Os conquistadores tinham entrado em campo já com o 4º lugar garantido, no entanto, nem isso os impediu de voltar a vencer e aumentar para sete o número de triunfos consecutivos no campeonato. Na receção ao Arouca, o maliano Marega regressou aos golos e apontou, então, aquele que foi o único golo da partida. O acesso direto à fase de grupos da Liga Europa foi assegurado e temos as portas abertas para sonhar com (novas) conquistas!
O jogo frente ao Arouca ficou marcado por ser o 150º jogo de Douglas de Rei ao peito e também pelo regresso de Tomané, André Santos e Crivellaro (muito aplaudido aquando da sua substituição) ao Estádio D.Afonso Henriques. E apesar de uma primeira parte fraca a nível exibicional, Hernâni, Texeira e Bruno Gaspar estiveram no seio da primeira ocasião de perigo logo aos 2 minutos de jogo. O Arouca respondeu de bola parada pouco depois. Decorria o minuto 26' quando Josué isolou Marega que, com uma receção meia atrapalhada, esteve perto de inaugurar o marcador. Não fosse o instinto de Sacramento... Ainda antes do intervalo - que fecharia uma primeira parte sem oportunidades flagrantes - Bruno Gaspar foi admoestado com um cartão amarelo por suposta simulação dentro da grande área. Porém, apesar de haver uma queda parcialmente forçada por parte do defesa direito de 24 anos, a verdade é que foi mesmo tocado.
O intervalo trouxe um Vitória com outra atitude. No entanto, até foi o conjunto arouquense a levar perigo à baliza de Douglas pela primeira vez no segundo tempo, por intermédio de Artur. A formação vitoriana respondeu logo a seguir quando Bruno Gaspar tentou assistir Rafael Miranda. Pouco depois foi Konan a fazer um cruzamento largo e a dificultar a tarefa de Hernâni na hora de rematar à baliza. Numa jogada de laboratório, Adilson ainda esteve perto de marcar, mas o golo surgiu na outra baliza. A do topo sul, como tem sido habitual. Aos 76 minutos, Hernâni rematou de fora da área para defesa incompleta de Rui Sacramento, a bola desviou em Raphinha (que tinha substituído Hurtado), sobrou para Marega em zona de finalização e este não tremeu na hora do remate. Estava feito o primeiro e único golo da partida perante um Arouca que não conseguiu responder ao tento apontado pelo maliano.
A tarde de domingo ficou marcada por alguns dados que merecem claro destaque! A começar pelo recorde das sete vitórias consecutivas no campeonato, algo nunca antes conseguido. De salientar também que nos últimos três jogos, o setor defensivo vimaranense não concedeu qualquer golo aos seus adversários. Com este triunfo, o Vitória - que já leva 13 jogos seguidos sempre a marcar - não só alcançou a melhor pontuação conseguida na sua história (62 pontos) e com ainda mais duas jornadas para disputar, como aumentou a diferença pontual para o seu rival em 11 pontos. Relativamente ao cenário das bancadas...começam a faltar palavras para descrever o que é verdadeiramente ser do Vitória. Estiveram cerca de 27 mil vitorianos no Estádio do Rei, algo que - a par das assistências dos últimos jogos caseiros - só prova que não precisamos de defrontar um "grande" para encher o nosso castelo. O hino "Sou Vitória" foi cortado propositadamente após as primeiras duas estrofes e os vitorianos que estavam na bancada deram bem conta do recado ao entoarem as restantes quatro que se seguiram, em uníssono, em alto e bom som!
Apesar de fechadas pela defensiva vitoriana, as portas estão abertas. As portas...dos sonhos! Com a missão IV cumprida, está na hora de começar a pensar também um pouco no Jamor, ainda que com cautelas. Segue-se uma visita ao Estádio da Luz que pode dar o título de (tetra)campeão nacional ao Benfica. A nós, só nos cabe vencer e impedir que façam novamente a festa do título contra nós. Ainda assim, é considerado admissível se não dermos seguimento à nossa senda de triunfos consecutivos, isto caso entremos na Luz sem o nosso "onze base", não dando a tática ao adversário para o confronto que surgirá quinze dias depois. De relembrar que já não marcamos golos ao Benfica desde a conquista da Taça em 2013 e, portanto, teremos duas boas oportunidades para o fazer. Ou se calhar três... Caso o clube encarnado se sagre campeão (o cenário mais provável), seja na próxima semana ou na última jornada, é certo que teremos um Vitória-Benfica na Supertaça, independentemente do que aconteça no Jamor. E, nesse sentido, é de louvar que o Vitória poderá ter a oportunidade de conquistar dois troféus num espaço relativamente curto, ao qual acresce o facto de saber que vai disputar a fase de grupos da Liga Europa na próxima época.
No entanto, há que inverter o rumo dos acontecimentos, se tivermos em perspetiva o que aconteceu em anos anteriores. Até porque é um facto que após uma época boa, segue-se sempre uma temporada má. E há razões para acreditar que tudo pode ser diferente, a começar pelo corte na política de emprestados, associando-se um investimento mais firme na contratação de jogadores para a formação do plantel. Ora vejamos... Estamos há 13 jogos consecutivos sempre a marcar e os jogadores emprestados contribuíram com golos em...12 desses 13 jogos. Só o jogo na Choupana é que escapou a essa "regra" e até com a justificação de termos apresentado uma equipa com oito ou nove mudanças no onze inicial. Dados que dizem muito relativamente à influência dos jogadores emprestados no rendimento da equipa. Emprestados esses que podem abandonar a equipa no final da época e obrigar a constantes mexidas na construção do próximo plantel, algo que não tem resultado nas últimas temporadas, como é possível constatar pelas frequentes oscilações.
No basquetebol, o Vitória recebeu e derrotou o Galitos por uma margem extraordinária de 42 pontos com o resultado final de 99-57. A disputa entre o 4º e o 5º por um lugar nas "meias" do play-off prosseguiu-se no dia seguinte e desta vez foi a formação do Galitos a vencer por 92-98, com o quarto período a ser decisivo. A eliminatória está empatada e seguem-se dois jogos no pavilhão do adversário, sendo que estamos obrigados a vencer pelo menos um para ainda podermos sonhar com a luta pelo título nacional.
A formação de voleibol recebeu o Fonte Bastardo e acabou por ser derrotado por 0-3 com os parciais de 31-33, 32-34 e 13-25. Pelos números é possível perceber que o Vitória deu muita luta nos primeiros dois set's mas acabou por não ser feliz e desmoralizou para o 3º e último set que se seguiu.
No polo aquatico, o Vitória (atual 6º classificado) deslocou-se ao pavilhão do 4º classificado e venceu por 5-7, ficando agora a um ponto do 5º posto.
Depois de três derrotas consecutivas sem marcar qualquer golo, o que acabou com o sonho do título, os juniores viajaram até ao Seixal, venceram a formação do Benfica por 1-2 e recuperaram o 3º lugar.
ACONTEÇA O QUE ACONTECER, SOU DO VITÓRIA ATÉ MORRER!
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