Foto: ZeroZero |
Pedro Martins mexeu na equipa, lançando Rafael Martins e Kiko para os lugares de Heldon e Francisco Ramos, respetivamente. O Moreirense chegou a estar perto do terceiro por intermédio de Cadiz. No contra-ataque, Raphinha descobriu Rafael Martins e este não teve a frieza necessária para reduzir. Bem como o cabeceamento de Jubal pouco depois. Decorria o minuto 65' quando o Vitória voltou a reclamar grande penalidade e, desta vez, Nuno Almeida apontou para a marca dos onze metros após mão clara de Alfa na grande área. O mesmo árbitro recorreu ao VAR e voltou atrás na decisão. Erradamente. Um lance que poderia ter alterado o rumo dos acontecimentos. De cabeça perdida, a formação vitoriana ficou reduzida a dez com a expulsão do recém-entrado Kiko por acumulação de amarelos após duas entradas imprudentes. Foi aí que o Vitória cresceu, aumentando a intensidade de jogo e remetendo a equipa de Sérgio Vieira para o último terço do terreno. Não reduziu Rafael Martins de cabeça, reduziu Raphinha num lance com ressaltos aos 76'. O Vitória apertou, contudo, o Moreirense soube estancar as iniciativas ofensivas. Nos descontos, Douglas ainda evitou o golo de Schons.
É caso para dizer que as supostas poupanças no jogo do Dragão não surtiram qualquer efeito. Após uma primeira parte terrível, assistiu-se a um segundo tempo no qual os nervos à flor da pele eram por demais evidentes. Muita transpiração, pouca inspiração. Mais um jogo em que perdemos pontos de forma completamente desnecessária. Naquela que seria a oportunidade de a formação orientada por Pedro Martins se isolar no 6º lugar e ficar a apenas um ponto do 5º classificado, eis que surge um novo tropeço. Desnecessário, repito. A arbitragem não ajudou e a verdade é que tudo poderia ter sido diferente depois daquele lance. Ainda assim, essa não pode e nem deve ser a única desculpa.
Se o que se quer é lutar pelos lugares cimeiros, então também é fundamental jogar com raça ao longo de todas as partidas e não só numa das partes de cada jogo como muitas vezes tem acontecido. O desgaste físico acumulado dificulta tudo. Há quem resista a isso, no entanto, não é o nosso caso. E a culpa tem um nome. Não é o Douglas, não é o Miguel Silva, não é o Pedro Martins. E podia continuar a enumerar outros nomes a noite toda... A responsabilidade máxima deste fracasso não pertence exclusivamente a nenhum destes. Da mesma maneira que Júlio Mendes até pode criticar (a arbitragem, claro!), também ele pode ser criticado. Falta ambição para quem diz estar a desenvolver um Vitória maior. Ambição e não só.
ACORDA VITÓRIA!
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