Pés bem assentes na terra! Estamos cada vez mais perto do Jamor mas ainda nos falta encontrar a outra chave! Ainda há uma segunda mão para ser disputada e é necessário encarar esse jogo como outra verdadeira final. O mais importante foi conseguido: o triunfo. Era importante não sofrer golos e não só conseguimos isso como ainda acabámos por ganhar por dois golos de diferença. Repito, estamos perto! Mas aqueles que pensam que já carimbámos o passaporte para a final da Taça de Portugal...que se desenganem! Nada está garantido...
A primeira mão da meia-final disputada entre Vitória e Chaves teve de tudo! Ou quase tudo. Durante alguns momentos chegou mesmo a ferver... Bom jogo de futebol, mas com alguma polémica à mistura ainda que o árbitro da partida tenha feito um trabalho minimamente razoável.
A primeira oportunidade de perigo pertenceu ao Vitória. Oportunidade essa que foi concretizada! Decorria o minuto 10' quando Bruno Gaspar cruzou para a área, Hurtado cabeceou, Celis ajudou e a bola ficou à mercê de Hernâni que fez um pontapé de bicicleta inaugurando, assim, o marcador. Um golaço! Um golo com muita classe, daqueles de fazer levantar todo o estádio! O Chaves foi em busca do golo do empate e esteve perto de o conseguir à passagem do minuto 19'. Não fosse o guarda-redes Miguel Silva a impedir que tal acontecesse com uma excelente saída. No minuto seguinte, o nosso setor defensivo permitiu outra jogada semelhante e o médio Fábio Martins até esteve perto de marcar. No entanto, preferiu mandar-se para a piscina, face a expressão, após ter sido tocado ao de leve pelo central Josué dentro da área. Os conquistadores estiveram perto do 2-0, no entanto Sturgeon acabou por desperdiçar uma oportunidade soberana, após um cruzamento oriundo do corredor direito. Aos 26' minutos, o árbitro decidiu assinalar penalty para a equipa do Chaves após a bola ter tocado no tronco de Pedro Henrique. Árbitro esse que voltou atrás na sua decisão de forma inteiramente correta! Os 2000 adeptos que viajaram de Chaves até Guimarães protestavam...mas sem razão. O jogo foi arrefecendo e o Vitória ia então para o intervalo a vencer pela margem mínima.
Esperava-se que o conjunto orientado por Ricardo Soares tentasse assumir o jogo na segunda parte para chegar ao golo do empate, sendo que a estratégia da formação vitoriana passaria por apostar no contra-ataque apoiado nas suas referências ofensivas. Contudo, o GD Chaves acabou por não criar oportunidades verdadeiramente flagrantes nos segundos 45 minutos... Aos 57 minutos, Sturgeon voltou a falhar o alvo. Vinte minutos depois, Tozé - na primeira vez que tocou na bola - fez um passe magistral que isolou Hernâni e o extremo emprestado pelo FC Porto não tremeu na hora do remate. Estava feito o 2-0! Logo a seguir, Marega teve nos pés a oportunidade de fazer o 3-0, no entanto não conseguiu dar seguimento a uma boa jogada entre Hernâni e Bruno Gaspar. A equipa de Trás-os-Montes ainda apertou nos minutos finais mas mostrou-se ineficaz... Ineficácia essa que em muitos jogos também já assombrou a equipa liderada por Pedro Martins. É certo que o nosso adversário teve mais posse de bola e também mais remates, mas nós é que dispusemos das melhores oportunidades. As mais flagrantes, é claro...
O árbitro Bruno Esteves, de um modo geral, esteve bem nos lances que suscitaram maior dúvida. O maior erro foi ter exagerado na amostragem de cartões amarelos. Dualidade de critérios? Foram mostrados 6 amarelos ao Vitória contra 1 do Chaves num jogo em que - ironicamente - as equipas até fizeram o mesmo número de faltas. Mas nem é isso que está em questão... Alguns amarelos condicionaram, desde logo, a ação dos jogadores que foram punidos...sem necessidade.
Ora, estamos mais perto de regressar a um sítio onde fomos verdadeiramente felizes em 2013, mas que ninguém dê isso por garantido. Sem euforias! É obrigatório apresentarmo-nos na máxima força no jogo da segunda mão! Só assim é que poderemos encontrar as "chaves" para o Jamor. Uma já está, falta a outra. E tal só será possível se encararmos a segunda mão - no inicio de abril - com bastante seriedade e respeito pelo adversário. Marcar um golo no reduto do Chaves implica que o nosso adversário passe a estar obrigado a marcar quatro (!!!) para sonhar com uma ida ao Jamor.
Agora o foco volta a ser novamente o campeonato! Segue-se uma deslocação a Alvalade. O Sporting atravessa um clima de instabilidade interna com repercussões a nível de resultados, clima esse que é justificado essencialmente pelas eleições dos verdes e brancos que serão realizadas no dia 4, em vésperas de jogo. O resultado eleitoral pode, desde logo, devolver a estabilidade ao plantel leonino. Da mesma forma, também pode haver uma acentuação da tal instabilidade. O Vitória terá que estar preparado e precavido para poder pontuar em Alvalade. Após duas vitórias consecutivas, há razões para acreditar nisso. Ainda para mais não sofremos golos em nenhum dos dois jogos. Algo que, em boa verdade, até tem sido raro quando os conquistadores jogam no estádio do Rei.
E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!
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