Dois pontos perdidos

Num jogo em que só uma equipa quis vencer, o Vitória acabou por empatar a uma bola frente ao seu homónimo de Setúbal. Um golo dos sadinos ao cair do pano gelou completamente o estádio D.Afonso Henriques que já se preparava para festejar o regresso da formação vitoriana aos triunfos.

Foto: Vitória Sport Clube

O Vitória apresentou-se com várias alterações no seu "onze", da defesa ao ataque. Osório, André André e o trio da frente constituído, então, por Davidson, Ola John e Guedes foram as novidades.
O primeiro tempo ficou marcado pela...falta de oportunidades. Os conquistadores, diga-se de passagem, estiveram quase sempre instalados no meio campo adversário, contudo, tanto conservaram a posse que poucas foram as oportunidades junto da baliza adversária. A falta de objetividade a nível ofensivo imperava. Só Tozé e Davidson tiveram a hipótese de inaugurar o marcador. Do outro lado, Costinha tentou assustar Douglas.
A segunda parte trouxe consigo uma história completamente diferente. Nuno Pinto testou o guardião vimaranense logo no inicio do segundo tempo. A partir daí...só deu Vitória. O da casa, claro. Um cabeceamento de André André quase resultou em golo ao minuto 51'. Mas foi preciso esperar mais dez minutos para que, na sequência de um livre cobrado por Tozé, Osório ganhasse nas alturas e cabeceasse para o primeiro da partida.
A formação vitoriana não tirou o pé do acelerador e nos vinte minutos que se seguiram dispôs de quatro oportunidades para ampliar a vantagem, numa altura em que Luís Castro já tinha lançado Tyler Boyd e Celis. As ocasiões de golo pertenceram a Davidson, Wakaso e ao recém-entrado Celis.
Já com Mattheus Oliveira em campo, os conquistadores ofereceram um pontapé de canto de forma completamente desnecessária aos visitantes e a formação sadina não perdoou. Na sequência desse lance, já em tempo de descontos, Nuno Valente empatou a partida. Balde de água gelada no D.Afonso Henriques.
A infelicidade tomou conta dos homens da casa. Os conquistadores foram os que mais fizeram por ganhar o jogo mas acabaram traídos por um lance que nem sequer deveria ter existido, isto quando já poderiam ter sentenciado a partida antes vezes sem conta. Ao fim de seis jornadas, o Vitória encontra-se a meio da tabela classificativa e soma apenas 7 pontos fruto de duas vitórias, um empate e três derrotas. É fundamental reencontrar o caminho dos triunfos dado que se segue uma deslocação aos Barreiros e um derby minhoto. A qualidade do plantel não condiz com estes resultados medíocres.

Destaque da semana - Sub-23

Futebol de Formação:

No decorrer da semana, os sub-23 do Vitória deslocaram-se a Coimbra para defrontar a formação da Académica. Num jogo de alta intensidade com os nervos à flor da pele, os conquistadores somaram mais três pontos com um triunfo por três bolas a duas. Depois de um golo madrugador da formação local, Tomás Handel e Jefferson Encada deram a volta ao marcador com dois golos em cinco minutos. Antes do intervalo, a Académica chegou ao empate na conversão de uma grande penalidade. Já perto do final, numa bela jogada, Ouattara fechou as contas e deixa agora o Vitória com 10 pontos em 6 jogos disputados, 5 deles fora de portas.
Na receção ao Paços de Ferreira, os juniores do Vitória alcançaram uma goleada por quatro bolas a zero. Os golos foram apontados por Daniel Silva, Theo Fonseca e Mário Curito (2). Com este resultado, os sub-19 ascenderam ao 7º lugar com 7 pontos ao fim de 6 jogos.
Os juvenis não foram além de um empate a uma bola frente ao Palmeiras. Ainda assim, mantêm-se na segunda posição do campeonato com 13 pontos, a três de distância do líder.
Um golo de Gui e um hat-trick de Herculano foram suficientes para carimbar a goleada dos iniciados por 4-0 sobre o Aveleda e permanecer no 2º lugar da classificação com 16 pontos em 6 partidas disputadas.

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Erros atrás de erros

Um dia após a celebração do 96º aniversário do Vitória, a deslocação da equipa principal a Portimão não poderia ter corrido pior. Perante um Portimonense sem qualquer triunfo até então, a formação vitoriana acabou derrotada por três bolas a duas de uma forma completamente escusada...mas justa.

