domingo, 6 de agosto de 2017

Erros (in)evitáveis?

O Vitória perdeu a Supertaça para o SL Benfica ao ter sido derrotado por 3-1 num jogo de cariz solidário a favor dos bombeiros, sendo que os golos, remates, cantos, ataques e cruzamentos rendiam quantias entre os 100 e os 5000 euros. Contas feitas, foram doados cerca de 120 mil euros. Para a história, fica mais uma final perdida, frente a um adversário que estava fragilizado devido à pré-época realizada, mas que mesmo assim conseguiu vencer. Um jogo que ficou marcado por erros de arbitragens - que nem sequer foram corrigidos pelo vídeo-árbitro - mas também por erros individuais dos conquistadores...e não só.


Supertaça Benfica x Vitória SC

A formação orientada por Pedro Martins entrou mal e à passagem do minuto 6' já se encontrava a perder. Pizzi cruzou da direita, Miguel Silva impediu que a bola chegasse a Seferovic, mas acabou por entregá-la a Jonas, que inaugurou, assim, o marcador. No entanto, há que realçar dois momentos no lance do golo, ambos com Seferovic como protagonista. O primeiro quando o ponta de lança suiço cometeu uma falta sobre Marcos Valente no duelo aéreo. O segundo quando, a passe de Pizzi, o mesmo jogador se encontrava em posição de fora de jogo. É certo que a bola não caiu nos pés do jogador suiço, mas o contexto do lance implicou que Miguel Silva se fizesse à bola e consequentemente acabasse por entregar o ouro ao bandido. Decorria o minuto 11' quando Zungu escorregou na zona do meio campo, permitindo que Pizzi isolasse Seferovic e este, na cara de Miguel Silva, atirasse para o 2-0. À semelhança do que tinha acontecido em maio, quer na Luz, quer no Jamor, o Vitória voltou a sofrer dois golos num período de cinco minutos. Logo a seguir pediu-se penalty na área encarnada por mão de Salvio. Pouco depois, Jonas e Jardel foram autores de duas entradas por trás muito perigosas que mereciam, no mínimo, um cartão amarelo. Raphinha, de livre direto, tentou surpreender Bruno Varela por duas vezes. O guardião Miguel Silva ainda impediu que Salvio e André Almeida ampliassem a vantagem, em dois lances praticamente seguidos. Os cerca de 8 mil vitorianos presentes em Aveiro mostravam-se incansáveis no apoio à equipa, mesmo com uma desvantagem de dois golos no marcador. Aos 36 minutos, Hélder Ferreira também apareceu na cara de Varela, após passe de Rafael Martins, numa jogada bem desenhada, no entanto, o extremo português não conseguiu finalizar da forma como pretendia. Não foi aos 36', foi aos 42'. A jogada partiu de trás, a bola mudou de flanco três vezes num curto espaço de tempo e foi então que João Aurélio cruzou para a área, Hélder Ferreira impediu que a bola saísse pela linha de fundo e Raphinha apareceu solto, ao segundo poste, cabeceando para o fundo das redes. Um golo em cima do intervalo que fazia renascer a esperança de todos os vitorianos!
A segunda parte começou com um ritmo intenso, de parte a parte, ainda que com um ascendente do Vitória que ia em busca do empate. Tal foi o caudal ofensivo... Na cobrança de um livre, à passagem do minuto 48', Zungu esteve perto de empatar com um cabeceamento a passar ao lado da baliza encarnada. Dez minutos depois, o falhanço da noite! Raphinha foi até à linha de fundo e assistiu Hurtado que se encontrava em perfeitas condições para fazer o golo do empate, após uma péssima abordagem defensiva do Benfica. Infelizmente, na cara de Bruno Varela, o peruano rematou contra o seu próprio pé, perdendo-se uma excelente oportunidade para empatar a partida. Seferovic e Jonas ainda tentaram assustar o guarda-redes Miguel Silva. Logo de seguida, e ainda só com 16 minutos decorridos no segundo tempo, Hélder Ferreira rematou de longe, obrigando o guardião encarnado a fazer uma excelente defesa. A partir daí, o ritmo da partida baixou gradualmente. Além disso, as substituições só foram feitas nos minutos 73' e 81'. Hélder, Hurtado e Aurélio foram substituídos por Sturgeon, Estupiñàn e Xande Silva respetivamente. E foi precisamente no momento em que o Vitória arriscou tudo...que tudo foi por água abaixo. Com menos um defesa em campo, Pizzi aproveitou um péssimo passe de Raphinha na zona central, assistiu Jimenez e o mexicano atirou para o 3-1 final.
Mais uma final perdida! E frente à mesma equipa. Ainda assim, importa realçar um aspeto bem notório fora das quatro linhas: a paixão dos vitorianos pela sua cidade e pelo seu clube que, mesmo em desvantagem no marcador, não se cansaram de puxar pela equipa. No final do jogo não lhes viraram as costas, bem pelo contrário. Até porque, para nós, pouco importa se ficamos em primeiro. Porque nesta vida, mais que tudo, amamos o símbolo que defendemos todos os dias. Porque nós sabemos que dói, mas também sabemos que é lindo. Afinal de contas, grandes são aqueles que não precisam de títulos para arrastar multidões.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, SOU DO VITÓRIA ATÉ MORRER!

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