quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Encontraremos duas chaves para o Jamor!

Foi precisamente no Complexo Desportivo da Covilhã que a formação vitoriana carimbou o apuramento para as "meias" da Taça de Portugal, tendo derrotado o Sporting da Covilhã por 0-1 com a preciosa ajuda das centenas de vitorianos que fizeram cerca de 300 km a meio da semana para apoiar o seu clube. Desde o inicio da época que o Vitória encarou esta prova com um claro objetivo: chegar à final e, claro, vencer. A ambição é enorme. As hipóteses são claramente consideráveis. Mas para isso teremos que eliminar a equipa de Chaves que tem feito uma excelente época.


Foto de Vitória Sport Clube.

Começo por fazer referência à nossa massa associativa. Sim, mais uma vez. É incrível como num jogo às 18:30 de uma quarta-feira, numa cidade que fica a 300 km de Guimarães, o Vitória consegue levar as centenas de adeptos que hoje levou. Já para não falar do frio que se fez sentir... Uma massa associativa sem igual neste nosso Portugal.
Quanto ao jogo, mais uma exibição cinzenta. Mais disputado do que propriamente bem jogado, como já seria de prever. Soares e Hernâni foram os autores das principais oportunidades criadas pelos conquistadores na primeira parte. Mas de salientar aquela que foi a oportunidade mais flagrante dos primeiros 45 minutos, a perdida de Hernâni. Na sequência de um livre direto, o guarda-redes do Sp.Covilhã defendeu para a frente e a bola ficou à mercê do número 9 que com a baliza escancarada atirou ao poste da baliza de Igor.
Se na primeira parte houve mais Vitória, apesar das poucas oportunidades, esperava-se que nos segundos 45 minutos o Vitória acentuasse o seu domínio. Mas não... A equipa entrou mal e não estava a corresponder ao que se queria, nem de perto nem de longe. Nesse sentido, Pedro Martins procedeu à troca de João Aurélio por Bernard, projetando uma ideia claramente mais ofensiva. No entanto, isso também foi originando alguns contra-ataques por parte do adversário que, em boa verdade, esteve 65 minutos sem rematar à baliza, mas que depois obrigou Miguel Silva a encaixar por três vezes num curto espaço de tempo. Quando parecia que era a equipa orientada por Filipe Gouveia a estar mais perto do golo, eis que Soares dispôs de uma excelente oportunidade para inaugurar o marcador...mas falhou.
O frio tem a tendência de congelar. Mas no caso dos adeptos do Vitória, o efeito parecia exatamente o contrário. Os adeptos saltavam e entoavam cânticos de apoio à equipa. Cada vez mais alto. Não se cansavam. E foi então que, do nada, Josué subiu pelo flanco direito, a bola sobrou para Bruno Gaspar depois de um toque de Raphinha e o número 76 do Vitória foi até à linha de fundo para cruzar para Hernâni que estava completamente sozinho ao segundo poste e, desta vez, não tremeu na hora do remate. Estava feito o primeiro (e único) golo da partida! Repetia-se o filme do jogo em Arouca, no qual o Vitória também tinha inaugurado o marcador nos últimos 10 minutos da partida, também por intermédio de Hernâni. E não foi só nesse aspeto... Toda a equipa foi festejar junto dos seus adeptos, adeptos esses que saltaram da bancada para ir até junto dos painéis publicitários que estavam no local. Os mesmos voltaram a sofrer estragos... Um golo imensamente festejado que viria a revelar-se decisivo na eliminatória.
Nota (negativa) ainda para as substituições de Pedro Martins na reta final da partida. Até considerei admissível tirar um avançado e meter um central, apenas para conservar a vantagem mínima alcançada há instantes. No entanto, ter tirado outro avançado para meter outro central já pode levar a outras interpretações... Até porque não foi propriamente jogar pelo seguro! Se o Sp.Covilhã tivesse marcado naquele livre direto aos 94' - algo que esteve bem perto de acontecer não fosse o jovem guarda-redes Miguel Silva - o Vitória iria jogar um eventual prolongamento com quatro (!!!) centrais.
Muita bola para a frente! Cruzamentos pouco objetivos! Excessiva aposta no jogo aéreo (com a agravante do vento)! Acentuação da troca de bola entre a defesa e o guarda-redes (e neste caso todos sabemos que Miguel Silva ainda tem muito para melhorar no jogo com os pés)! Sem fio de jogo! Todos estes fatores caracterizaram uma exibição muito apagada por parte da formação vitoriana. Valeu pelo carimbo do acesso às meias finais! Depois dos tais 16 jogos consecutivos sempre a marcar, iniciámos uma série de 3 jogos em branco de forma surpreendente e hoje...voltámos aos golos. O primeiro jogo contra o Chaves será em Guimarães e o segundo será em Trás-os-Montes. Há quem preferisse que fosse ao contrário, mas o objetivo é claro: vencer rumo ao Jamor!
O próximo jogo é em Braga e aí teremos a possibilidade de nos aproximarmos do 3º e do 4º lugar, sendo que podemos ficar a dois pontos do nosso rival. Mas para isso é preciso vencer a formação orientada por Jorge Simão, que também não tem praticado bom futebol. Há vários anos que não vencemos o nosso rival quando joga na condição de anfitrião, a equipa de Pedro Martins poderá fazer história? Provavelmente. É derby! Basta ter cabeça e jogar com garra e ambição.
Algumas notícias têm dado conta das saídas de João Pedro e Soares. No caso do médio português, o mesmo poderá rumar à América para representar a equipa dos Los Angeles Galaxy. Relativamente a Soares, ao que parece o Vitória para além de ter recebido uma proposta chinesa, também viu o Porto a entrar na corrida e a oferecer cerca de 7M pelo avançado brasileiro. Falando-se ainda numa possível troca com André André (ou Sérgio Oliveira) para rumar a Guimarães a título definitivo. A seu tempo tudo se saberá... Esperemos é que a equipa esteja focada e na máxima força para o derby que se avizinha!

FORÇA VITÓRIA!

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