Foto - Zero Zero

Num onze completamente diferente do expectável, as novidades em relação ao jogo anterior acabaram mesmo por ser Rafa Soares, Mattheus Oliveira e Tallo. Welthon e Florent ficaram de fora devido a lesão.
Com apenas cinco minutos decorridos, após uma perda de bola na transição ofensiva, uma bola em profundidade para a área foi suficiente para Najakima atrapalhar João Afonso e inaugurar o marcador. André André tentou responder pouco depois mas o seu remate passou ligeiramente por cima da baliza adversária.
A meio do primeiro tempo, Pedro Sá esteve muito perto de ampliar a vantagem atirando com estrondo ao poste. A permeabilidade defensiva imperava e os cruzamentos sem nexo para a área com apenas um jogador dentro da mesma não tinham fim. As bolas paradas, essas, pareciam que nem eram treinadas.
Numa primeira parte em que o Vitória praticamente não existiu, Luís Castro tentou corrigir os erros do "onze" apresentado com duas substituições ao intervalo. Ola John e Davidson entraram para os lugares de Tozé e João Teixeira, curiosamente os dois médios que nunca deveriam ter saído.
Ainda assim, a formação vitoriana até entrou pressionante. Na conversão de um livre direto, Mattheus Oliveira esteve muito perto de empatar a partida. As substituições foram esgotadas meia hora antes do final com a entrada de Guedes para o lugar de Tallo. Ponta de lança por ponta de lança...
O golo chegaria quinze minutos depois através de uma infelicidade de Jadson num lance extremamente confuso. A meu ver, um lance mal validado, mesmo com recurso ao VAR.
A equipa liderada por Folha não se deixou ficar e respondeu com sucesso logo de imediato. Paulinho passou com facilidade por João Afonso (um jogo para esquecer...) e recolocou a equipa da casa na frente do marcador.
Jackson Martinez voltou aos relvados, desta feita com a camisola dos algarvios, e esteve muito perto de ampliar a vantagem perante os maus alívios do setor defensivo vimaranense.
A cerca de dez minutos do final, um belo trabalho de Ola John no corredor central colocou a partida novamente empatada. Seguiram-se minutos loucos, nomeadamente com várias investidas do Vitória para chegar à tão ansiada reviravolta, ainda que a falha no último passe fosse uma constante.
Contudo, a equipa local voltou a responder. Novamente com a ajuda do setor defensivo vimaranense. Uma falha inacreditável de Sacko isolou Najakima que teve toda a frieza para fazer um chapéu a Douglas. Estava dada a machadada final e, perante as circunstâncias, mais do que justa.
Uma completa sucessão de erros desde a equipa técnica aos jogadores só poderia culminar nisto. É incompreensível como é que Mattheus chega e é logo titular. Tal como a insistência em Tallo: um quarteirão de jogos e apenas dois golos. Nos jogos em que não foi titular, o Vitória ganhou. Nos jogos em que o foi, o Vitória perdeu. Mera curiosidade? E por falar em curiosidades...todos os jogos nos quais o Vitória esteve envolvido até ao momento acabaram sempre ou 1-0 ou 3-2.
Há ainda muito a melhorar. Dada a qualidade do plantel exige-se muito mais do que aquilo que se tem visto. As duas semanas sem competição não revelaram qualquer melhoria. Esperava-se um processo de jogo mais objetivo, com as ideias definidas e mais atitude.
Uma palavra ainda para as centenas de vitorianos que fizeram 1200 km num curto espaço de tempo. Ainda para mais com um jogo no sul do país às 20:30 de um domingo. Outro dado incompreensível.

Equipa B e Futebol de Formação:

Destaque da semana - Juvenis (Foto: Vitória Sport Clube)

O Vitória B recebeu o Leixões no estádio D.Afonso Henriques e acabou derrotado por duas bolas a zero com um golo em cada parte do jogo. Com este resultado, a formação liderada por Alex permanece com quatro pontos na 13ª posição.
Também em juniores a equipa de Matosinhos superiorizou-se aos conquistadores que, na deslocação ao reduto adversário, perderam por 1-0, encontrando-se agora na penúltima posição, também com quatro pontos.
Os juvenis deslocaram-se ao terreno do Barroselas e golearam a formação local por dez bolas a zero, mantendo-se firmes na perseguição ao líder com 12 pontos conquistados em 5 jogos.
Nos iniciados, o Vitória visitou o reduto dos Limianos tendo vencido por 1-4. Os sub-15 ocupam agora a terceira posição com 13 pontos.

