sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Ainda com hipóteses, mas...

Cenário muito complicado, mas não impossivel. Na deslocação à Áustria, o Vitória protagonizou (mais) uma exibição pobre e inunda de erros ao ser derrotado pelo RB Salzburg por três bolas a zero, deixando de depender apenas de si para alcançar o apuramento à próxima fase da Liga Europa.
Foto: ZeroZero
O Vitória alinhou de inicio com: Douglas; Konan, Pedrão, Wakaso, Víctor Garcia; Celis, Francisco Ramos, Hurtado; Sturgeon, Raphinha e Rafael Martins. A fase inicial da partida deu conta das dificuldades que o Vitória ia sentir nas transições ofensivas, assim como naquilo que dizia respeito à falta de solidez defensiva com muito espaço concedido ao ataque austríaco. A meio da primeira parte, Lainer cruzou para a área e Dabbur apareceu solto junto à pequena área para inaugurar o marcador, deixando Víctor Garcia para trás (péssima abordagem à movimentação do atacante) e Douglas pregado ao chão. Nota para um possível fora de jogo de Haidara no lance que deu origem ao 1-0. Pouco depois, Umer esteve perto de fazer o segundo. Decorria o minuto 41' quando a formação vitoriana conseguiu finalmente levar perigo à baliza de Walke: cabeceamento de Rafael Martins à trave. Não marcou o Vitória, marcou o Salzburg. À beira do intervalo, e à semelhança do que tinha acontecido no jogo em Guimarães, eis que surge novo golo austríaco com um remate colocado de Umer perante uma tremenda passividade defensiva. Talvez seja legítimo dizer que foi a chave do encontro.
O segundo tempo trouxe um Salzburg com a estratégia de gerir o resultado e um Vitória a tentar melhorar a má prestação do primeiro tempo. Tentar, claro... À passagem da hora de jogo, Pedrão lesionou-se tendo sido substituído por Jubal enquanto que Heldon rendeu Hurtado. Duas opções que deveriam ter marcado presença indiscutível no onze inicial! As esperanças de o Vitória reduzir e sonhar com o empate caíram por terra quando, a meio do segundo tempo, o coreano Hee-Chan sentenciou a partida com o terceiro golo do conjunto orientado por Marco Rose. Mesmo não tendo feito uma boa exibição Raphinha mostrou-se como um dos mais inconformados da equipa. Assustou Walke na sequência de um livre direto e foi substituído logo de seguida por Helder Ferreira, tendo saído com algumas queixas após a cobrança da falta. Ainda houve tempo para Rafael Martins voltar a levar perigo à baliza adversária, porém, o resultado não mais se alterou.
Haverá algo que possa salvar esta época? Estamos com um pé e meio fora da Taça da Liga, a depender de outros para continuar na Liga Europa e, como se tudo isto não bastasse, o sorteio da última quarta-feira ainda ditou uma deslocação ao Dragão, em meados de dezembro, a contar para os "oitavos" da Taça de Portugal. E "oitavo" é o lugar que o Vitória ocupa na Liga a, curiosamente, oito pontos da posição que deveria constituir o seu principal objetivo, o 4º lugar. Nada corre bem. Talvez porque esta não seja a melhor equipa dos últimos anos. O número de lesões também não tem ajudado... Não duvido da qualidade do plantel. No entanto, é por demais evidente que as alternativas são escassas, um plantel com poucas soluções para disputar quatro competições (já foram cinco...), número esse que está muito perto de baixar novamente, desta vez de forma significativa. Mesmo que em janeiro cheguem reforços - o que duvido seriamente - talvez já seja tarde para inverter o rumo dos acontecimentos. Estamos constantemente a oscilar entre a "boa época" e a "má época", algo que tem de acabar urgentemente para que o Vitória se possa afirmar em definitivo.
Relativamente às contas da Liga Europa... Tudo muito simples e complexo em simultâneo. Com o empate do Marselha em casa do Konyaspor, tanto as equipas em causa como os conquistadores têm possibilidades de se juntarem ao Salzburg, carimbando a passagem à fase seguinte. Se o Vitória vencer o Konyaspor passa a somar 7 pontos, exatamente o mesmo número de pontos que têm os franceses neste momento. Logo, um triunfo na derradeira jornada pode não ser suficiente, a menos que o Salzburg vá a França derrotar a equipa do Marselha, algo que parece pouco provável visto que os austríacos já garantiram o apuramento e também o 1º lugar do grupo. Ou seja, não é preciso grande recurso à calculadora, sabendo que levamos vantagem sobre os franceses no confronto direto, vencer os turcos e esperar por um novo triunfo dos austríacos será suficiente! Improvável, mas não impossível.

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, VITÓRIA ATÉ MORRER!

Sem comentários:

Enviar um comentário