Infelicidade

Naquele que foi o primeiro jogo oficial da época 2018/2019, a infelicidade tomou conta da turma vitoriana que foi derrotada em casa, pelo Tondela, por duas bolas a zero. Um resultado que dita, desde logo, o afastamento da Taça da Liga.

Allianz Cup: V. Guimarães x Tondela
Foto: ZeroZero
As contas eram fáceis de se fazer. Quem vencesse a partida ocuparia a última vaga da fase de grupos da competição. Em termos objetivos, pode-se dizer que o Vitória complicou.
Miguel Silva, Rafa Soares, Frederico Venâncio, Osório, Dodô, Wakaso, André André, João Teixeira, Ola John, Tyler Boyd e Guedes foram os jogadores escolhidos por Luís Castro para a formação do primeiro "onze" inicial da temporada.
Com a ideia de jogo em permanente construção, os conquistadores foram tentando levar algum perigo numa fase inicial até à baliza adversária.
Só a meio da primeira parte é que a formação do Tondela se aproximou da baliza vitoriana. Nesse mesmo lance, Arango inaugurou o marcador na sequência de um livre direto. Miguel Silva teve algumas responsabilidades, assim como a barreira vimaranense.
Previa-se que o Vitória reagisse com mais acutilância e objetividade. E foi dos pés de Tyler Boyd que saíram as principais grandes oportunidades para empatar a partida ainda antes do intervalo.
No inicio do segundo tempo, Luís Castro decidiu fazer troca por troca, substituindo Guedes por Tallo. O costa-marfinense dispôs logo de uma grande oportunidade num lance em que também André André esteve perto do golo. Instantes depois o camisola 11 esteve novamente em destaque ao desmarcar Tyler Boyd que, na cara de Cláudio Ramos, não conseguiu concretizar.
Numa altura em que Davidson e Tozé já tinham sido lançados a jogo, os beirões chegaram ao segundo golo ao minuto 72'. Completamente contra a corrente de jogo, o recém-entrado Murillo ampliou a vantagem após passe de calcanhar de Arango.
Com menos de 20 minutos para se jogar, a formação vitoriana estava obrigada a fazer dois golos para, pelo menos, empatar a partida. Tal não aconteceu. Ainda que ao minuto 83' Tallo tenha estado muito perto de reduzir a diferença numa jogada que levou 6 jogadores até à grande área.
A eficácia foi a palavra de ordem. O Tondela teve-a, o Vitória não. Nem mesmo com o dobro de oportunidades e remates em relação ao adversário.
O modelo de jogo do técnico vimaranense privilegia a posse e o ataque apoiado. Uma construção de trás para a frente sublime que nem sempre gera os resultados esperados. Foi o caso. Os conquistadores protagonizaram uma boa exibição e o público reconheceu isso mesmo ao aplaudir a equipa no final do encontro, apesar da eliminação precoce na competição.
Seja como for, não deixa de ser curioso que, além de ter marcado golos em todos os jogos da pré-época, o Vitória também não sofreu qualquer derrota. Contudo, no primeiro jogo oficial da temporada aconteceu precisamente o contrário: uma derrota sem qualquer golo marcado.
Melhores dias virão. A começar já pelo jogo de abertura do campeonato na próxima sexta-feira, no estádio da Luz, frente ao Benfica.

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!