sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Estamos na luta!

No jogo do tudo ou nada, o Vitória colocou todas as fichas em campo e venceu o Marselha por uma bola a zero de forma inteiramente justa, tendo alcançado o segundo triunfo consecutivo esta época, algo que ainda não tinha acontecido. Uma boa noite europeia que nos dá razões suficientes para acreditar na passagem à fase seguinte, estamos na luta!

Foto de Vitória Sport Clube.
Foto: Vitória Sport Clube
O Vitória alinhou de inicio com: Miguel Silva, Konan, Jubal, Marcos Valente, João Aurélio, Wakaso, Francisco Ramos, Hurtado, Raphinha, Heldon e Rafael Martins. A primeira meia hora de jogo foi marcada por alguma passividade de parte a parte. Desde o inicio que a formação vitoriana quis mostrar que iria lutar pelos três pontos até à exaustão, criando algumas jogadas de relativo perigo, mas falhando (quase) sempre no último passe. Marcos Valente não chegou a tempo da emenda, pouco depois foi Heldon a fazer um remate desenquadrado após cruzamento de Raphinha. O conjunto orientado por Rudi Garcia fez dois remates enquadrados com a baliza, ambos por N'Jie (28' e 42'), ainda que sem grande perigo para o guardião Miguel Silva. Pelo meio, Rafael Martins dispôs de duas oportunidades para marcar. A passe de Konan e na pequena área, viu o seu remate ser desviado para canto. Dois minutos a seguir, após cruzamento de Raphinha, apareceu em zona de matador mas o seu cabeceamento saiu muito ao lado. O mesmo aconteceu do outro lado com Sanson, naquela que foi a última oportunidade do primeiro tempo.
Depois do descanso os conquistadores perderam gás, perante um Marselha mais veloz a ter a sua única oportunidade do segundo tempo por intermédio de N'Jie que apareceu isolado na cara de Miguel Silva. E foi a partir desse momento que o Vitória começou a crescer no jogo. Aos 64 minutos, e após um grande contra-ataque conduzido por Rafael Martins, eis que o ponta de lança brasileiro abdicou de entregar a bola a Heldon ou a Raphinha (num 3 para 2...), mandando uma bomba à trave. Cinco minutos depois, o mesmo jogador ficou a pedir penalty num lance com Amavi e na insistência Raphinha obrigou Mandanda a uma defesa apertada. Os conquistadores não tiravam o pé do acelerador e sentiam cada vez mais a necessidade de marcar num jogo em que estava em causa a continuidade na prova europeia. Era preciso mexer com o jogo e, nesse sentido, Pedro Martins lançou Helder Ferreira para o lugar de Raphinha. À passagem do minuto 80', eis o momento do jogo: cabeceamento fulminante de Hurtado a corresponder ao grande cruzamento de Heldon com conta, peso e medida. Um golo imensamente festejado no estádio D.Afonso Henriques! O tempo de reação dos franceses era escasso. Victor Garcia e Moreno substituiriam João Aurélio e Hurtado, respetivamente, seguindo a lógica mais óbvia de segurar o resultado conseguido até então. Ainda houve tempo para a expulsão de Kamara por acumulação de amarelos, após uma entrada perigosa sobre Francisco Ramos já em cima do minuto 90'.
Em jogos deste calibre, acaba por haver sempre algum tipo de polémica em Guimarães. Desta vez, envolveu os adeptos e os jogadores do Marselha em confronto, após uma troca de palavras entre os franceses e Patrice Evra, jogador que foi expulso ainda antes do inicio do jogo devido à agressão a um dos adeptos durante o período de aquecimento. No outro jogo do grupo, o Salzburgo não foi além de um nulo na receção ao Konyaspor. Assim, os austríacos continuam líderes com 8 pontos, o Marselha é segundo com 6 e seguem-se Vitória e Konyaspor com 4 pontos conquistados. Na eventualidade de se verificar igualdade pontual com o Marselha, os conquistadores ganham no confronto direto. Podemos continuar a sonhar com o apuramento, ainda que com a calculadora na mão de forma permanente. Vencer os dois jogos que nos restam é suficiente para passar à fase seguinte, isso é uma garantia. Porém, para isso, é preciso ter um Vitória tão ou mais competitivo como aquele que se apresentou ontem. Acreditar? Sempre!

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!

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