domingo, 5 de novembro de 2017

Pecados (im)previsíveis

Num jogo quente com os nervos à flor da pele e alguma polémica à mistura, repetiu-se o resultado do jogo da Supertaça. Derrota por três bolas a uma frente ao Benfica.
Foto de Vitória Sport Clube.
Foto: Vitória Sport Clube
O Vitória alinhou de inicio com: Miguel Silva, Konan, Jubal, Marcos Valente, Víctor Garcia, Rafael Miranda, Celis, Francisco Ramos, Heldon, Raphinha e Tallo. Sem Hurtado no banco devido ao facto de já estar na seleção peruana (algo que não se percebe...), Pedro Martins acabou por ser surpreendido com o 4-4-3 apresentado pelos encarnados. Viveram-se momentos de alta tensão nos minutos iniciais da partida. O jogo esteve interrompido por meia dúzia de minutos devido a incidências no topo sul após uma excessiva carga policial sobre os vitorianos, o que levou mulheres e crianças a terem que fugir para a zona do relvado. A meio da primeira parte, eis que surge a primeira oportunidade do encontro, aproveitada por Jonas. Krovinovic combinou bem com André Almeida e o lateral português assistiu o brasileiro para o primeiro golo da partida. Os conquistadores revelaram várias dificuldades nas transições, quer ofensivas, quer defensivas. À beira do intervalo, Salvio apareceu na cara de Miguel Silva, mas o guardião português levou a melhor e negou o golo.
A correr atrás do prejuízo, o intervalo trouxe um Vitória diferente: mais audaz e objetivo. Empurrados pelo público (cerca de 25 mil espectadores), os conquistadores construíram variadíssimas jogadas de perigo que encostaram os encarnados lá atrás durante os primeiros 20 minutos do segundo tempo. Na sequência de um livre causado por uma mão de Svilar fora da área, Raphinha ainda assustou o belga. Pouco depois foi a vez de Heldon com um remate de longe. Rui Vitória sentia que o tapete lhe estava a fugir dos pés e lançou Samaris com o claro intuito de segurar o resultado. Pedro Martins arriscou e respondeu com a troca de um trinco (Rafael Miranda) por um ponta de lança (Rafael Martins) e pouco depois com a substituição forçada de Jubal para dar lugar a Moreno. À passagem do minuto 76', ironia do destino, Samaris correu vinte metros com a bola e atirou para o segundo golo. A formação vitoriana acusou o pouco tempo de descanso e, no contra-golpe seguinte, sofreu o terceiro com um grande golo de Salvio. Já com Rincón em campo, Rafael Martins aproveitou a passividade da defensiva encarnada para reduzir a desvantagem aos 85 minutos. Em tempo de descontos, André Almeida cometeu falta sobre o brasileiro dentro da grande área, mas Tallo desperdiçou o penalty.
Depois de dois triunfos consecutivos esperava-se que um Vitória motivado tivesse capacidade para fazer estragos, de modo a disputar os três pontos até à exaustão. Infelizmente, isso não aconteceu. Luisão devia ter sido expulso ao minuto 72' (ou até mesmo antes) quando o marcador registava um 0-1, a partir daí tudo seria diferente. Tendo em conta aquilo que foi o filme da segunda parte, a formação vitoriana merecia mais... O Vitória continua sem conseguir pontuar frente ao Benfica desde a saída de...Rui Vitória. Perante todo este cenário, a formação vitoriana ocupa agora o 8º lugar a oito pontos de distância de uma posição europeia. É certo que ainda só estamos na 11ª jornada (1/3 do campeonato), mas seguem-se dois jogos fora de portas a contar para o campeonato - Vila do Conde e Bonfim - sendo que é muito importante vencer ambos os jogos. Antes disso, os conquistadores vão disputar três jogos nas outras três competições: receção à Oliveireirense (TL), receção ao Feirense (TP) e visita a Salzburg (LE).

ACONTEÇA O QUE ACONTECER, VITÓRIA ATÉ MORRER!

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