Foto: Zero Zero |
Numa tentativa de aprender com os erros crassos do jogo da Luz, os conquistadores aparentavam ter uma estratégia defensiva mais estável. E assim foi durante 37 minutos, altura em que Brahimi apareceu no corredor central e inaugurou o marcador de fora da área.Note-se que o Vitória encontrava-se com menos uma unidade em campo devido à lesão de Joseph, num momento em que Tozé já estava pronto para o substituir.
O Vitória, como se esperava, procurou reagir junto da baliza adversária. De tal maneira que João Teixeira foi derrubado dentro da grande área. O árbitro, esse, mandou seguir.
E eis que, à beira do intervalo, surge o segundo golo da equipa da casa. Na sequência de uma bola parada, André Pereira deu sequência ao belo cruzamento de Alex Telles e ampliou a vantagem. A irregularidade do golo era claríssima e esperava-se que o VAR interviesse. Nem uma, nem duas. Siga!
Ainda antes do apito para o final da primeira parte, num lance confuso, André André esteve muito perto de reduzir.
Entretanto, a Liga saiu em defesa do video-árbitro alegando problemas técnicos entre o minuto 15' e 45', sendo que, com isso, o Vitória saiu prejudicado em dois lances que transformaram um possível 1-1 em 2-0.
Era difícil moralizar uma equipa que parecia ter meio caminho andado para somar a quarta derrota em quatro jogos. Ainda para mais nas circunstâncias do jogo que estava a decorrer. Só um Vitória à imagem da segunda parte do jogo da Luz é que poderia ter uma palavra a dizer! E assim foi...
As substituições de Luís Castro resultaram em pleno. Ola John conquistou a grande penalidade que viria a ser convertida por André André. Pouco tempo depois, numa grande jogada coletiva, Florent cruzou para a área onde apareceu Tozé para empatar a partida aos 76 minutos.
O técnico do Vitória podia ter aproveitado a ocasião para fechar o meio campo e defender aquele ponto importantíssimo, mas não... Arriscou tudo e lançou Davidson, numa perspetiva de ir em busca de algo mais. Podia ter corrido mal, é certo, mas correu bem. Em cima do minuto 90', na sequência de um lançamento, Welthon conseguiu assistir o extremo brasileiro para carimbar a tão ansiada reviravolta.
A formação vitoriana estava prestes a conseguir um resultado histórico, sendo que, para tal, tinha de fechar a sua baliza a sete chaves. Em sete minutos, o Porto dispôs de três grandes ocasiões para empatar a partida mas houve um nome a imperar naquele curto espaço de tempo: Douglas. Três defesas espantosas do guardião vimaranense que garantiram a conquista dos primeiros três pontos da época.
Certamente que ainda há quem se lembre de uma reviravolta semelhante em Alvalade há oito anos atrás! O Vitória perdia por 2-0 ao intervalo - com a curiosidade de o segundo golo, também ele, ser irregular - e deu a reviravolta com três golos nos últimos 15 minutos. Pois bem, este jogo assumiu contornos semelhantes e entrou, igualmente, para a história.
Parece estar dado o mote para uma época à altura do Vitória. Não há nada mais moralizador do que vencer (desta forma) no Dragão, a casa onde mora o atual detentor do título nacional. Segue-se um outro jogo frente ao Tondela, do qual se espera outro desfecho, contrário ao do primeiro jogo oficial da temporada.
A equipa de sub-23 somou os primeiros pontos na Liga Revelação. Na deslocação ao reduto do Desportivo das Aves, um golo de Bence Biró bastou para carimbar os primeiros três pontos da época.
Também os juniores obtiveram os primeiros três pontos da temporada ao vencer o Rio Ave por 2-1 com bis de Theo Fonseca.
Foi, definitivamente, um sábado 'à Vitória'.
E OH VITÓRIA VAMOS A ELES!