Foto: Vitória Sport Clube |
Após uma excelente primeira parte - talvez a melhor da época - esperava-se que, no segundo tempo, o Vitória desse seguimento ao ritmo que ia apresentando até então, desde que com graus de eficácia mais elevados. E assim foi... Ou mais ou menos. O jogo aqueceu quando, à passagem do minuto 63', Fábio Veríssimo exibiu dois cartões vermelhos diretos - um para cada lado - por supostamente Jubal e Zainadine estarem a trocar palavras menos amigáveis, ainda que sem qualquer tipo de agressões ou coisa que se parecesse. Uma decisão incompreensível. Refira-se que foi o facto de o árbitro de 34 anos ter interrompido o jogo para assistência médica a Ricardo Valente (pela segunda vez) que provocou o desentendimento entre os dois jogadores. Um 10 vs 10 inevitavelmente criava mais espaços, no entanto, Pedro Martins prescindiu da substituição imediata para colocar um central que rendesse Jubal e arriscou com as armas que tinha, jogando apenas com um central de raiz. Após cruzamento de Raphinha, Bebeto esteve perto de fazer um auto golo. Pouco depois, na sequência de um pontapé de canto, Wakaso subiu mais alto para desviar a bola mas Hurtado não chegou a tempo da emenda. O Vitória não desistia e insistia. Heldon, com um cruzamento-remate, obrigou Charles a defender para canto. E foi precisamente através desse lance que os conquistadores chegaram ao 2-1. Cruzamento de Raphinha, desvio de Fábio China, e junto ao segundo poste apareceu Heldon no sitio certo e à hora certa. A intensidade que o Vitória colocou no jogo foi baixando, fruto do golo alcançado. Nesse sentido, Marcos Valente substituiu Heldon e Hélder Ferreira entrou para o lugar de Hurtado. Até ao final do jogo, destaque para uma grande oportunidade (mais uma) de Raphinha e, já em tempo de descontos, Eder Bessa atirou ao poste na conversão de um livre direto.
Ambos os clubes celebraram o seu aniversário ao longo da semana, mas só um é que teve direito a prenda de aniversário, sendo que os conquistadores dispuseram de quase uma dezena de oportunidades, mas apenas converteram duas. Na antevisão ao encontro, Pedro Martins afirmou que a equipa precisava de revelar maior rapidez e consistência na circulação da bola e isso foi colocado em prática desta vez. Começam a faltar palavras para descrever os vitorianos. Hoje foram 18 mil os espectadores presentes no estádio que, mesmo debaixo de chuva, empurraram a equipa para a glória de uma forma incrível. As pessoas normais tentam abrigar-se da chuva, mas as claques do Vitória fogem à regra, dado que na segunda parte "avançaram no terreno" - naquilo que diz respeito à extensão da bancada do topo sul - de modo a ficarem uma boa parte do jogo debaixo de chuva (sendo que antes estavam protegidos da mesma) dando ênfase ao célebre cântico "E a chuva para nós é sol". Não há amor como este! Em jeito de conclusão, triunfo sofrido, mas tão justo quanto incontestável ao rubricar uma exibição sólida, segura e pragmática, com doses de injeção de moral, e com o regresso aos triunfos antes de mais uma jornada europeia.
E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!
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