sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Adversidades fatais...

Na tradicional deslocação à Mata Real, o ingrediente titular foi o mesmo de sempre: a chuva. E hoje com a agravante das fortes rajadas de vento que se fizeram sentir durante praticamente toda a partida. Todos estes fatores com a sua dita "influência" no resultado final, mas nunca sem esquecer a tremenda ineficácia dos conquistadores que - mais uma vez - travou a formação vitoriana quando tentava voar mais alto. Em condições totalmente adversas, o Vitória foi derrotado por duas bolas a zero pela equipa do Paços de Ferreira. A famosa expressão "pai dos pobres" volta a ser colocada em prática. Mas agora a sério...o que esperar da segunda volta?



Uma deslocação dos adeptos do Vitória a Paços de Ferreira não é uma verdadeira deslocação se não houver chuva! Já virou tradição. Algumas vezes até com o relvado com parecenças a um campo de batatas. Mas hoje não. Desta vez, o relvado estava em ótimas condições. Pena que a chuva intensa e o vento forte tenham dificultado o que Paços e Vitória queriam realmente protagonizar dentro das quatro linhas.
Centenas de vitorianos marcaram presença num jogo extremamente atípico! A jogar a favor do vento na primeira parte, o Vitória não foi feliz no último passe apesar de algumas jogadas bem desenhadas. Os extremos Raphinha e Hernâni foram os que mais se destacaram a nível das quatro oportunidades criadas (duas delas claramente flagrantes!)... Decorria o minuto 30' quando Hernâni fez um excelente cruzamento da direita e Raphinha desperdiçou à boca da baliza. Três minutos depois, foi também pelo lado direito que o extremo emprestado pelo FC Porto ficou livre de marcação e - de uma forma inacreditável - não conseguiu finalizar a jogada em golo. A fechar o primeiro tempo, Konan ficou a pedir penalty mas o lance, a meu ver, é tão discutível como as duas grandes penalidades que a equipa do Paços também protestou. Mais a segunda porque na primeira parece haver um toque apenas com o ombro de Pedro Henrique. Tiago Martins nada assinalou! O Vitória ia então para o intervalo a empatar 0-0 após uma enorme falta de eficácia durante os primeiros 45 minutos, nos quais foi a formação pacense a jogar contra o vento.
Já era de esperar uma segunda parte de sofrimento. E assim foi... Ainda que houvesse a motivação extra de atacar para a baliza do lado dos adeptos vitorianos. O Paços entrou melhor e após dois bons remates (os primeiros durante toda a partida) chegou ao golo por intermédio de Pedrinho ao minuto 59'. O segundo golo não demorou a aparecer... Onze minutos depois, através da cobrança de um livre direto, Welthon (ironicamente) atirou para o 2-0. Um golaço. O guardião Douglas nem com asas chegaria lá... Restavam apenas 20 minutos para se jogar e, depois de uma primeira parte de sentido único marcada pela ineficácia, o Vitória arriscou tudo com substituições claramente mais ofensivas. Bernard, Zungu e Texeira - este último acabado de entrar - tiveram oportunidade de marcar mas Defendi opôs-se sempre de forma suficiente a evitar o golo. Mesmo a perder, os adeptos vitorianos não se cansavam de incentivar a equipa que até teve direito a cachecolada nos instantes finais da partida.
Perdemos. Acontece. Os dados estatísticos revelaram um equilíbrio notável, mas foi o Paços a vencer o jogo. E por dois golos de diferença... "Derrota" não tem sido palavra de ordem no dicionário da equipa de Pedro Martins. Longe disso... Mas é bom que haja uma resposta já no próximo jogo. Em casa, frente ao FC Porto. Até porque ainda não perdemos dois jogos seguidos a contar para o campeonato... Mais uma vez, falhámos a aproximação aos da frente e os que vêm atrás podem encurtar para 4 pontos de diferença. Se é verdade que, com Pedro Martins, o Vitória em 19 jogos no ano de 2016 apenas não marcou em 2 (em duas das três derrotas), também é verdade que em apenas 8 jogos neste ano não marcámos em 5. São números. Mas não deixa de ser uma discrepância considerável. Há muito para melhorar no capítulo da finalização! As razões para isto podem ir desde a falta de sorte até à instabilidade causada por saídas e entradas no plantel a meio da época. E eu questiono: será que isto foi apenas um mero acidente de percurso (que é completamente normal...) ou será que foi uma amostra daquilo que poderá ser a nossa segunda volta? Os próximos jogos poderão trazer a resposta de forma mais concreta. Mas até lá...a pergunta fica no ar.

Foi precisamente nos últimos dias de janeiro que houve uma intensificação de movimentações no mercado de inverno. Até ao último minuto do prazo estabelecido. Soares e João Pedro - duas peças fundamentais no processo tático - foram vendidos por valores muito aquém do que aquilo que realmente ambos valiam. Também Alex, Marcílio e Francis abandonaram o clube...mas por empréstimo. Em sentido inverso, o Vitória contratou Rafael Martins para o lugar de Tiquinho Soares. Para o meio-campo, foram contratados Sérgio Ribeiro e Al Musrati - ambos vão jogar na equipa B - e também Celis por empréstimo do Benfica. Há quem faça um balanço positivo daquilo que foi o nosso mercado. Eu, à semelhança de muitos vitorianos, não consigo estar de acordo. É verdade que janeiro já assustou mais, mas daí até considerar um "balanço positivo" ainda vai uma diferença considerável. Salientando-se, desde logo, a política de empréstimos. No mês de junho do ano passado, o nosso presidente Júlio Mendes garantiu que não queria mais jogadores emprestados em janeiro, reconhecendo simultaneamente os erros do passado. Porém, voltou a cair no mesmo erro. Não que Celis não seja um médio de qualidade, isso já é outra história. Certo é que o Vitória não assumiu uma postura objetiva! Com fortes hipóteses de discutir o último lugar do pódio até ao final da época - tendo em conta aquilo que Sporting e Braga têm feito - parece que a preferência continua a ser a de vender imediatamente após propostas insuficientes do que assegurar a estabilidade e o equilíbrio do plantel na tentativa de sonhar um pouco mais alto. Há quem diga que quanto mais alto é o sonho, maior é a queda. Mas nunca esquecer uma das expressões mais fortes do nosso hino - "Sempre e mais alto não será de mais..."

No basquetebol, as coisas também não correram bem hoje. A contar para a Taça Hugo dos Santos, o Vitória jogou em Oliveira do Hospital o acesso às "meias" da competição, contudo, acabou por ser travado pela formação da Oliveirense após uma derrota por 70-51.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, SOU DO VITÓRIA ATÉ MORRER!

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