domingo, 20 de agosto de 2017

Desastroso!

Quando se pensava que o Vitória ia (tentar) reagir à derrota sofrida na Amoreira, eis que aparece um Sporting pragmático e consistente ao ponto de construir uma goleada no Estádio D.Afonso Henriques. 0-5 foi o resultado final. Algo desastroso, frustrante, impensável e imperdoável.

Liga NOS: Vitória SC x Sporting
Foto: ZeroZero

O conjunto orientado por Pedro Martins alinhou de início com: Miguel Silva, Sacko, Pedro Henrique, Marcos Valente, João Aurélio, Celis, Zungu, Hurtado, Hélder Ferreira, Raphinha e Texeira. A goleada começou a ser construída desde muito cedo. O golo madrugador de Bruno Fernandes, a mais de trinta metros da baliza, foi acusado em demasia pela formação vitoriana. Os conquistadores não conseguiam criar perigo junto da baliza leonina e foi através de um lance de bola parada (21') que Bas Dost apareceu livre de marcação no coração da área e cabeceou para o 2-0. Dois minutos depois, Fábio Coentrão - que provocou os vitorianos nos festejos do segundo golo, exaltando os ânimos - apareceu sozinho na esquerda do ataque dos leões, assistindo o ponta de lança holandês para o terceiro golo da partida. A equipa orientada por Jorge Jesus deixou de pressionar muito, permitindo que a formação vitoriana pudesse respirar um pouco. Porém, os remates de fora da área de Hurtado e de Raphinha não foram suficiente para assustar o guardião Rui Patrício. Antes do intervalo, Miguel Silva ainda evitou o quarto golo do Sporting. Se era verdade que na época passada o Vitória tinha precisado de apenas quinze minutos para transformar um 0-3 em 3-3, desta vez até teríamos bem mais tempo para repetir o feito, porém, tal não viria a acontecer.
Na segunda parte, o Vitória até entrou razoavelmente bem. Celis e Raphinha, com remates à entrada da área, estiveram muito perto de reduzir a desvantagem de três golos de modo a fazer renascer a esperança vitoriana. Após um erro do lateral Piccini, Hurtado recuperou a bola e ficou na cara de Rui Patrício, mas infelizmente o peruano não teve a astúcia necessária para converter aquela oportunidade em golo. Pedro Martins não esteve bem nas substituições ao lançar Rafael Miranda e Sturgeon para os lugares de Zungu e Hurtado quando decorria o minuto 57', contudo, perante os elementos de que dispunha no banco de suplentes não se podia pedir muito mais... À passagem do minuto 60', depois de correr alguns metros com a bola sem qualquer pressão, Bruno Fernandes teve espaço para fazer outro grande remate de fora da área que só parou dentro da baliza de Miguel Silva. Um golo que, por si só, sentenciava a partida. Mas nem por isso os milhares de adeptos do Vitória presentes no estádio deixaram de apoiar a sua equipa, como se o jogo ainda estivesse 0-0. Pedro Martins ainda lançou Rafael Texeira a jogo, retirando Hélder Ferreira, na tentativa de marcar o tento de honra, mas desde o quarto golo que o Vitória não mais ameaçou a baliza leonina. Bruno Fernandes ainda esteve perto do hat-trick mas a trave impediu que tal acontecesse. Não foi o médio de 22 anos, foi o de 28. Adrien Silva tabelou com Iuri Medeiros dentro da área e, com enorme facilidade, fez o quinto golo dos leões, num lance em que o setor defensivo vimaranense ficou a ver navios. O guardião Miguel Silva ainda impediu que Gelson ampliasse a vantagem já em cima do minuto 90'. Também ao cair do pano, Texeira ficou a pedir outro penalty. O primeiro por alegada falta de Bas Dost no inicio da segunda parte, o segundo por um suposto toque do central Coates já em tempos de desconto. A verdade é que ambos os lances suscitam dúvidas e, embora o primeiro lance até tenha acontecido quando o jogo estava em 0-3, a arbitragem de Hugo Miguel em nada está relacionada com a derrota sofrida pelos conquistadores.
Em quatro jogos oficiais, o Vitória sofreu três derrotas com treze golos sofridos e apenas quatro golos marcados. E de facto é algo atípico termos sofrido dez golos em três jogos a contar para o campeonato. Quanto mais "abre olhos" serão necessários para evidenciar a certeza de que não temos um plantel à altura daquilo que (inicialmente) se exigia para esta época? Um plantel curtíssimo de opções para uma equipa que vai disputar, pelo menos, seis jogos de competições europeias. Ainda vamos a tempo de recuperar deste mau arranque de época e, para isso, temos uma dezena de dias para nos reforçarmos até ao fecho do mercado. Para já, o onze não está à altura do nosso doze! Isto dói, e acreditem que não é lindo.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, SOU DO VITÓRIA ATÉ MORRER!

Sem comentários:

Enviar um comentário