segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Para quando o ponto de viragem?

Depois do desaire europeu, embora sem grandes brilhantismos, o Vitória voltou aos triunfos ao derrotar o Rio Ave em Vila do Conde por uma bola a zero. Com os resultados em constante oscilação, fica a questão: para quando um ponto de viragem definitivo?

Foto de Vitória Sport Clube.
Foto: Vitória Sport Clube
O Vitória alinhou de inicio com: Douglas; João Vigário, Jubal, Wakaso, Víctor Garcia; Celis, Francisco Ramos, Hurtado; Heldon, Raphinha e Tallo. Devido a uma contrariedade durante o período de aquecimento, Pedro Martins foi obrigado a substituir Pedrão por Francisco Ramos, sendo que a dupla de centrais acabou por ser formada por Jubal e Wakaso. Os primeiros minutos confirmaram aquela que iria ser a tendência do jogo: um Rio Ave com mais bola e um Vitória a tentar sair em contra-ataque sempre que possível. Foi preciso esperar pelo minuto 26' para que surgisse a primeira oportunidade do encontro: Heldon combinou com Tallo e este deixou a bola à mercê de Hurtado que fez um remate completamente desenquadrado. O jogo animou. Pouco depois, Douglas conseguiu travar um potente remate de Rúben Ribeiro e, na recarga, valeu a trave a evitar que Oscar Barreto inaugurasse o marcador com um pontapé acrobático. A cerca de cinco minutos do final do primeiro tempo, eis que Heldon, num lance de tremenda inspiração, passou por dois opositores e apareceu na cara de Cássio para fazer o único golo da partida. Por respeito aos vilacondenses, não festejou.
No segundo tempo era importante que os conquistadores revelassem solidez defensiva para segurar o resultado visto que seria difícil pedir mais, tendo em conta o desgaste físico patente nas mais recentes exibições. Gestão foi a palavra-chave. Novais, de fora da área, obrigou Douglas a uma excelente defesa. Na resposta, Raphinha assustou na conversão de um livre direto. As oportunidades iam aparecendo alternadamente. Tarantini cabeceou à figura de Douglas e pouco depois Raphinha dispôs de três oportunidades de golo num espaço de dez minutos, curiosamente no período de tempo em que o conjunto da casa usufruiu das três substituições. Pedro Martins também respondeu. Sturgeon e Rafael Martins entraram para os lugares de Hurtado e Tallo, respetivamente. A formação vitoriana sentia-se cada vez mais confiante e não dava praticamente nenhum espaço para triangulações no último terço do terreno, nem mesmo com a entrada de Francisco Geraldes. O conjunto orientado por Miguel Cardoso ia tendo bola mas sem criar qualquer perigo. Perto do final, ainda houve tempo para Hélder Ferreira entrar para o lugar daquele que foi o herói da partida.
Em suma, três pontos importantíssimos no estádio da equipa que tem praticado melhor futebol no campeonato português. Uma vitória sem grandes brilhantismos, contudo, justa e oportuna para a equipa que revelou ser mais competente ofensiva e defensivamente. Não é este triunfo que apaga o passado mais recente protagonizado pelos conquistadores, porém, quem sabe se não poderá vir a ser um ponto de viragem para os jogos que se avizinham. Quem sabe... Com este resultado, o Vitória sobe então ao 7º posto da tabela classificativa, em igualdade pontual - 17 pontos - com o 6º classificado (Rio Ave), a seis do Marítimo e a oito do Braga. Na antevisão, Pedro Martins dizia "Há duas equipas que não podem fugir" e, de facto, não podem mesmo. No entanto, para já, estão longe. Bem longe... Uma palavra de apreço para os cerca de mil adeptos que marcaram presença em Vila do Conde a uma segunda-feira à noite, mesmo com a equipa a passar um mau momento...

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!

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