sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Falta de planeamento adequado...

Encerrado o mercado de transferências, está na altura de fazer uma reflexão sobre todas as movimentações no último defeso, no que diz respeito apenas e só ao Vitória Sport Clube.


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Relativamente à equipa profissional do Vitória, registaram-se 12 saídas e 9 entradas. Comecemos pelas saídas. Bernard e Prince eram jogadores emprestados por Atlético de Madrid e Atalanta, respetivamente, tendo regressado aos seus clubes. O mesmo aconteceu com Hernâni e Marega que tinham sido cedidos pelo FC Porto, acabando por regressar ao Dragão em junho. Não esquecendo que, aquando da transferência de Soares, em janeiro, ficou estabelecido no acordo que, em torca, Marega permaneceria no castelo até 2018, algo que não se concretizou, sendo este um assunto sobre o qual os vitorianos ainda questionam. Bruno Gaspar foi vendido à Fiorentina, tal como Josué e Zungu que, na reta final do mercado, saíram para Anderlecht e Amiens, respetivamente. Os três jogadores renderam, ao que parece, entre 8 e 8.5 milhões de euros aos cofres do Vitória. João Afonso saiu para o Córdoba por empréstimo, enquanto que Tozé foi emprestado ao Moreirense. Os outros três jogadores que abandonaram o plantel dos conquistadores foram Ricardo Valente (Marítimo), Rúben Ferreira (Chaves) e Nolan Mbemba (Stade Reims) que, segundo consta, rescindiram contrato.
No que toca às entradas, o Vitória recebeu "apenas" três jogadores emprestados - os centrais Suéliton e Jubal e o extremo Héldon - todos eles com opção de compra no final da temporada. Destaque para a aquisição (parcial) dos passes de Celis, Hurtado e Pedro Henrique, jogadores que estavam emprestados na época transata, permanecendo a título definitivo no castelo, sendo que, para isso, o Vitória tenha desembolsado cerca de 2 milhões de euros. A formação vitoriana reforçou-se, também, com a chegada de dois colombianos para o ataque, o ponta de lança Óscar Estupiñán e o extremo Sebastián Rincón (este último numa autêntica 'novela' após, numa primeira instância, terem sido detetados problemas de saúde), ainda que sem qualquer valor oficial conhecido. Francisco Ramos, médio proveniente do FC Porto, também assinou contrato com os conquistadores, bem como Rúben Oliveira, ex-médio do Feirense. A poucos dias do fecho do mercado, e já com quatro jornadas (e uma supertaça!) disputadas, o Vitória garantiu as contratações do lateral Victor Garcia (ex-Porto) e do médio Wakaso (ex-Lorient). Jogadores como Sacko, Vigário, Marcos Valente, Kiko, Xande Silva e Hélder Ferreira que, na época passada, estavam ao serviço da equipa B, ascenderam à equipa principal. Welthon esteve a um pequeno passo de assinar pelos conquistadores, porém, o negócio não se concretizou para desespero dos vitorianos.
De um modo geral, não se pode dizer que o Vitória se tenha reforçado da melhor forma, sendo que o número de saídas até foi superior ao de entradas. Numa época em que estão quatro competições em disputa (já chegaram a ser cinco...), exigia-se que o Vitória formasse um plantel de qualidade e, claro, com soluções. A qualidade até está lá, não tanta mas está, as soluções é que não. Poderíamos (e deveríamos!) ter ido buscar mais dois ou três reforços. Afinal de contas, esta deveria ser a época de estabilidade, de afirmação, de modo a acordar o tal gigante adormecido. No entanto, no que diz respeito a reforçar o plantel, a direção do Vitória voltou a dar um passo atrás, revelando pouca objetividade e, acima de tudo, pouca ambição. De palavras está o mundo cheio, mas no que toca a ações...a história muda.
A redução do passivo é a desculpa do costume mas isso não chega para explicar a tendência de que, após uma boa época, segue-se uma péssima, e assim sucessivamente... Não sei se vamos terminar o campeonato em 5º ou em 10º mas, para já, e apenas numa primeira instância (esperamos nós...), fica a ideia de que a época foi (muito) mal planeada. Com um investimento mais objetivo e convincente, teríamos maior probabilidade de repetir o feito da época passada, bem como realizar uma boa frase de grupos na Liga Europa, isto é, marcaríamos uma posição a nível interno e tomaríamos o gosto de o fazer externamente. Mas assim, perante toda esta passividade, todos nós ficamos reticentes quanto ao futuro do nosso Vitória. Sim, repito, nosso!
Resumindo e concluindo, o presidente Júlio Mendes até fez um trabalho razoável ao garantir a continuidade de três dos emprestados da época passada e de, na presente temporada, ter reduzido no número de jogadores cedidos por empréstimo. Mas apenas e só nesse aspeto. Porque as razões de queixa são mais e maiores do que os "elogios". Desde a falta de planeamento adequado à pouca ambição - traduzindo-se por ações e não por palavras, claro. A ambição é tão curta como o plantel que temos para disputar as quatro competições. Já está mais do que na altura de aprender com TODOS os erros do passado, e não só com alguns... Os vitorianos são, neste momento, o espelho da decepção e indignação com tudo o que está acontecer, apesar de ainda haver quem mantenha a esperança numa resposta ao mau arranque de temporada.

HÁ RAZÕES PARA ACREDITAR NUM VITÓRIA MAIOR!

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