segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Desencontrados...

Na visita à Amoreira, os conquistadores foram derrotados pelo Estoril por três bolas a zero num jogo com várias expulsões e com polémica à mistura. A falta de atitude e a falta de reforços preenchem o lote de explicações para este resultado. Os erros pagam-se caro e os adeptos que fizeram centenas de quilómetros a um dia de semana mereciam mais...muito mais!


Estoril-V. Guimarães, 3-0 (crónica)
Foto: MaisFutebol

Em relação ao onze inicial da primeira jornada, Pedro Martins decidiu alterar apenas uma peça do puzzle com David Texeira a ocupar a posição de Óscar Estupiñán. À semelhança do jogo de quinta-feira, o Vitória apresentou-se muito intranquilo nos minutos iniciais. A diferença é que frente ao Chaves essa intranquilidade só se apoderou da equipa durante um curto espaço do tempo. Desta vez, foi durante todo o jogo. Allano e Kleber estiveram perto de marcar para a equipa da casa. Mas foi Pedro Monteiro que, à passagem do minuto 19', inaugurou o marcador. Na sequência de um pontapé de canto, Miguel Silva falhou a abordagem à bola - com alguma influência do vento que favoreceu o Estoril no primeiro tempo - e o central português cabeceou para o fundo das redes. A formação vitoriana tentou responder através de Raphinha, após um bom passe de Hurtado, mas o remate saiu ao lado da baliza de Moreira. Antes desse lance, um jogador do Estoril parece ter cortado a bola com o braço dentro da grande área numa disputa com Celis, mas o VAR não interviu. Depois de ter visto um cartão amarelo aos 25', Wesley fez uma entrada imprudente sobre Hurtado aos 38' que lhe valeu o segundo amarelo e consequente expulsão.
O Vitória foi para o intervalo a perder por 1-0, mas com a expetativa de que poderia beneficiar de vários fatores no segundo tempo, desde a superioridade numérica ao facto de jogar em favor do vento e de atacar para o lado onde estavam os cerca de 300 vitorianos. Porém, num curto espaço de tempo, tudo mudou. Aos 49', João Vigário viu o segundo cartão amarelo e recebeu ordem de expulsão. Isto já com Óscar Estupiñán em campo após ter substituído Zungu, perspetivando-se um 4-4-2 que deixou de o ser. Nesse sentido, Pedro Martins viu-se obrigado a colocar Sacko em campo, com Hélder Ferreira a ser o sacrificado. Quando nada o fazia prever, eis que Josué comete uma grande penalidade. Sacko errou clamorosamente ao efetuar um lançamento, entregando a bola a Kléber. Os centrais do Vitória foram apanhados de surpresa e Josué acabou por recorrer à falta dentro da grande área. Carlos Xistra, numa primeira instância, admoestou o central português com um cartão amarelo, no entanto, acabou por recorrer ao video-árbitro e concluir que o ideal seria transformar o cartão amarelo em vermelho direto. O Vitória ficava então reduzido a 9 elementos e a ver Kléber a ampliar a vantagem na transformação da grande penalidade. Cenário cada vez mais complicado para a formação de Pedro Martins. Raphinha - o mais inconformado - ainda tentou assustar Moreira com duas excelentes oportunidades, inclusive apontando o primeiro (e único!) remate do Vitória à baliza durante todo o jogo. Texeira foi substituído por Rafael Miranda de modo a minimizar os estragos defensivamente, porém, os conquistadores viriam a sofrer o terceiro golo. Na seguimento de um lance que poderia (e deveria) ter dado uma grande penalidade a favor do Vitória, a equipa de Pedro Emanuel voltou a aproveitar-se de uma falha de Sacko para aumentar a vantagem com um bis de Kléber. E o VAR voltou a não intervir num lance que favorecia a formação vitoriana... Mas a verdade é que o 3-0 podia ter sido transformado num possível 2-1 e isso mudaria, certamente, o rumo do jogo, mesmo com a formação vitoriana em inferioridade numérica.
Apesar de tudo, a arbitragem não pode e nem deve servir de desculpa. O Vitória só se pode queixar de si próprio visto que os erros individuais persistem sempre que jogamos fora de portas. Ainda para mais numa equipa que, na época passada, pontuou mais a jogar fora do que em casa. A falta de atitude foi patente neste jogo, mas não é só isso que nos falta. Faltam, também, reforços. Nomeadamente para as laterais que são o nosso maior problema. Para o próximo jogo, frente ao Sporting, não vamos poder contar com Josué e João Vigário, duas baixas de peso no setor defensivo, bem como Konan que continua lesionado e, consequentemente, fora das opções de Pedro Martins.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, VITÓRIA ATÉ MORRER!

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