quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Contas complicadas...

O Vitória não foi feliz na visita ao Vélodrome. A formação orientada por Pedro Martins até entrou bem e chegou a estar em vantagem no marcador, contudo, duas desatenções defensivas culminaram na reviravolta dos franceses e, claro está, num final infeliz para os conquistadores. Contas muito complicadas.

Foto de Vitória Sport Clube.
Foto: Vitória Sport Clube
Os conquistadores alinharam de inicio com: Miguel Silva, Konan, Jubal, Marcos Valente, João Aurélio, Rafael Miranda, Wakaso, Francisco Ramos, Raphinha, Heldon e Rafael Martins. A primeira ocasião de perigo pertenceu ao ponta de lança brasileiro: a passe de Francisco Ramos, cabeceou a bola que ainda tirou tinta ao poste. Pouco depois, foi a vez de Miguel Silva intervir com uma grande defesa a remate de Ocampos. Foi então que ao minuto 17', fruto de um contra-ataque extremamente organizado, os conquistadores chegaram ao golo. João Aurélio correu com a bola, ofereceu-a a Heldon e este tirou um cruzamento com as coordenadas certas para a cabeça de Rafael Martins. Após uma meia hora de jogo bem conseguida, eis que surge o descalabro de forma progressiva... Uma hesitação entre Rafael Miranda e Raphinha permitiu a recuperação de bola por parte dos franceses e um consequente contra-ataque que viria a resultar no golo do empate. Sanson cruzou para a área e Ocampos, livre de marcação, restabeleceu a igualdade com um pontapé de moinho. A formação vitoriana tremeu e foi por pouco que não sofreu a reviravolta logo a seguir, muito por culpa também da ineficácia de Lopez e Abdennour na hora de finalizar em frente ao guardião português. O resultado ao intervalo era justo!
Esperava-se que o Vitória entrasse na segunda parte da mesma maneira como entrou no primeiro tempo. Pura ilusão. Na sequência de um lance de bola parada, e após várias falhas de marcação, Ocampos esteve perto de bisar, mas viu o seu remate esbarrar na trave. Pedro Martins lançou Hélder Ferreira e Texeira para os lugares de Francisco Ramos e Rafael Martins, respetivamente. Substituições que não surtiram qualquer efeito. À passagem do minuto 76', Ocampos descobriu Lopez sozinho na área e o francês consumou a reviravolta. Pedro Martins - que também tem direito a errar - fez uma má leitura de jogo e lançou Celis para o lugar de Rafael Miranda. Uma substituição incompreensível visto que o objetivo era unir forças para ir em busca do empate e não substituir trinco por trinco. Mas ainda houve tempo para o Vitória fazer o seu único remate enquadrado com a baliza em todo o segundo tempo. Wakaso, à entrada da área, esteve muito perto de restabelecer a igualdade, não fosse uma grande defesa com os pés de Mandanda a desviar a bola para pontapé de canto. O resultado não sofreu mais alterações e o conquistadores voltaram a perder pela margem mínima... Uma palavra de apreço para os quase 2000 vitorianos que se deslocaram até Marselha e que se fizeram sentir no apoio à equipa de forma extraordinária.
Um ponto conquistado em três jogos disputados é mau demais para ser verdade. Este poderá ter sido o adeus à Liga Europa. No entanto, matematicamente, continua a ser tudo possível. Para continuarmos a sonhar estamos obrigados a fazer o que ainda não conseguimos nesta fase de grupos, ou seja, vencer (três vezes). Das três partidas que restam disputar, duas serão realizadas no nosso castelo. As hipóteses de seguir em frente começam a ficar cada vez mais reduzidas mas enquanto for matematicamente possível...é legítimo dizer que ainda podemos sonhar. No outro jogo do grupo, o Salzburg venceu por 2-0 na deslocação a casa do Konyaspor, continuando, assim, na liderança do grupo. O jogo do tudo ou nada será disputado no dia 2 do próximo mês quando o Vitória receber a equipa do Marselha. Até lá teremos dois encontros a contar para o campeonato, curiosamente frente aos dois recém-promovidos à primeira liga.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, VITÓRIA ATÉ MORRER!

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