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Em relação ao jogo anterior, Pedro Martins procedeu a cinco alterações, sendo que três delas foram no setor defensivo. A formação vitoriana alinhou de inicio com: Douglas, João Vigário, Pedro Henrique, Josué, João Aurélio, Rafael Miranda, Celis, Hurtado, Hélder Ferreira, Raphinha e Rafael Martins. O Vitória entrou muito pressionante na partida em busca do golo e esteve perto de o conseguir por intermédio de Rafael Martins, a passe de João Aurélio, por duas vezes, aos 2' e aos 6' minutos de jogo. Também Hélder Ferreira tentou a sua sorte à passagem do minuto 20', mas o remate saiu à figura de Mário Felgueiras. Foi a meio do primeiro tempo que teve lugar a primeira substituição da partida. João Vigário lesionou-se no ombro após uma disputa de bola e Jubal entrou para o seu lugar, sendo que, na verdade, Jubal ocuparia o centro da defesa juntamente com Josué, enquanto que Pedro Henrique descairia para o lado esquerdo. Foi precisamente nesse momento que a formação vitoriana se desorganizou defensivamente e permitiu que o Paços progredisse no terreno, inclusive com um golo (bem) anulado a António Xavier por fora de jogo. Até ao final do primeiro tempo, o Vitória não conseguiu criar mais oportunidades flagrantes. Além disso, Douglas ainda fez duas grandes defesas após remates de longe de Pedrinho e Welthon, aos 25' e aos 43', respetivamente. À beira do intervalo, o australiano Mabil pisou Jubal propositadamente nas barbas do árbitro assistente, o que lhe valeu um cartão vermelho direto.
À semelhança do que tinha acontecido na Amoreira (exceção feita ao resultado), o Vitória entraria na segunda parte em superioridade numérica e com o incentivo de atacar para a baliza junto à bancada onde estavam centenas de vitorianos fiéis no apoio à sua equipa. À passagem do minuto 48', depois de uma bola recuperada junto à área de Douglas, os conquistadores protagonizaram uma bela transição ofensiva que terminou com o cruzamento de Raphinha a culminar num golo de Hurtado. Festejou-se, mas por pouco tempo. O árbitro Nuno Almeida recorreu ao video-árbitro para analisar o lance e concluiu que houve uma falta cometida por Pedro Henrique no momento da recuperação de bola. Uma decisão acertada. A equipa demorou a recompor-se, a nível emocional e até mesmo exibicional. E Douglas ainda impediu um golo aos 55' depois de um cruzamento traiçoeiro. Entretanto, Rafael Miranda e Hurtado - este último por lesão - acabariam por ser substituídos por Óscar Estupiñán e Kiko, respetivamente. Logo quando entrou, o médio de 20 anos obrigou Mário Felgueiras a uma defesa apertada, após um belo remate de longe. A cinco minutos do fim, e num excelente momento individual dentro da grande área, Hélder esteve muito perto de marcar. Em tempo de descontos, perante as sucessivas faltas ganhas pela formação pacense e consequente demora na retoma do jogo, só se cumpriram cerca de dois minutos de futebol jogado dos cinco concedidos pelo árbitro. Se é verdade que os conquistadores fizeram o dobro dos remates dos castores, também é verdade que, dos quinze remates, apenas dois tomaram a direção da baliza, ambos por Hélder Ferreira.
O Vitória voltou a vacilar. Era obrigatório vencer este jogo. Por vezes. jogar contra dez torna-se mais complicado do que jogar contra onze - e até já tivemos amostras disso mesmo - mas, desta vez, não havia desculpas. Não havia, nem há. Nem mesmo o facto de, nesta época, o video-árbitro só ter sido utilizado em situações que prejudicaram o Vitória. Como exemplo máximo disso, basta recordar o jogo na Amoreira. Parece evidente que não temos um plantel com soluções e voltámos a ter a prova disso neste jogo quando foi preciso ser um central a ocupar a posição de lateral durante praticamente quase todo o jogo. Que o nosso maior problema passa pelas laterais, já todos nós sabemos. No entanto, os reforços não chegam, e o mais provável é que, caso cheguem nos próximos seis dias, sejam jogadores emprestados. Os vitorianos merecem mais, muito mais! Ontem, ficámos a conhecer os nossos adversários na Liga Europa (Salzburg, Marselha e Konyaspor). Estando nós no pote 3, já era de prever que tivéssemos muitas dificuldades pela frente, no entanto, podíamos calhar num grupo bem pior. Não se pode dizer que seja um grupo, de todo, acessível. Se nos reforçarmos de forma convincente e voltarmos aos triunfos após a paragem do campeonato, (penso que) podemos sonhar. Contudo, para já, isto vai doendo e não é nada lindo. Nada...
ACONTEÇA O QUE ACONTECER, VITÓRIA ATÉ MORRER!