segunda-feira, 24 de julho de 2017

Análise à primeira derrota da pré-época

O Vitória somou a primeira derrota da pré-época ao ter perdido o Troféu Cidade de Guimarães para o FC Porto, com o resultado final de 0-2. No geral, os conquistadores não protagonizaram uma boa exibição. A juntar a isso, os erros individuais foram notórios e acabaram por ser determinantes nos dois golos sofridos a meio do primeiro tempo.

Foto de Vitória Sport Clube.


O conjunto orientado por Pedro Martins alinhou de inicio com Douglas, Sacko, Moreno, Josué, Vigário, Rafael Miranda, Zungu, Tozé, Raphinha, Sturgeon e Texeira. Um onze inicial sem qualquer reforço. A primeira oportunidade de perigo - tal como as outras que se seguiram - pertenceu ao adversário. Otávio esteve muito perto de marcar à sua ex-equipa, após uma perda de bola de Sacko. Poucos minutos depois, Alex Telles cruzou para a área e Soares atirou à barra. As ameaças iam adquirindo volume e isso resultou em dois golos a serem marcados em apenas cinco minutos, à semelhança do último jogo da época anterior. Decorria o minuto 21', quando Rafael Miranda fez um passe arriscado para Moreno, Aboubakar foi oportuno ao aproveitar a escorregadela do central português, correu 30 metros com a bola nos pés e inaugurou o marcador. Como se não bastasse um erro defensivo, eis que surge um segundo cinco muitos depois. Marcano assistiu Soares que, devido a uma má abordagem defensiva de Josué, conseguiu intrometer-se entre os centrais e Douglas, desviando a bola para o segundo golo do jogo. A equipa agora liderada por Sérgio Conceição entrou na partida com um ritmo alucinante e à passagem do minuto 26' já vencia por 2-0. O ritmo baixou, mas nem assim o Vitória conseguiu assustar Casillas, ainda que seja de realçar as tentativas de longe de Tozé e Zungu. Uma péssima primeira parte sem oportunidades de perigo criadas pela formação vitoriana.
Na segunda parte, Pedro Martins decidiu lançar jogadores como João Aurélio, Celis, Hurtado, Kiko, Heldér Ferreira (estes cinco logo após o intervalo) Francisco Ramos, Estupinan e Rafael Martins. O Vitória entrou com outra atitude, mas isso não foi suficiente para abanar as redes da baliza adversária. Nem mesmo com a expulsão de André André ao minuto 52' devido a uma entrada dura sobre o peruano Hurtado. A primeira (e única) oportunidade flagrante aconteceu à passagem do minuto 61'. José Sá foi pressionado e os conquistadores recuperaram a bola, sendo que na sequência desse lance, Hurtado cruzou para Texeira e o uruguaio até conseguiu desviar a bola do guardião português, mas Felipe cortou-a em cima da linha. Mesmo em inferioridade numérica, os azuis e brancos podiam ter chegado ao terceiro golo com Ricardo Pereira a ser o principal protagonista. Com a entrada de Estupinan, o processo ofensivo dos conquistadores adquiriu mais rapidez e maior consistência, mas foi Rafael Martins que tentou a sua sorte por duas vezes com remates potentes de fora da área. A falta de concentração foi, portanto, determinante no resultado final. E mesmo com mais um jogador durante cerca de 40 minutos, o conjunto orientado por Pedro Martins não foi capaz de recuperar de uma desvantagem de dois golos. O estado do relvado não serve como desculpa, mas o que é certo é que a remodelação do tapete do estádio só foi concluída no dia anterior ao jogo e isso pode ter tido alguma influência no rendimento dos jogadores após tantas escorregadelas, tanto que logo após o primeiro golo sofrido vários foram os jogadores que mudaram de chuteiras.
A estabilidade é um dos ingredientes essenciais para a realização de uma boa época. Porém, a falta dela pode surtir os efeitos contrários aos pretendidos. Foi a primeira derrota da pré-época, mas fica a ideia de que o Vitória deveria reforçar-se com mais dois ou três jogadores, principalmente no que diz respeito às laterais. Vão ser disputadas cinco competições e o ideal seria ter um plantel estável com soluções à altura do que vai ser exigido.

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!

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