terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Ao cair do pano

De um lado, uma equipa que procurava os três pontos. Do outro, o antijogo como sendo a arma para a conquista de um ponto. Eis o castigo perfeito: um triunfo por uma bola a zero alcançado no penúltimo minuto do tempo de descontos.

Foto de Vitória Sport Clube.
Fonte: Vitória Sport Clube
O Vitória alinhou de inicio com: Douglas; João Aurélio, Jubal, Pedrão, Víctor Garcia; Rafael Miranda, Celis, Sturgeon; Heldon, Raphinha e Tallo. Numa primeira parte com poucas oportunidades de golo, os conquistadores não concederam qualquer aproximação do Feirense à nossa baliza. A estratégia da equipa orientada por Nuno Manta Santos passava mesmo por aí, entregar a iniciativa de jogo ao Vitória que, num jogo de sentido único, não evidenciava qualquer objetividade no critério ofensivo. Num livre cobrado por Raphinha, Pedrão cabeceou ao lado. A meio da primeira parte, Francisco Ramos rendeu o lesionado Celis. Perto do intervalo, Tallo ofereceu a bola a Raphinha mas o extremo brasileiro rematou ao lado com a bola a passar a centímetros da baliza defendida por Caio Secco.
Numa segunda parte marcada por um constante anti jogo por parte do conjunto de Santa Maria da Feira, o tão desejado golo tardou mas chegou. À passagem da uma hora de jogo, Raphinha cruzou para a área e Hélder Ferreira - tocando pela primeira vez na bola após substituir Heldon - esteve muito perto de inaugurar o marcador. Tallo ainda chegou a introduzir a bola dentro da baliza, porém, o lance foi invalidado pelo árbitro assistente devido a fora de jogo. Já com Estupiñán em campo - que rendeu Sturgeon - Rafael Miranda com um cabeceamento fulminante viu o guarda redes da equipa adversária a negar-lhe o golo. Eis que chega o minuto sagrado: o minuto 95'. Raphinha cobrou uma falta na zona do meio campo, Caio Secco sacudiu a bola e deixou-a à mercê de Hélder Ferreira que revelou a frieza necessária para atingir a glória. Um golo imensamente festejado que fez explodir o Estádio D.Afonso Henriques.
É caso para dizer que o segredo estava no banco! Este foi o castigo perfeito para uma equipa que, a jogar em Guimarães pela terceira vez esta época, decidiu jogar para o pontinho. Alguma vez referi o nome do Douglas nesta crónica à exceção do lançamento do onze inicial? Pois bem, isso mostra bem aquele que foi o fio condutor de toda a partida. Só houve uma equipa que procurou o triunfo e, felizmente, conseguiu-o. E ao cair do pano até tem outro sabor, confesso. Três pontos importantes que nos permitem continuar a partilhar a 6ª posição com a formação do Rio Ave, a quatro pontos do Marítimo e a cinco do Braga. Segue-se uma cartada importante na Taça de Portugal. Venha o Dragão!

E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!

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