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Um desfecho diferente

Se é verdade que o Vitória protagonizou uma boa exibição no primeiro jogo oficial da temporada - diante do Tondela a contar para a Taça da Liga - e acabou por sair derrotado, também não deixa de ser verdade que, desta vez, aconteceu precisamente o contrário. Exibição fraca com resultado positivo. Valeu o golo solitário de Wakaso.

Foto: Vitória Sport Clube

Após o triunfo moralizador no estádio do Dragão, Luís Castro voltou a mexer no onze, dando a titularidade a Davidson e a Tozé. André André ficou de fora da ficha de jogo devido a uma gripe.
O Tondela, à semelhança do que tinha feito há um mês, deu a iniciativa de jogo ao adversário numa tentativa de explorar o contra-ataque - a melhor arma dos beirões. O filme acabou por ser o inverso do desejado pela equipa de Pepa. Isto porque, à passagem do minuto 18', Tozé cobrou um livre na esquerda do ataque e João Afonso penteou a bola para que Wakaso inaugurasse o marcador com um cabeceamento fulminante.

Minuto 14' - Homenagem a Medarious, lesionado gravemente e com a carreira em risco

A partir daqui...uma nova história. Uma nova estratégia. Os beirões tiveram que fazer pela vida e subir as suas linhas de modo a chegar ao empate. Até ao final da primeira parte, Arango e Bruno Monteiro ainda ameaçaram a baliza de Douglas mas sem grande perigo.
No segundo tempo, mais do mesmo. O Vitória apresentou-se com um bloco defensivo mais recuado (e mais estável por sinal) mas revelou muitas dificuldades em sair a jogar, permitindo que o Tondela dividisse o jogo e chegasse a ter períodos de maior ascendente.
Nesse sentido, Luís Castro lançou Pepê e Ola John e, mais tarde, Tyler Boyd. Contudo, o erro de definição no último terço teimava em não desaparecer. Só por uma vez a formação vitoriana tentou levar perigo à baliza de Cláudio Ramos com um remate desenquadrado de Welthon. A falta de profundidade no ataque era por demais evidente.
A polémica instalou-se ao minuto 85'. Wakaso foi expulso por acumulação de amarelos num lance em que foi o ganês a sofrer a falta. Seguiu-se uma situação talvez inédita: o VAR interveio em benefício do Vitória ao alertar Nuno Almeida para ir ver o lance. O camisola 25 esperou junto do túnel, regressou e ainda viu Arango ser expulso no seu lugar. É caso para dizer: aleluia!
O resultado não mais se alterou ainda que Tozé tenha tido nos pés uma grande oportunidade para ampliar a vantagem no final da partida. O primeiro triunfo caseiro coincidiu com o primeiro golo numa primeira parte e com o primeiro jogo sem sofrer golos.
Apesar do segundo triunfo consecutivo, ainda há muito a melhorar. Sobretudo a nível ofensivo. É inexplicável como, ao fim de cinco jogos oficiais, ainda nenhum dos quatro pontas de lança tenha abanado as redes da baliza adversária. O empréstimo de Mattheus Oliveira vem acrescentar qualidade à equipa, contudo, gera também uma certa abundância de opções no setor intermediário. Desnecessário? Talvez.
Seis pontos obtidos (em doze possíveis) até esta paragem no campeonato não é preocupante, principalmente olhando ao calendário já traçado. É curioso que depois de uma derrota forasteira de 3-2 e uma derrota caseira de 1-0, o Vitória tenha respondido com um triunfo forasteiro de 3-2 e um triunfo caseiro de 1-0.
Nota ainda para os mais de 20 mil vitorianos que marcaram presença no Estádio do Rei. Únicos!

Os sub-23 receberam o homónimo de Setúbal no D.Afonso Henriques e, apesar de terem sido a equipa a marcar o primeiro e o último golo da partida, acabaram derrotados por três bolas a duas. Handel e Azis apontaram os golos. Os conquistadores encontram-se no 11º lugar com quatro pontos em quatro jogos.
Os juniores deslocaram-se ao reduto do Boavista, onde empataram a uma bola com os axadrezados.
Para a terceira jornada do campeonato de juvenis, ficou reservado o derby minhoto disputado em Guimarães. Depois de um nulo ao intervalo, o Vitória inaugurou o marcador no inicio do segundo tempo, permitiu o golo do empate e, logo a seguir, voltou a colocar-se na frente do marcador. Na reta final da partida, o Braga empatou de penalty e carimbou a reviravolta nos últimos minutos. Ainda assim, os sub-17 encontram-se no 3º lugar com seis pontos.

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!