sábado, 23 de dezembro de 2017

Vergonhoso!

Já não há palavras que possam caracterizar o atual (péssimo) momento do Vitória. Em jogo antecipado da 16ª jornada, a formação vitoriana foi surpreendida em casa ao ser derrotada pelo Tondela por uma bola a zero. Era este o presente de Natal que tanto se falava?
Foto: Vitória Sport Clube
O Vitória alinhou de inicio com: Douglas; Konan, Marcos Valente, Jubal, Víctor Garcia; Rafael Miranda, Francisco Ramos; Sturgeon, Heldon, Raphinha e Tallo. O Vitória até entrou bem no jogo. À passagem do minuto 4', Víctor Garcia cruzou para a área e Sturgeon esteve muito perto de inaugurar o marcador, contudo, o cabeceamento foi travado por Cláudio Ramos. O Tondela respondeu e até esteve perto de marcar por intermédio de Helder Tavares. A equipa orientada por Pepa demonstrou sempre estar organizada defensiva e ofensivamente, pressionando muitas vezes o setor defensivo vimaranense no último terço do terreno que sacudiu a bola pela linha lateral por variadíssimas vezes. Ainda assim, antes do intervalo, o Vitória dispôs de duas oportunidades para se adiantar no marcador. Primeiro por Heldon a ficar na cara do golo num lance de insistência. E depois por Marcos Valente que rematou ao poste na recarga de uma bela defesa do guarda-redes do Tondela a cabeceamento de Rafael Miranda.
No segundo tempo, a primeira oportunidade até pertenceu ao Tondela, novamente por Helder Tavares. Depois só deu Vitória. Muito coração, pouca cabeça. Ao minuto 63', os remates seguidos de Heldon, Tallo e Francisco Ramos esbarraram na defensiva tondelense, já com Hurtado em campo após substituir Sturgeon. Helder Ferreira também foi a jogo, ocupando a posição de Heldon. Pouco depois foi a vez de Raphinha aparecer na cara do golo. O lance capital do encontro teve lugar a um quarto de hora do final. Konan embrulhou-se com Murillo na grande área e António Nobre prontamente apontou para a marca dos onze metros. Recorreu ao VAR sem ver as imagens e manteve a decisão. Incorretamente. Douglas ainda adivinhou o lado mas o potente remate do Murilo era indefensável. Pedro Martins não hesitou e lançou Rafael Martins. A cinco minutos do fim, Ricardo Costa cometeu falta sobre Jubal na grande área e o árbitro, no momento, nada assinalou. Foi ver o lance por indicação do VAR e concedeu grande penalidade. Raphinha não revelou a frieza necessária e permitiu a defesa de Cláudio Ramos. Pura infelicidade. Durante os pobres seis minutos de descontos - deviam ter sido bem mais! - Rafael Martins e Hurtado, mesmo sem o guarda-redes na baliza, desperdiçaram a oportunidade de chegar ao empate.
Mais um jogo em que perdemos pontos de forma completamente desnecessária. Os lugares europeus há muito que fogem de forma vertiginosa. Em menos de uma semana conseguimos a proeza de perder frente a duas equipas cujo objetivo é simplesmente a manutenção. Isso é, no mínimo, vergonhoso. Como se isto não bastasse, a próxima partida a contar para o campeonato será no Dragão, algo que em nada consegue colorir o cenário. Com reste resultado, o Vitória mantém-se no sétimo posto da tabela classificativa mas com menos um jogo em comparação às equipas mais próximas. Chega de passar paninhos quentes! Repito o que disse há meia dúzia de dias atrás: Se o que se quer é lutar pelos lugares cimeiros, então também é fundamental jogar com raça ao longo de todas as partidas e não só numa das partes de cada jogo como muitas vezes tem acontecido. O desgaste físico acumulado dificulta tudo. Há quem resista a isso, no entanto, não é o nosso caso. E a culpa tem um nome. Não é Douglas, não é Miguel Silva, não é Pedro Martins. E podia continuar a enumerar outros nomes a noite toda... A responsabilidade máxima deste fracasso não pertence exclusivamente a nenhum destes. O resto, vocês já sabem.

ACORDA VITÓRIA!

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